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PANDEMIA

Reforço de vacina contra covid-19 deve avançar junto com imunização de outras faixas etárias

Dose de reforço da vacina servirá para estimular sistema imunológico de pessoas idosas e com baixa imunidade e deve seguir orientação da ciência

por Juliana Cavalcanti em 27/08/21 21:24

A divulgação pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que o Brasil iniciará a aplicação da terceira dose da vacina contra o covid-19 em grupos prioritários já a partir de setembro gera uma dúvida se toda a população precisará receber uma terceira dose do imunizante para controlar a pandemia do novo coronavírus. Enquanto o Brasil ainda avança na vacinação da população acima de 18 anos e algumas localidades já iniciaram a imunização de adolescentes, a terceira dose começará a ser aplicada em pessoas acima de 70 anos ou que tenham baixa imunidade.

Para o imunologista Gustavo Cabral, é preciso esclarecer que o planejamento é para uma dose de reforço para estimular o corpo a se proteger e não uma terceira dose da vacinação. “Algumas pessoas confundem e dizem ‘ah, mas fulano estava vacinado e veio a óbito’. Nestes casos, os anticorpos não responderam adequadamente ao que se esperava com a vacinação. A dose de reforço é para reforçar o sistema imunológico e será aplicada inicialmente em pessoas mais velhas, que já tendem a diminuir a resposta imunológica”, explicou, durante o programa Quinta Chamada Ciência, no Canal MyNews.

Cabral, que lidera a pesquisa de uma vacina contra o novo coronavírus no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo, lembra que não vai adiantar controlar a pandemia em alguns poucos países, se a maioria das nações não tiver acesso à vacinação contra o Covid-19.

“Espero que [a vacina] chegue o mais rápido possível e que o vírus se torne uma coisa comum para a gente, como o H1N1. Mas, até lá, a gente tem muitos problemas. A gente não pode imaginar que vai controlar [a pandemia] num município, um estado e um país; 75% das vacinas do mundo estão sendo utilizadas por 10 países, e o resto está à deriva. A possibilidade de surgirem novas variantes é enorme. [No Brasil] Estamos apenas 27% da população totalmente imunizada”, ressaltou.

Outro ponto destacado pelo imunologista é que o planejamento para a aplicação de uma dose de reforço precisa seguir a orientação dos cientistas. “O corpo tem que tolerar a vacina. Não é simplesmente ‘vou tomar a terceira dose’ – pra não gerar um desequilíbrio no sistema imunológico e não fazer o sistema imunológico nos atacar. Precisa ser de uma forma organizada e planejada, levando a parte científica em consideração. A gente precisa ser cauteloso para unir a segurança e a eficácia para controlar a pandemia como um todo”, alertou.

Aprovação de uma vacina segura para crianças permitirá retorno seguro às aulas

No caso da imunização de crianças, Cabral acredita que, assim que for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, deve ser a mais indicada para esta faixa de idade, por ser considerada a tecnologia mais segura. “As vacinas vão ajudar muito. Existe uma boa expectativa com a CoronaVac e se der tudo certo é a vacina para as crianças, a vacina mais segura, porque é uma metodologia secular. Acredito que o Instituto Butantan vai apresentar os dados à Anvisa e imunizando as crianças com a CoronaVac teremos uma boa resposta e poderemos voltar as crianças para a escola”, finalizou.

O Canal MyNews lançou esta semana o documentário “Geração Covid – Impacto da pandemia na primeira infância”, dirigido pela jornalista Juliana Causin, que mostra os impactos da pandemia sobre a estrutura social brasileira, afetando, em especial, o desenvolvimento das crianças.

Com apoio do Dart Center for Journalism and Trauma, centro de estudos para jornalistas da Columbia University, Juliana Causin mostra como, em pouco mais de um ano, a pandemia do Covid-19 afetou a primeira infância, investigando ainda as possíveis consequências socioeconômicas desse crítico cenário nacional.

Assista à integra do Quinta Chamada Ciência. O programa falou também sobre dinossauros, febre emocional, plataforma de cientistas e a relação entre prática sexual e felicidade

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