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Investimento em termelétricas deve fazer conta de energia ficar mais cara até 2025

Leilão em outubro, organizado pelo Ministério de Minas e Energia, vai aceitar termelétricas de usinas a óleo e a gás com preço quatro vezes maior

por Luciana Tortorello em 27/09/21 20:34

Para afastar o risco de apagão no ano eleitoral, o governo decidiu concentrar sua estratégia na expansão de energia termelétrica em vez de apostar em outras fontes renováveis. Como consequência disso, a matriz energética terá maior participação de fontes poluentes pelo menos até 2025 e o custo será repassado ao consumidor.

A compra adicional de energia deve acontecer em outubro desde ano, num leilão organizado pelo Ministério de Minas e Energia. O prazo previsto é para abril de 2022 a dezembro de 2025, com a possibilidade de entrega antecipada. Esse tempo é considerado necessário para recompor o nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Governo investirá em termelétricas
Crise hídrica e investimento em termelétricas deve repercutir em reajuste na conta de energia até 2025/Foto: Pixabay

No início de setembro, o vice-presidente Hamilton Mourão falou ao jornal Folha de S. Paulo e reconheceu que em razão das crises de energia e hídrica “pode haver racionamento em algum momento.

Poderão participar do leilão térmicas a gás com custo de até R$ 750 por megawatt-hora (MWh) e a óleo diesel e óleo combustível de até R$ 1 mil MWh. Esse tipo de energia é até quatro vezes mais cara que de outras fontes. Apenas em 2021, o custo com fontes energéticas foi de R$ 13 bilhões.

Mesmo com a demanda pela energia térmica, a Petrobrás decidiu colocar em manutenção a usina de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, mesmo após pedido feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em julho para que as usinas adiassem duas manutenções com o intuito de aumentar a disponibilidade de geração de energia.

Segundo informação publicada pelo jornal O Estado de São Paulo no último sábado (25), a Petrobrás alega possibilidade de “falha catastrófica” na estrutura da unidade se a manutenção não acontecer. 

Estão previstos investimentos de R$ 12 bilhões em usinas térmicas no país até 2026. Deste orçamento, pelo menos R$ 4 bilhões serão utilizados no retrofit de unidades antigas. A maioria das novas usinas térmicas vai operar com gás, especialmente do Pré-sal, como fonte de energia.

Confira mais detalhes no MyNews Investe, de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

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