Para Edson Franco, assunto deve ser discutido dentro do contexto do equilíbrio fiscal e a da necessidade da contenção dos gastos públicos
por Sofia Pilagallo em 28/11/24 17:30
Presidente da FenaPrevi, Edson Franco, fala no 11º Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada | Foto: Divulgação/FenaPrevi
A reforma da previdência deve voltar à pauta em 2025 dentro do contexto do equilíbrio fiscal e da necessidade da contenção dos gastos públicos. Foi o que afirmou o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, durante coletiva de imprensa no evento 11º Fórum Nacional de Seguros de Vida e Previdência Privada, realizado nesta semana, em São Paulo. Segundo ele, os regimes próprios de servidores públicos, militares e outros segurados estão crescendo progressivamente, e impondo um peso cada vez maior ao orçamento público.
“A discussão da reforma da previdência dentro do contexto da responsabilidade fiscal e de controle de gastos é mandatória e vai voltar com bastante força em 2025, na minha opinião. Acho que, desde a última reforma da previdência [aprovada no governo Temer e colocada em prática no primeiro ano do governo Bolsonaro], criou-se uma consciência da insustentabilidade do sistema previdenciário. A pandemia também levou à conscientização das pessoas em relação à importância de proteção à renda diante de uma morte prematura ou uma doença grave”, afirmou Franco.
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Segundo a pesquisa Percepção dos Brasileiros Sobre Proteção e Planejamento da Fenaprevi, encomendada ao Instituto DataFolha e apresentada no evento, o número de pessoas que contrataram planos de previdência privada e/ou seguros de pessoas aumentou 0,1% comparação com a edição inicial da pesquisa, realizada em 2021. O presidente da Fenaprevi ressalta que, ao contrário do que pode se imaginar, pessoas de todas as classes sociais têm procurado por esses produtos, não só as mais privilegiadas. Da amostra, 50% dos participantes com planos de previdência são das classes C, D, e E.
Ainda assim, há obstáculos que impedem a adesão dos mais pobres a adesão a planos previdenciários. Entre os entrevistados, 45% consideraram “reduzir as despesas para sobrar renda” como principal empecilho para se planejarem financeiramente. Outros 42% mencionaram ter dificuldades para gerar receita suficiente para poupar.
O estudo mostrou também o comportamento dos brasileiros em relação aos gastos com itens considerados supérfluos. Entre os participantes, 46% afirmaram não ter despesas supérfluas e, por isso, não teriam da onde cortar gastos. Apesar disso, quando perguntados diretamente, um quarto (25%) disseram que costumam participar de jogos de azar ou fazer apostas online. Deste grupo, 10% consideraram esse tipo de gasto mais importante do que contratar um seguro de vida.
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