Filiação de Silvinei Vasques no PSD gera desconforto no partido COISAS DA POLÍTICA

Filiação de Silvinei Vasques no PSD gera desconforto no partido


Ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal no governo de Bolsonaro, Silvinei Vasques se filiou nesta semana ao PSD, partido de sustentação e apoio ao Palácio do Planalto, que ocupa três ministérios na Esplanada. A entrada do diretor da PRF no PSD gerou desconforto no partido. Vasques é acusado de bloquear as estradas para impedir o trânsito de eleitores nas eleições de 2022 e, por essa razão, chegou a ficar um ano preso até agosto de 2024.

Um dos vice-presidentes do partido, o senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou a filiação de Vasques no PSD e afirmou ao MyNews que se sente “desconfortável” com a presença do ex-dirigente da PRF na legenda.

“Sem dúvida gera um desconforto. Alguns senadores ficamos muito desconfortável. O senador Omar Aziz , eu. Ele (Vasques) patrocinou, agiu claramente na eleição. Aqui na Bahia eu mesmo fui parado numa blitz. É um celerado, que usou a instituição para fazer política de forma incorreta, de forma errada. Prevaricou”, disse Otto Alencar, que também é presidente do PSD na Bahia.

Leia mais: Nunes Marques derruba quebra de sigilos de ex-diretor da PRF Silvinei

Silvinei Vasques é investigado pelo suposto uso irregular da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022, impedindo e dificultando o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ficou preso durante um ano, até agosto do ano passado, e o ministro Alexandre de Moraes autorizou sua soltura, a condicionando ao uso de tornozeleira eletrônica.

A deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ) também afirmou se sentir desconfortável.

“Não sei o partido, mas eu me senti desconfortável com essa filiação”, disse Carneiro.

O PSD em Santa Catarina é um braço bolsonarista. Vasques se filiou ao partido na presença do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que também é desse partido, e que já chegou também a ser preso pela Polícia Federal, em 2018, quando era deputado federal, por fraude e dispensa de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho (SC). Rodrigues é apontado como candidato a governador de Santa Catarina e pode concorrer contra o atual ocupante do cargo, Jorginho Mello, do PL, outro aliado de Bolsonaro.

A coluna tenta contato com Silvinei Vasques e o espaço está aberto para sua manifestação.

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