Apesar do acordo não estar totalmente aprovado, autoridades pediram que famílias se preparem para receber reféns que estão sob o poder do Hamas
por Agência Brasil em 17/01/25 14:04
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em pronunciamento oficial | Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)
O gabinete de segurança do governo de Israel aprovou, nesta sexta-feira (17), o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. No entanto, é necessário que o conselho de ministros, composto por todos os membros do governo, analise a proposta, o que deve acontecer ainda hoje.
“Após uma avaliação de todos os aspectos diplomáticos, de segurança e humanitários, e embora entendendo que o acordo proposto apoia a consecução dos objetivos da guerra, o Gabinete de Segurança recomendou que o Governo aprove a estrutura proposta. O Governo se reunirá mais tarde hoje”, diz o comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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O gabinete de segurança é uma estrutura mais enxuta, que reúne alguns ministros do governo de Israel ligados à área de segurança. Apesar do acordo não estar totalmente aprovado por Tel Aviv, as autoridades pediram que as famílias dos reféns se preparem para receber os prisioneiros que hoje estão sob o poder do Hamas.
O acordo avança apesar da oposição de parte do gabinete de Netanyahu. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem-Gvir, que tem defendido a imigração de palestinos de Gaza, pediu que o acordo seja rejeitado pelo conselho de ministros.
“Apelo aos meus amigos do Likud e do Sionismo Religioso, não é tarde demais, estamos perante uma reunião governamental, este acordo pode ser interrompido, junte-se a mim, pode ser interrompido”, informou em uma rede social.
O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.
A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.
Após o anúncio do cessar-fogo por autoridades do Catar e dos Estados Unidos (EUA), que mediaram as negociações, Israel manteve os bombardeios contra Gaza e as autoridades locais estimam que mais de 100 pessoas morreram desde o anúncio da trégua.
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que, em 24 horas, realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza ligados ao Hamas e à Jihad Islâmicas.
Desde o início dessa fase do conflito na Palestina, iniciado no dia 7 de outubro de 2023, mais de 46 mil moradores de Gaza foram assassinados, cerca de 70% deles de mulheres e crianças. Do lado israelense, ao menos 1,2 mil pessoas morreram no ataque do Hamas do dia 7 de outubro e outras 220 tornaram-se reféns.
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