Por telefone, emebedista afirmou ao MyNews que saiu da vida pública e que eventual convite provavelmente partiria de um 'reconhecimento' de seu governo
por Sofia Pilagallo em 07/11/24 17:24
Michel Temer fala a jornalistas em 6 de abril de 2016, durante seu governo | Foto: Marcos Corrêa via Flickr
O ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) afirmou ao MyNews, nesta quinta-feira (7), que não aceitaria um eventual convite do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) para ser vice de sua chapa nas eleições gerais de 2026. Em conversa por telefone, Temer afirmou que a recusa não é uma questão pessoal e que tem uma “ótima” relação com Bolsonaro.
“Eu saí da vida pública”, disse Temer. Questionado sobre os motivos que poderiam ter levado Bolsonaro a querer formar essa aliança, titubeou: “Confesso que não sei. Acho que foi um reconhecimento ao meu governo.”
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Os rumores de que Temer poderia concorrer à vice-presidente na chapa de Bolsonaro surgiram nesta semana a partir de uma publicação em um blog. Depois da repercussão dos boatos, Bolsonaro foi procurado pela imprensa. Ao ser questionado pelo jornal Folha de S.Paulo se Temer seria um bom nome para compor a chapa de sua candidatura, afirmou que “não falava sobre esse assunto”, mas que não descartava conversar com ninguém.
Bolsonaro, impedido de concorrer a cargos políticos até 2030, acredita que conseguirá reverter sua inelegibilidade. Em entrevista à Folha, ele afirmou que sua volta ao poder é “uma caminhada de mil passos” e que a vitória eleitoral do republicano Donald Trump é um “passo importantíssimo” nessa jornada.
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Em junho de 2023, Bolsonaro foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por “prática de abuso de poder político” e “uso indevido dos meios de comunicação” durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho de 2022. Na ocasião, ele fez uma série de ataques contra o TSE, o processo eleitoral e as urnas eletrônicas.
A reunião foi amplamente transmitida pela TV Brasil, emissora da estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e compartilhada nas redes sociais para milhões de seguidores. Logo depois, o Partido Democrata Trabalhista (PDT) entrou com uma ação no TSE, solicitando a imediata retirada do conteúdo do ar e pedindo a inelegibilidade de Bolsonaro. Após quatro sessões de julgamento, por um placar de 5 votos a 2, ficou decidido que o ex-presidente ficaria de fora da política pelos próximos oito anos.
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