Enquanto as chamas se alastravam pelo Parque Nacional de Brasília, governador se limitou a dar ordens à distância e convocou reunião à qual ele próprio não compareceu
por Camilla Lucena* em 20/09/24 18:41
Brunno Melo durante participação no Segunda Chamada | Foto: Reprodução/MyNews
O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), mostrou desorganização frente à crise ambiental em Brasília ao criticar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suposto ataque do petista ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Esse foi o parecer do jornalista Brunno Melo, âncora na CBN Brasília, que participou do Segunda Chamada nesta semana. Para ele, sentindo o peso da opinião pública sobre sua ausência, Ibaneis decidiu reagir aos comentários apontando o dedo para Lula.
Nas redes sociais, Ibaneis afirmou que Lula, “como morador transitório de Brasília”, estaria preocupado em explicar “a incapacidade e precariedade dos órgãos federais em regiões onde devia ser mais presente”, além de dizer que a calamidade em Brasília estava sendo ignorada pelas autoridades federais. O governo federal desmentiu a declaração ao Corpo de Bombeiros do DF. Segundo o Blog do Gustavo Uribe, da CNN Brasil, o Palácio do Planalto teria se incomodado com esse ataque, pois entende que a gravidade da situação exige mais protagonismo do líder do governo local.
Melo explicou que o Parque Nacional de Brasília, criado em 1961 para proteger nascentes e a vegetação natural do cerrado, começou a pegar fogo no último domingo (15), quando Ibaneis estava em São Paulo. Mesmo com o avanço das chamas, ele retornou à capital apenas na segunda-feira (16), dia em que deu ordens à distância para suspender as férias dos bombeiros e convocou uma reunião de emergência, a qual ele próprio não compareceu.
“O governador Ibaneis chamou uma reunião de emergência já com a fumaça tomando conta da cidade, o incêndio se alastrando e destruindo o Parque Nacional […], mas ele mesmo não apareceu”, afirmou o jornalista. “Isso começou a gerar muitas críticas, no sentido de que o governador não estava à frente do comando das ações para combater especificamente esse incêndio do Parque Nacional.”
Diante da ausência de Ibaneis enquanto a fumaça das queimadas encobria a cidade e a qualidade do ar era classificado como “insalubre” em algumas regiões, a vice-governadora, Celina Leão (Progressistas) precisou tomar à frente no combate na situação. Ela foi presencialmente ao parque e acompanhou o trabalho das equipes.
O incêndio no Parque Nacional de Brasília foi controlado na tarde de terça-feira (17), após quase cinco dias de queimada, que atingiu cerca de 1.900 hectares. A operação mobiliza 700 brigadistas, militares e servidores, e contou com o apoio de três aviões e dois helicópteros. Os trabalhos devem continuar nos próximos dias, pois o fogo ainda não foi extinto.
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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