Para Fábio Zambelli, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve ser o principal cotado para compor a chapa com o presidente nas eleições de 2026
por Sofia Pilagallo em 11/12/24 16:58
Brasília (DF), 03/12/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento e implementação da Missão 1 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistir de disputar a reeleição em 2026 é “bastante improvável”. Foi o que afirmou o analista político Fábio Zambelli, vice-presidente da Ágora Assuntos Públicos, durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (10).
No programa, os comentaristas debateram o jogo político no próximo ano eleitoral, uma vez que Lula, considerado o único nome capaz de derrotar a direita nas urnas, apresentou um problema de saúde nos últimos dias. Apesar de o presidente estar “bem” e “lúcido”, segundo apontou o último boletim médico do petista, divulgado no início da tarde desta terça-feira (11), o estado de saúde dele preocupa, especialmente a longo prazo.
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Após sentir dor de cabeça, Lula foi a unidade do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na segunda-feira (9), para fazer exame de imagem. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.
“Acho bastante improvável que Lula desista da disputa presidencial, mesmo em condições de saúde questionáveis”, afirmou Zambelli, ressaltando que, naturalmente, os questionamentos sobre o estado de saúde do presidente viriam de opositores, como o mercado financeiro, o empresariado e parte da mídia. “Há hoje uma convicção bem consolidada na esquerda de que só o petista seria capaz de produzir uma vitória eleitoral em 2026 diante da direita.”
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Para Zambelli, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve ser o principal cotado para compor a chapa de Lula nas eleições de 2026. Ele avalia como improvável a possibilidade de o presidente fazer um gesto nesse sentido a favor de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), atual vice-presidente.
Na visão do analista político, tal indicação seria “muito difícil de ser digerida” pelos partidos de esquerda, inclusive pelo próprio Partido dos Trabalhadores (PT). Alckmin é considerado um político de centro-direita e foi escolhido como vice de Lula em 2022 justamente para atrair a confiança de eleitores mais conservadores e derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
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