Segundo a jornalista Beatriz Manfredini, repórter da Jovem Pan, prefeito seria o primeiro a falar com a imprensa depois do embate, mas acabou sendo o terceiro
por Sofia Pilagallo em 01/10/24 15:18
Ricardo Nunes (PRTB) participa do debate UOL/Folha, na manhã de segunda-feira (30) | Foto: Reprodução/UOL
O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, ficou balançado com os ataques do adversário Pablo Marçal (PRTB) durante o debate UOL/Folha, na manhã de segunda-feira (30), e precisou se acalmar antes de falar com a imprensa. Foi o que afirmou a jornalista Beatriz Manfredini, repórter da Jovem Pan, que esteve presente no evento e contou as informações que apurou no Segunda Chamada.
No quarto bloco do embate, Marçal questionou Nunes um total de nove vezes sobre um boletim de ocorrência sobre violência doméstica que a esposa do emebedista, Regina Carnovale Nunes, teria registrado contra o marido em 2011. Nunes acusou o adversário de fazer jogo sujo e negou qualquer tipo de agressão física contra Regina, com quem é casado há 27 anos.
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“Você fala que ama sua esposa, eu não duvido”, disse Marçal. “[Mas] por que ela registrou (o boletim)? Estava embriagada? Ludibriada? Alienada? Ninguém entendeu isso até hoje”, insistiu. Nunes respondeu: “Eu não vou cair no seu golpe. Isso é tática de quem deu golpe a vida inteira. Não vou cair.”
Beatriz apurou que Nunes deveria ter sido o primeiro a falar na entrevista coletiva depois do debate. Em vez disso, foi o terceiro. “Precisou acalmar os ânimos”, declarou a jornalista, ressaltando que o prefeito pode estar preocupado com o fato de que o horário eleitoral acaba nesta quinta-feira (3). “[O horário eleitoral] é importantíssimo para o Ricardo Nunes”, acrescentou ela, explicando que, de um total de 10 minutos, o emebedista pode usufruir de 6 minutos e 30 segundos.
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As últimas pesquisas mostraram que Marçal oscilou para baixo. Apesar disso, para Beatriz, o influenciador não “saiu do jogo”, e tem chance de disputar o segundo turno. A cinco dias das eleições, o cenário ainda é incerto, e só será decidido no fechamento das urnas.
A última rodada de pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na última sexta-feira (27), mostrou que Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) lideravam a disputa com 27% e 25%, respectivamente, enquanto Marçal, isolado em terceiro lugar, marcava 21%. Dias depois, na segunda-feira, pesquisa Quaest apresentou um cenário diferente: um empate triplo entre Nunes (24%), Boulos (23%) e Marçal (21%).
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