Primeiro-ministro enfrenta denúncias de abuso de poder, suborno e corrupção e está desgastado perante ao povo israelense e a outros líderes mundiais
por Sofia Pilagallo em 02/10/24 15:25
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fala a apoiadores | Foto: Reprodução/Facebook/
A continuidade do conflito no Oriente Médio, que envolve Israel, Faixa de Gaza e Líbano, é conveniente para o primeiro-ministro de Israel. Foi o que afirmou o professor de direito internacional Manuel Furriela durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (1º). Isolado e enfraquecido politicamente, Netanyahu precisa que a guerra siga seu curso para se manter no poder.
“Netanyahu enfrenta denúncias de abuso de poder, suborno e corrupção. Ele está desgastado politicamente perante ao povo israelense e a outros líderes”, diz Furriela. “A continuidade do conflito traz sobrevida política a ele.”
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Uma pesquisa divulgada em janeiro deste ano mostra que apenas 15% dos israelenses apoiam o atual governo. Quase 9 em cada 10 (86%) culpam Netanyahu pelo ataque do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro, segundo levantamento divulgado nesse mesmo mês. Desde o início da guerra, manifestantes têm ido às ruas para pedir a renúncia do primeiro-ministro, que falhou também em resgatar as centenas de reféns dos túneis em Gaza.
Netanyahu está desgastado também perante a comunidade internacional. Após a eclosão da guerra, e à medida que a destruição em Gaza foi se intensificando, vários países decidiram retirar seus embaixadores de Israel ou suspender as relações diplomáticas com o país.
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Nações da região, como a Jordânia, o Bahrein e a Turquia enviaram seus embaixadores de volta para casa, algo que Chade e vários governos latino-americanos, como Chile, Honduras e Colômbia, também decidiram fazer. Este último decidiu agora dar um passo à frente e suspender as relações diplomáticas, juntando-se assim à Bolívia e Belize.
Segundo balanço desta quarta-feira (2), divulgado pela Al Jazeera, grupo de mídia árabe, ataques israelenses já deixaram mais de 41.000 mortos em Gaza desde o início da guerra, incluindo 16.500 crianças. A cada hora, 42 bombas são lançadas no enclave palestino, deixando 15 mortos, entre eles 6 crianças, 35 feridos e 12 edifícios destruídos. No Líbano, onde o conflito se intensificou nas últimas duas semanas, o número de mortos já passa de 1.000, de acordo com o governo do país.
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