Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB afirmou que a adversária abandonou o próprio pai, que cometeu suicídio, para ir estudar nos EUA, o que é mentira
por Sofia Pilagallo em 18/09/24 13:58
Tabata Amaral (PSB) e o pai, Olionaldo Francisco de Pontes, na festa de aniversário de 15 anos de Tabata | Foto: Reprodução/YouTube
A acusação do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) contra a adversária Tabata Amaral (PSB) em relação ao pai dela apresenta grau de malignidade nunca antes visto em processos eleitorais no Brasil. Foi o que afirmou o cientista político Cláudio Couto durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (17), acrescentando que nem o ex-presidente Jair Bolsonaro “chegou tão longe”.
Em entrevista para um podcast da revista IstoÉ, pouco antes do início da campanha, Marçal afirmou que Tabata abandonou o próprio pai, que morreu tragicamente, para ir estudar nos Estados Unidos, o que é mentira. O pai de Tabata, o cobrador de ônibus Olionaldo Francisco de Pontes, conhecido como “Naldo”, cometeu suicídio, aos 39 anos, após travar uma batalha contra o vício em crack.
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“Ninguém deve levar a sério um sujeito desse naipe. Ele não é uma pessoa ‘suja’ [como afirmou Tabata em vídeo publicado nas redes sociais], é uma pessoa má”, disse Couto. “Agir dessa maneira exige um grau de malignidade que ultrapassa qualquer limite do que a gente talvez já tenha visto em processos eleitorais no Brasil”, acrescentou o cientista político, ressaltando que não perdoaria Marçal se estivesse no lugar de Tabata.
No último debate, promovido pela Rede TV e pelo UOL na terça-feira, Marçal admitiu ter sido “injusto” com a adversária e pediu perdão a ela, que não respondeu ao pedido de desculpa. Para o cientista político Cláudio Couto, a atitude do influenciador, que pode ter sido interpretada como nobre para alguns telespectadores, “não foi um pedido sincero de perdão”, e mais pareceu uma tentativa de reduzir a rejeição dele. Segundo o último Datafolha, divulgado na última quinta-feira (12), 44% afirmam não votar de jeito nenhum no empresário, o que o torna o candidato mais rejeitado entre o eleitorado.
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Essa não foi a primeira vez que Marçal pediu perdão a um adversário na disputa por São Paulo. Dias antes do debate da TV Cultura, no último domingo (15), o influenciador enviou mensagens de WhatsApp para o apresentador José Luiz Datena, candidato pelo PSDB, em que dizia pedir perdão pelas “palavras pesadas” que havia usado com ele. As mensagens foram reveladas à imprensa pelo próprio tucano.
Para a surpresa de Datena, no debate, Marçal voltou a provocá-lo, trazendo à tona uma denúncia de assédio que foi arquivada e afirmando que ele “não era homem” para enfrentá-lo. A tensão entre os dois candidatos escalou e culminou em uma agressão física, quando o tucano agrediu o adversário com uma cadeira.
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