O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou a intenção de recriar ministérios. Ele admitiu a possibilidade de transferir o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, para algum cargo no Palácio do Planalto, assim poderia indicar aliados. Bolsonaro, no entanto, declarou neste sábado (30) que não está prevista a recriação de ministérios.
A declaração vai na contramão da fala do próprio presidente nesta sexta-feira (29). Num evento no Planalto, Bolsonaro admitiu a possibilidade ao se referir à disputa pelas presidências da Câmara e do Senado.
“Se tiver um clima no Parlamento, pelo o que tudo indica as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger, não vamos ter mais uma pauta travada, a gente pode levar muita coisa avante, quem sabe até ressurgir os ministérios, esses ministérios”, afirmou Bolsonaro.
Os três ministérios citados pelo presidente que poderiam ter o status elevado são as atuais secretarias de Cultura, Pesca e Esporte. Os respectivos secretários são Mário Frias, Jorge Seif e Marcelo Magalhães.
Neste sábado, o presidente recuou e negou a recriação de ministérios.
“O elogio que dei pra eles está no trabalho que eles fazem, eles mereciam ser ministros. Não é criar ministérios como deram a entender para negociar com quer que seja. Não está previsto. Não é fácil criar ministério. É burocracia, um pouco mais de despesa. Não está previsto”, disse Bolsonaro.
Atualmente, o governo tem 23 ministérios, um a mais em relação ao início do mandato de Bolsonaro. Na campanha eleitoral de 2018, o presidente havia prometido que teria “no máximo 15 ministérios”.
Questionado pelos jornalistas sobre Onyx, o presidente admitiu a mudança:
“O Onyx? Volta, eu conheço ele há muito tempo, me ajudou muito. Acredito no trabalho dele. Eu chamo o Onyx de curinga, e ele está pronto para ir para qualquer ministério”, respondeu.