Greve foi aprovada em dezembro e protesta contra aumento do diesel, entre outras reivindicações
por Hermínio Bernardo em 31/01/21 19:42
Os caminhoneiros ameaçam uma nova greve a partir desta segunda-feira (1º). A paralisação foi aprovada em uma assembleia geral do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e vale por tempo indeterminado. O CNTRC representa 40 mil caminhoneiros de parte do país.
A categoria, no entanto, tem várias entidades e algumas anunciaram que não vão aderir ao movimento, como sindicatos do Ceará, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os caminhoneiros querem melhores condições de trabalho, protestam contra o aumento do preço do diesel e pedem uma aposentadoria especial, entre outras reivindicações.
Em 2018, uma greve de dez dias afetou a distribuição de produtos e, principalmente, de combustíveis em todo o país. Na época, a categoria reivindicava a isenção de pedágio para eixos suspensos, a criação de um marco regulatório para a profissão e o fim dos ajustes diários no preço do diesel.
Em março de 2019, a Petrobras passou a reajustar o valor do combustível nas refinarias a cada 15 dias, o que a categoria considera abusivo.
O CNTRC afirma que a situação atual é pior que a de 2018. Durante a paralisação e na campanha eleitoral, a categoria apoiou o então candidato Jair Bolsonaro.
Na última semana, o presidente apelou para que a mobilização fosse adiada. Bolsonaro comentou o assunto neste sábado (30) e disse que o governo está fazendo o possível para atender a categoria. O presidente afirmou que o governo estuda como reduzir o PIS/COFINS, o que reduziria o preço do diesel.
“Eu fui em cima da Petrobras… para pegar números, porque eu não interfiro na Petrobras. O Roberto Castello Branco me disse que o preço dos combustíveis varia com o dólar. Por mim, baixava o preço do dólar, mas está difícil. O PIS/Cofins está em R$ 0,33 por litro do diesel. Para abaixar cada centavo eu tenho que conseguir R$ 800 milhões. Já falei com o Paulo Guedes para tentar encontrar no Orçamento estes cerca de R$ 26 bi que precisamos para zerar o imposto”, disse Bolsonaro.
Na quarta-feira (27), o CNTRC enviou ofício a órgãos como o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor e a Presidência da República para notificar a paralisação. No documento, o conselho afirma ter o apoio de 26 entidades, entre sindicatos, associações e cooperativas, representativas dos transportadores rodoviários de cargas.
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