Tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, Adilson Paes de Souza acredita que decisão do Exército fomenta a indisciplina
por Thales Schmidt em 03/06/21 17:10
Ao deixar de punir o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Exército deixa de cumprir sua obrigação legal e favorece a indisciplina dos quartéis. A avaliação é do tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo Adilson Paes de Souza.
Nesta quinta-feira (3), o Exército emitiu nota em que afirma que o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, “acolheu” os argumentos de Pazuello sobre sua participação em ato ao lado de Bolsonaro no Rio de Janeiro. “Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello”, diz o Exército.
Souza, todavia, avalia que por mais que o Exército tenha “ignorado” a atitude de seu general e cedido a Bolsonaro, o Código de Processo Penal Militar estabelece crimes “de ação penal pública incondicionada”.
“Ou seja, aconteceu é obrigado a instaurar inquérito para apuração. Não cabe a ninguém impedir isso. Então o Comandante do Exército é obrigado a instaurar inquérito policial militar nos termos do artigo nono e décimo do Código do Processo penal militar”, afirma Souza em entrevista ao MyNews. “Se ele não fizer isso, ele poderá cometer o crime de prevaricação. Está é a situação”.
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