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INFLUÊNCIA

CPI da Pandemia aprova convocação de ex-esposa de Bolsonaro

Convocação de Ana Cristina Valle para a CPI da Pandemia foi solicitada pelo senador Alessandro Vieira e teve como justificativa documentos que levantam suspeitas de que ela influenciava nomeações para cargos públicos

por Redação em 15/09/21 21:10

A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta (15) o advogado e suposto lobista Marconny Albernaz de Faria, amigo da ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, e do filho, Jair Renan. Ele é suspeito de ser intermediário da Precisa Medicamentos na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin. Albernaz deveria ter sido ouvido em 2 de setembro, mas apresentou um atestado médico para não depor.

Com o depoimento desta quarta e a exposição de uma relação próxima a Ana Cristina e Jair Renan – com direito até a uma festa de aniversário no camarote do filho do presidente Jair Bolsonaro no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, a CPI decidiu convocar Ana Cristina para depor.

Marconny Albernaz negou ter trabalhando para a Precisa Medicamentos e ter intermediado negociações sobre vacinas com o Ministério da Saúde. Em vários momentos do depoimento, o advogado disse não se lembrar de acontecimentos perguntados pelos senadores, que não poderia responder devido a cláusulas de sigilo com as empresas para as quais prestava serviço e também usou o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo. Após o depoimento, Marconny Albernaz entrou na lista de investigados pela CPI.

Marconny Albernaz depôs à CPI da Pandemia
Após depoimento do suposto lobista Marconny Albernaz à CPI da Pandemia, senadores decidiram convocar a ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, para depor/Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A convocação de Ana Cristina Valle foi solicitada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e teve como justificativa documentos aos quais a CPI teve acesso e que levantam suspeitas de que a ex-esposa de Bolsonaro tinha influência na nomeação de pessoas para cargos públicos.

Parecer de juristas lido na CPI da Pandemia lista crimes de Bolsonaro na condução da crise sanitária

Além do depoimento de Marconny Albernaz e da decisão pela convocação de Ana Cristina Valle, a CPI ouviu um parecer de um grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior que listou crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia do Covid-19.

De acordo com Miguel Reale Júnior, Bolsonaro foi protagonista de uma política de estado de disseminação do vírus e de negação da pandemia, com iniciativas como o combate ao uso de máscara, uso de medicamentos sem comprovação científica – o chamado tratamento precoce, ou kit Covid – e declarações negacionistas sobre a pandemia. Entre os crimes listados pelos juristas estão crime de responsabilidade, crime de pandemia, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime, prevaricação, charlatanismo e crime contra a humanidade.

Segundo o jurista, tanto do ponto de vista sanitário, quanto do ponto de vista econômico, as opções adotadas pelo presidente da República foram equivocadas e que países que enfrentaram o Covid-19 de maneira adequada conseguiram voltar a movimentar a economia mais rapidamente.

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