Foram mais de 180 requerimentos aprovados antes do depoimento do dono da Precisa, que ficou em silêncio
por Hermínio Bernardo em 19/08/21 20:04
A CPI da Pandemia aprovou mais de 180 requerimentos nesta quinta-feira (19). Entre eles, a quebra de sigilo fiscal do líder do governo, o deputado Ricardo Barros, que foi incluído na lista de investigados nesta quarta (18). A CPI também quebrou os sigilos de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, com o intuito de aprofundar as investigações sobre um possível envolvimento dele no processo de compra de vacinas pelo governo federal.
Os senadores também aprovaram a quebra de sigilo de perfis bolsonaristas, que divulgam fake news nas redes sociais. Entre os requerimentos está a quebra de sigilo bancário e fiscal do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta o dono da empresa Precisa, Francisco Maximiano. A Precisa intermediou a compra da vacina Covaxin com o Ministério da Saúde. O contrato previa o pagamento de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses de vacinas. A Precisa receberia R$ 45 milhões antecipamente pela negociação, mas após denúncias de superfaturamento e suspeita de pagamento de propina, o contrato foi suspenso.
Maximiniano não quis prestar o juramento de dizer a verdade e optou por não responder às perguntas. Após ter o depoimento adiado quatro vezes, ele conseguiu uma decisão do STF para ficar em silêncio diante de questões que poderiam incriminá-lo.
No depoimento dos irmãos Miranda, eles disseram que levaram essas irregularidades para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que Bolsonaro citou o nome de Ricardo Barros ao ser informado do que estaria acontecendo.
Os senadores chegaram a discutir se Maximiano deveria ser preso por não responder as perguntas, mas decidiram prosseguir com a oitiva.
O funcionamento da CPI da Pandemia deve seguir até o mês de outubro. Mas o relator Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o relatório final dele vai ficar pronto antes, na segunda quinzena de setembro. Os trabalhos só devem se estender para outubro se algum fato novo surgir.
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