“É preciso ter coragem”, diz Poit sobre reforma administrativa

O líder do Novo na Câmara, Vinicius Poit, defendeu nesta segunda-feira (26) em entrevista ao Café do MyNews uma reforma administrativa que inclua militares, Ministério Público e Judiciário. Ele diz “achar difícil” porque não se pode ter “rabo preso”, mas vê como positiva a postura do presidente da Câmara, Arthur Lira, que determinou como prioridade os dois textos.

“A gente precisa de uma reforma administrativa séria e que seja de todos. Que os políticos estejam incluídos, militares, Ministério Público, Judiciário. E para incluir principalmente Judiciário e  Ministério Público, não pode ter rabo preso, tem que ter coragem para enfrentar, porque essa turma tem os super salários, muito acima do teto”, defendeu.

Poit se disse ainda otimista, mas afirmou não esperar que o governo que “deixa faltar vacina, que corta da Educação, que corta da conectividade das escolas para as crianças” faça avançar uma reforma administrativa e uma reforma tributária “condizentes com o que o Brasil precisa”.

No último sábado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que tornará público no dia 3 de maio a versão inicial da reforma tributária. Segundo ele, o Congresso não pode “ficar prisioneiro da paralisia política das guerras legislativas”. 

Nesta segunda, Lira voltou a tuitar, e declarou que irá coordenar pessoalmente com os líderes as tratativas para a reforma tributária. E que pretende aprovar tanto a tributária quanto a administrativa ainda este ano. 

Poit avaliou o Orçamento Geral da União sancionado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou a manutenção das emendas parlamentares em detrimento de outras áreas importantes. O deputado fez uma alusão à nova menção de Bolsonaro ao “meu Exército”.

“Isso mostra que ele é brabo, na hora que fala em ‘meu Exército’, mas na hora de enfrentar o Centrão perde toda essa brabeza e essa coragem. Deixa o Centrão cheio de emendas e deixa o Brasil e a população com nada: nada na Educação, nada na Saúde, nada na vacina e também o meio ambiente com esse corte”, avaliou.