Eduardo Bolsonaro convoca pessoas armadas para campanha presidencial Segurança pública

Eduardo Bolsonaro convoca pessoas armadas para campanha presidencial


Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução / Redes sociais

“Quem comprou arma legalizada tem que se tornar um ‘voluntário’ do presidente Jair Bolsonaro”. Pelo menos foi o que disse o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nas suas redes sociais. No vídeo, ele criticou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu três liminares que restringem os efeitos dos decretos presidenciais que facilitavam o acesso às armas.

Para comentar sobre o assunto, Myrian Clark recebeu no Almoço do MyNews desta terça-feira (06/09) a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ): “A família Bolsonaro só sabe trabalhar com medo, com a ode à violência, não apenas no período eleitoral, mas é costumeiro deles”, disse a parlamentar.

Quem também enviou uma opinião para o programa foi Isabel figueiredo, advogada do Fórum Brasileiro de Segurança Pública: “O mais importante dessa medida foi restringir o acesso aos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores). Eles tinham às vezes 60 armas por pessoa, não dava para entender isso. No ponto de vista da segurança pública, toda essa política de liberação de armas tem sido muito ruim. No conjunto de experiências científicas no mundo, quanto mais arma, mais crime. E a população sabe disso: na pesquisa de opinião, tradicionalmente tem 70% de pessoas que são contra as armas. Toda essa política governamental desde 2018 era uma política não a favor do Brasil. Mas de interesses específicos dos CACs e da indústria armamentista. Então a decisão do TSE da semana passada de ter a distância de 100 metros do local de votação pra portar arma, e a decisão fundamental ontem do Fachin, são muito bem-vindas. Vão servir pra gente tentar estancar essa sangria de armas que ainda vai trazer prejuízos para o país nos próximos anos”.

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