O Papa Francisco criticou implicamente a Rússia neste domingo (17), no que chamou de “Páscoa de guerra”.
Falando a cerca de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro, no Vaticano, declarou: “Quem tem a responsabilidade das nações, ouça o clamor do povo pela paz”.
“Haja paz para a martirizada Ucrânia, tão duramente provada pela violência e a destruição da guerra cruel e insensata para a qual foi arrastada. Sobre esta noite terrível de sofrimento e morte, surja depressa uma nova aurora de esperança. Escolha-se a paz! Deixe-se de exibir os músculos, enquanto as pessoas sofrem. Por favor, por favor: não nos habituemos à guerra, empenhemo-nos todos a pedir a paz, em alta voz, das varandas e pelas ruas! Paz!”, disse o papa Francisco.
O pontífice também pediu paz em outros países.
“Haja paz e reconciliação para os povos do Líbano, da Síria e do Iraque, e, de modo particular, para todas as comunidades cristãs que vivem no Médio Oriente. Haja paz também para a Líbia, a fim de encontrar estabilidade depois das tensões destes anos, e para o Iêmen, que sofre com um conflito esquecido por todos mas com vítimas contínuas: a trégua assinada nos últimos dias possa devolver esperança à população”, acrescentou.
Esta foi a primeira vez desde 2019 que o público pôde assistir presencialmente à mensagem pascoal do papa. Em 2020 e 2021, as restrições por causa da pandemia impediram aglomerações.