Ferramenta seria capaz de invadir dispositivos e acessar informações somente pela rede Wi-fi
por Redação em 17/01/22 16:46
Um membro do chamado “gabinete do ódio” usou a viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para negociar uma ferramenta de espionagem. De acordo com uma reportagem publicada no Uol pelos jornalistas Jamil Chade e Lucas Valença, uma pessoa ligada ao vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) procurou a ferramenta, chamada DarkHorse, em uma feira aeroespacial.
A tecnologia pode ser utilizada para “infectar” dispositivos como celulares e notebooks através da conexão por redes wi-fi, apanhando informações consideradas confidenciais. A reportagem aponta, ainda, que o “gabinete do ódio” mantém negociações com outras empresas do gênero, como a Polus Tech, sediada na Suíça.
No Almoço do MyNews desta segunda (17), Jamil Chade detalhou a informação e alertou que a aquisição de dispositivos de espionagem pode causar impactos diretos no processo eleitoral brasileiro. “A questão principal é a provável monitoração de opositores, jornalistas, ativistas de direitos humanos e outras pessoas que possam investigar membros do governo ou fazer o seu trabalho de jornalista.”, complementou Jamil.
Procurado pelo jornalista, o vereador Carlos Bolsonaro não respondeu. Entretanto, desde que a reportagem foi ao ar, as redes sociais de Chade foram bombardeadas de ataques e ameaças de contas falsas, o que mostra que o assunto causa irritação em algum meio.
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