Igor Britto comenta que decisão pode trazer prejuízo aos clientes de planos de saúde no país
por Luciana Tortorello em 08/07/21 18:39
O diretor de relações institucionais do Idec, Instituto de Defesa do Consumidor, Igor Britto, avalia a indicação de Paulo Rebello à diretoria da ANS e a aprovação na sabatina do Senado como trágica para os clientes de planos de saúde. Em entrevista ao MyNews, ele comenta sobre o ofício enviado pedindo o veto ao nome de Rebello e das possíveis consequências dessa nomeação.
“Nossa preocupação era muito forte com relação a todos os consumidores, com esse projeto do ex-ministro Ricardo Barros que representa um grupo grande de políticos e empresários, que têm interesse de diminuir as coberturas dos planos de saúde e que o indicado diretor da ANS, quando chefe de gabinete do ministro, nesse projeto dele com essa proposta que é trágica para os interesses dos consumidores, nós pedimos um adiamento inclusive para poder ter segurança e discussão sobre a relação dele com esse grupo empresarial, e não fomos atendidos nesse pedido”, argumenta o diretor do Idec.
A sabatina no Senado acabou acontecendo na última quarta-feira (07), depois de Rebello ter seu nome retirado da votação e incluído de novo. Para Britto, a indicação, sabatina e nomeação foram pautados por uma “disputa medíocre de poderes políticos”. Que ninguém ali está pensando na melhor técnica para regulação ou melhor qualidade de serviço.
“Eu acho a preocupação não só relacionada à ANS, ou seja, a preocupação da captura da agência e da falta de independência na diretoria não só para a ANS, mas com relação a todos os outros processos de indicação de diretores de autarquias e agências reguladoras, porque eu acho que agora todas as pessoas orbitando ao redor do sistema regulatório, estou falando de outras empresas mas da sociedade civil, Banco Central, da Anatel etc, a gente tem que ver quando há uma crise total da nossa República, da relação do Executivo e do Legislativo com as agências reguladoras disputando, poderes dentro das agências reguladoras para interferir nas suas decisões”, analisa o diretor do Idec.
Britto ainda diz que com Rebello nomeado para a diretoria da ANS, ele terá que provar que é um agente público independente, imparcial e comprometido com o interesse em regular o setor, interesse público, que representa os consumidores.
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