O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticou nesta quarta-feira (7) a ocupação de postos estratégicos do Ministério da Saúde por militares. Para ele, há uma “intervenção militar” na pasta que dirigiu de 2019 até 16 de abril de 2020.
“Você vê a presença de tantos coronéis, tantos nomes do Exército frequentando essa crônica absurda. Primeiro, o capítulo do gabinete paralelo, depois o capítulo da não compra da vacina, deliberadamente. Agora, o capítulo da negociata”, diz Mandetta no Quarta Chamada.
Ainda de acordo com o ex-ministro, é “inverossímil” a tese apresentada por Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, na CPI da Pandemia sobre sua participação na negociação na compra de vacinas. Todavia, Mandetta alerta que o episódio das vacinas da Covaxin pode ser uma espécie de “cavalo de troia” para desviar a atenção de outros episódios, como os emails ignorados da Pfizer.
“Eu não sou bom de investigação, mas me parece meio cavalo de troia. Parece ‘olha, não vamos investigar essa outra que está tão bem formatada e vamos deixar esse vendaval passar’”, afirma Mandetta.