Liderança do Partido Novo destaca afinidade com ideias econômicas do ministro da Economia, mas defende impeachment de Bolsonaro
por Thales Schmidt em 10/05/21 22:50
João Amoêdo, candidato à presidente da República em 2018 pelo Partido Novo, afirmou em entrevista ao Segunda Chamada que sua legenda costuma acompanhar a bancada de Jair Bolsonaro (sem partido) nas votações no Congresso porque há uma identificação com a agenda econômica do ministro da Economia Paulo Guedes.
De acordo com o Radar do Congresso em Foco, o Novo acompanhou a orientação do líder do governo em 92% das votações da Câmara, segundo pesquisa publicada em outubro de 2020.
“O Novo votou muito em linha com as pautas do Bolsonaro porque eram muito relacionadas ao aspecto econômico, a agenda do Paulo Guedes, o discurso do Paulo Guedes, não necessariamente da execução, era muito parecida com o que o Novo sempre pregou, reforma da previdência, reforma tributária, mais liberdade econômica, reforma administrativa, abertura da economia. Infelizmente, pouca coisa aconteceu, aliás, muita pouca coisa. Privatização mesmo, basicamente o que foi aprovado foi a reforma da previdência”, diz Amoêdo ao Segunda Chamada.
Amoêdo destacou que não é mais presidente do Novo e que tem posições contrárias a alguns congressistas de sua legenda. O ex-presidenciável também destaca que faz oposição a Bolsonaro desde março de 2020, quando o presidente afirmou a coronavírus era uma “gripezinha”, e que defende o impeachment de Bolsonaro — posição que não é compartilhada pela bancada do Novo.
Amoêdo também afirmou que os responsáveis pela chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, precisam ser punidos após investigação e que não compartilha da ideologia do “bandido bom é bandido morto”.
“O que eu entendo no Rio? A gente tem um grande problema, que é a falta de domínio territorial por parte do Estado, então a gente tem as milícias, tem o tráfico de drogas, o que é muito ruim porque você impede que os cidadãos tenham uma vida comum e tem outra coisa que eu acho que é, também, muito nefasta, que é o exemplo que os marginais dão para os mais jovens”, afirma Amoêdo.
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