Edinho Silva diz que, sem vacina, restringir a circulação de pessoas é o único caminho para deter a covid-19
por Luciana Tortorello em 15/04/21 18:28
O município de Araraquara foi o único do estado de São Paulo que teve um rígido lockdown. O prefeito da cidade, Edinho Silva (PT) contou ao MyNews por que decidiu impor essa medida e fala como os números de infectados e mortes respondeu ao isolamento.
“Lockdown não é uma medida prazerosa, não é algo que você quer colocar no seu currículo, porque você vai parar a cidade, vai parar a atividade econômica, você vai influenciar a vida das pessoas e, principalmente, numa situação de fragilização. Aqui, em Araraquara, nós temos uma rede de solidariedade que tem ajudado muito essas famílias em vulnerabilidade, para que não falte alimento a nenhuma família atingida pela pandemia, porque o direito ao alimento é um direito básico do ser humano”, afirma.
Edinho diz que mesmo o lockdown não traz resultados imediatos e que, sem vacinação, a única maneira de impedir a propagação do novo coronavírus é limitar a circulação de pessoas.
“Nós retiramos o transporte público de circulação, foi uma medida muito difícil. Fechamos, inclusive, supermercados na primeira semana, depois reabrimos para não gerar desabastecimento das famílias, mas paramos tudo, só ficou aberto farmácia e unidade de saúde, depois voltamos com o transporte público mas mantivemos só os serviços essenciais abertos e o restante tudo fechado”, argumenta Edinho.
Tudo isso foi feito após a criação de um comitê científico com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Esse grupo de especialista sugeriu o lockdown.
Nos últimos 15 dias, o município registrou 5 dias sem óbitos, com quedas significativas nas internações e nos intubados.
Para Edinho, o momento deveria ser de união, para que o país se recupere da pandemia da melhor forma. “O Brasil tinha que estar unificado nesse momento, independente de posição política, independente de partido político, nós deveríamos estar unidos para enfrentarmos essa tragédia humanitária, que é como se estivéssemos vivendo uma terceira guerra no mundo, só que dessa vez, nós estamos vivendo uma tragédia no mundo e essa tragédia está presente no território nacional e hoje o Brasil é país com maior índice de contaminados do planeta, o que significa que nós continuaremos tendo o maior índice de mortes no planeta”.
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