De acordo com pesquisa Genial/Quaest, o ex-juiz aparece à frente de Bolsonaro, mas ainda na margem de erro; Lula lidera em todos os cenários
por Juliana Braga em 08/12/21 17:34
Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) em um segundo turno em 2022. Moro aparece com 34% das intenções de voto e Bolsonaro com 31%. Levando em consideração a margem de erro de 2,2% para cima e para baixo, ambos se encontram em um empate técnico.
Neste cenário, 30% dos entrevistados afirmam que votarão nulo, branco, ou não votarão, e 4% se dizem indecisos. Na pesquisa anterior, em novembro, o embate entre os dois não foi testado.
A Genial Quaest ouviu 2.037 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 2 e 5 de dezembro. A coleta de dados foi feita por entrevistas face a face e a pesquisa apresenta 95% de grau de confiança.
O presidente aparece atrás em todos os cenários testados para o segundo turno. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) alcança 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro fica com 34%, com 23% de brancos, nulos e abstenções. Quando o embate é com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista ganharia com 55%, o atual presidente chega a 31% e apenas 11% declaram voto nulo, branco ou abstenção.
Lula também ganharia de Sergio Moro (53% x 29%) e de Ciro Gomes (54% x 21%).
No primeiro turno, o ex-presidente petista lidera em todos os cenários. No mais completo, Lula aparece com 46% das intenções de voto seguido por Bolsonaro (23%), Moro (10%), Ciro Gomes (5%), pelo governador de São Paulo, João Doria (5%), pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (1%) e pelo pré-candidato do Novo, Felipe D’Ávila (1%).
A pesquisa também quis saber a avaliação do governo de Bolsonaro. O percentual dos que consideravam a gestão negativa caiu de 56% para 50%; 26% afirmaram ser regular (em novembro foi 22%), e 21% avaliaram como positiva, ante 19% em novembro.
O instituto perguntou por temas a opinião dos entrevistados sobre o governo. A pior avaliação foi em relação ao combate à inflação: 70% negativa, 15% regular e 12% positiva. Na sequência vem o combate das queimadas na Amazônia e a geração de novos empregos.
O desemprego, inclusive, passou a ser a maior preocupação dos brasileiros no que diz respeito à economia. Dos entrevistados, 18% afirmaram que a falta de vagas é o maior problema econômico do país. O tópico não liderava as preocupações desde agosto deste ano. Em segundo lugar, foi apontado o crescimento econômico (14%) e a inflação (9%).
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro oficializou sua entrada na política no dia 10 de novembro, em ato de filiação ao Podemos. No discurso, Moro criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, culpou o presidente Jair Bolsonaro por um boicote à sua gestão no Ministério da Justiça e elegeu o combate à pobreza como o desafio do seu projeto.
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O ex-juiz anunciou como medida prioritária do seu “projeto” a criação de uma Força-Tarefa de Erradicação da Pobreza para acabar de vez com a miséria. “Para tanto, precisamos mais do que programas de transferência de renda como o Bolsa-Família ou o Auxílio-Brasil. Precisamos identificar o que cada pessoa necessita para sair da pobreza. Isso muitas vezes pode ser uma vaga no ensino, um tratamento de saúde ou uma oportunidade de trabalho. As pessoas querem trabalhar e gerar seu próprio sustento. Precisamos atender a essas carências com atenção específica”, detalhou.
A bandeira do combate à corrupção, pela qual Moro se notabilizou, não ficou de fora. Afirmou ter sido aconselhado a não tocar no assunto, mas, mesmo assim, fez referência a escândalos nos quais estiveram envolvidos Lula e Bolsonaro. “Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”, disse.
Moro agora procura alianças com partidos do Centrão para dar mais musculatura a seu projeto. Reuniu-se no final de semana com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e deve encontrar-se nesta quarta-feira (8) com o governador de São Paulo, João Doria, vencedor das prévias do PSDB.
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