PF decide investigar suspeitas de corrupção na compra da vacina indiana CASO COVAXIN

PF decide investigar suspeitas de corrupção na compra da vacina indiana


A Polícia Federal abriu inquérito nesta quarta-feira (30) para investigar suspeitas envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. A apuração foi aberta a pedido do Ministério da Justiça, após a CPI da Pandemia ter levantado indícios de problemas envolvendo a compra do imunizante, o mais caro contratado pelo Ministério da Saúde. A empresa intermediária dessa venda no Brasil, a Precisa Medicamentos, é alvo de outras investigações em andamento.

O contrato para a compra do imunizante indiano custou R$ 1,6 bilhão ao governo federal.
O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (29) a suspensão temporária do contrato da Covaxin. Foto: Jagdeep Sekhar

O caso será conduzido pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.

Até o momento, não foi definido nenhum político como alvo do inquérito. Caso a PF encontre indícios contra parlamentares ou outras autoridades com foro privilegiado, o caso deve ser submetido a uma autorização do Supremo Tribunal Federal.

Também nesta quarta, a Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as suspeitas de crime no contrato para a compra da Covaxin, assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.

O procurador Paulo José Rocha Júnior já determinou as primeiras diligências a serem feitas para o início das investigações. Um dos indícios levados em conta foi o depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde.

Na terça-feira (29), os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Wagner Rosário (Controladoria Geral da União) anunciaram a suspensão do contrato para a compra da Covaxin.

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