Dois dos empresários presos, suspeitos de manter e financiar acampamento em Brasília, são sócios de rede varejista em Goiás: Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita
por Alice Rabello em 01/03/24 04:38
Joveci Xavier Andrade e Adauto Mesquita, alvos da Operação Lesa Pátria, foram presos preventivamente nesta quinta-feira (29) pela Polícia Federal suspeitos de manter e financiar acampamento do QG do Exército, em Brasília.
Ambos são sócios do grupo Melhor Atacadista, rede varejista em Goiás e forneciam alimentos e água para os acampados, semanalmente. Bancavam também, segundo a PF, parte do pagamento dos banheiros químicos instalados no Setor Militar Urbano, em Brasília.
A apuração também aponta que os empresários criaram um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para aluguel de lonas aos acampados em frente ao Exército.
Em abril de 2023, os dois foram ouvidos na CPI dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Para recordar, a CPI presidida pelo deputado distrital Chico Vigilante, ocorreu em paralelo com a CPMI do Congresso Nacional. A Comissão do DF declara que eles mentiram nos depoimentos e que os pagamentos pelo trio elétrico e tendas usadas no acampamento dos golpistas foram comprovados por quebras de sigilo bancário.
À época, Joveci Xavier de Andrade admitiu que visitava o acampamento em Brasília, mas negou financiamento e chamou de “estupidez muito grande” a invasão à sede dos Três Poderes. Já Adauto, também na CPI, confirmou que fez três doações “pequenas” para o acampamento e negou ter pago um trio elétrico.
O advogado Iure de Castro, que defende os dois, afirmou em nota que não teve acesso à decisão emitida pelo STF e ressalta que “desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal”.
Em São Paulo, o empresário Diogo Arthur Galvão, é o terceiro alvo nesta 25° etapa da Operação e também foi preso preventivamente pela PF. Ele já tinha sido preso em setembro do ano passado no Paraguai, também na Lesa Pátria. Diogo aparece como proprietário de uma empresa de comércio varejista de madeiras e artefatos em Campinas e a investigação tem vídeos e fotos de seu envolvimento nos atos antidemocráticos, incluindo fotografias pessoais dentro dos prédios invadidos.
Ao todo, são 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, sete de monitoramento eletrônico, além de três para prisão preventiva. A operação atua em Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.
Alvos são investigados por suspeita de crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, incitação ao crime, associação criminosa, e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.
Veja os vídeos dos sócios em CPI dos atos antidemocráticos no programa Segunda Chamada:
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