Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra pior momento do governo Bolsonaro desde 2019. Levantamento aponta que candidatura de Sérgio Moro tira votos de Bolsonaro, apesar de ex-ministro da Justiça também ter rejeição elevada. Lula venceria no primeiro turno em qualquer cenário
por Redação em 10/11/21 19:06
A nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) mostra que o governo Bolsonaro tem a pior avaliação. Em relação ao último levantamento, a reprovação ao governo passou de 43% para 56%, enquanto a aprovação variou de 20% para 19%. Entre os entrevistados, 69% acham que Jair Bolsonaro (sem partido) não merece ser reeleito, apontando uma queda de popularidade entre as pessoas que votaram nele nas eleições de 2018 – com queda de 52% para 39% entre os que consideram o seu governo positivo.
A pesquisa foi feita entre 3 e 6 de novembro, com 2.063 pessoas, em 123 municípios. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro 3%, para mais ou para menos. Nesta rodada, a margem de
erro ficou em 2,2%.
A condução da economia é o principal ponto de rejeição ao governo. Dos entrevistados, 48% acreditam que a economia é o principal problema do país. A economia piorou para 73%, enquanto 66% entendem que a diferença entre ricos e pobres aumentou. Também aparecem entre os principais problemas do país o desemprego (14%) e a inflação (11%). Os entrevistados citaram a fome/miséria como o principal problema social do Brasil.
A avaliação do governo é majoritariamente negativa em todas as regiões do país. No Nordeste, 60% avaliam o governo como negativo; no Norte, esse percentual é de 59%; e nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, o percentual de que avaliam negativamente o governo Bolsonaro é de 54%. Já a avaliação positiva fica em 16% na Região Nordeste, 18% no Norte, 20% no Sudeste e no Centro-Oeste e 19% na Região Sul.
Entre os eleitores do gênero feminino, 59% reprovam o governo Jair Bolsonaro. Entre o gênero masculino, esse percentual é de 52%. A rejeição também é elevada em todas as faixas etárias: 61% (16 a 24 anos); 54% (25 a 34 anos); 55% (35 a 44 anos); 57% (45 a 59 anos e pessoas com mais de 60 anos). A avaliação do governo é majoritariamente negativa em todos os níveis de escolaridade, todas as faixas de renda e também entre as pessoas que se declararam católicas e evangélicas.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria eleito em primeiro turno nos dois cenários eleitorais apresentados pela pesquisa Genial/Quaest. No primeiro cenário, com João Dória como candidato do PSDB, Lula teria 48% dos votos; Bolsonaro (sem partido), 21%; Moro (Podemos), 8%; Ciro Gomes (PDT), 6%; Dória (PSDB), 2%; e Rodrigo Pacheco (Democratas), 1%. Brancos e nulos teriam 10% e indecisos seriam 4%.
No cenário 2, Lula teria 47% dos votos; Bolsonaro, 21%; Moro, 8%; Ciro Gomes, 7%; Eduardo Leite (PSDB), 1%; e Rodrigo Pacheco, 1%. O número de votos brancos e nulos e de eleitores indecisos seria o mesmo. Nos dois cenários, Lula teria mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno.
Apesar do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro aparecer como o melhor nome da terceira via, o percentual de rejeição ao nome dele é alto, 61%. A pesquisa mostra que Moro disputa o mesmo eleitorado do atual presidente, Jair Bolsonaro.
No caso de ocorrer o segundo turno nas eleições de 2022, Lula teria 57% dos votos contra 27% de Bolsonaro. Contra Sério Moro, Lula mantém 57, e o ex-juiz fica com 22%. Na disputa com Ciro Gomes, Lula venceria com 53%, enquanto Ciro tem 20% das intenções de voto.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja para a Europa nesta quinta (11) – onde cumprirá uma agenda de encontros com lideranças políticas e sociais na Alemanha, Bélgica, França e Espanha. O primeiro destino é a Alemanha, onde Lula se reunirá com o ex-líder do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. O encontro acontecerá na capital, Berlim.
Na Bélgica, Lula participa de um debate no Parlamento Europeu e se reúne com líderes social-democratas. Na França, o ex-presidente brasileiro se reunirá com a prefeita de Paris, anne Hidalgo, e participará de uma conferência sobre o Brasil no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po). Lula foi o primeiro líder latino-americano a receber o título de Doutor Honoris Causa da instituição, uma das mais respeitadas do mundo, em 2011.
No dia 17, Lula receberá o prêmio Coragem Política 2021, concedido pela revista Politique Internationale. A Espanha será a última parada do ex-presidente Lula nesta viagem à Europa. Ele participará de uma conferência e se reunirá com lideranças políticas.
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