Alan Diego dos Santos foi condenado pela Justiça do Distrito Federal por participar da tentativa de explosão próximo ao Aeroporto de Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado pela Justiça do Distrito Federal por participar da tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília. Segundo o magistrado, a liberdade representaria risco à ordem pública.
De acordo com a investigação, Alan Diego foi o responsável por depositar o artefato explosivo no eixo esquerdo do caminhão-tanque estacionado nas imediações do aeroporto, em 24 de dezembro de 2022. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) pelos crimes de explosão e incêndio. Não cabem mais recursos contra essa condenação.
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A investigação foi enviada ao STF para análise de eventuais crimes contra o Estado Democrático de Direito. Em junho deste ano, a PGR denunciou Alan Diego e outras duas pessoas por crimes como tentativa de abolição do Estado de Direito e golpe de Estado e pediu sua prisão preventiva. A ordem foi cumprida em 27 de junho, com o recolhimento de Rodrigues a um estabelecimento prisional em Comodoro (MT).
Alexandre de Moraes também negou pedido da defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira e manteve a sua prisão preventiva. O militar é réu acusado de integrar o “Núcleo 3” da tentativa de golpe de Estado e está preso desde novembro de 2024 em uma unidade militar de Niterói.
A decisão foi dada após a defesa do militar pedir a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como monitoramento eletrônico. Seguindo o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro ressaltou que não há nenhum fato novo que justifique a revogação da medida. Um pedido semelhante já havia sido negado em maio.
Oliveira integra o grupo de oficiais do Exército com formação em Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”. Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), ele integrou o chamado “Núcleo Operacional” da organização, planejando e executando ações de apoio ao golpe. Uma das operações descritas pelos investigadores foi o monitoramento visando a um possível assassinato de autoridades.
Oliveira e outras nove pessoas se tornaram réus em maio, por decisão unânime da Primeira Turma do STF. O grupo responde pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
*Com informações do Portal de Notícias do STF