"A primeira-dama pode estar cometendo um crime de intolerância religiosa", diz sacerdote da Umbanda Deninsson de Angelis
por da Redação em 09/08/22 15:13
O sacerdote de Umbanda, Pai de Santo Denisson de Angelis, conversou com a jornalista Myriam Clark no Almoço do MyNews sobre o uso de Deus e o Diabo na política. “A figura de um político sempre usa de artimanhas, de forma metafóricas para engajar as pessoas”, diz ele. No caso do ex-presidente Lula quando ele disse que as eleições seriam uma luta entre o bem o mal fica claro o usa da metáfora. “Foi o que ele fez. Ele quis comparar, ponderar que só existem duas forças”, explica.
Mas até no campo espiritual há espaço para terceira via. “Temos as forças da natureza que estão o tempo todo interagindo com a gente, então existe uma terceira, quarta via, milhares de via que nos levam a ascensão da consciência”, disse o sacerdote.
No caso da Primeira-dama Michelle Bolsonaro, ele adverte, é bem mais grave. “Um caso típico de uma intolerância religiosa”, disse. Em um dos videos que circulam na rede ela faz referência de que a cozinha do Palácio do Planalto era consagrada aos demônios em outras palavras amaldiçoada como explica Pai Denisson. “Se formos entender que estamos vivendo num país com 33 milhões de pessoas passando fome é de uma irresponsabilidade muito grande se usar um termo como este”.
Ele diz que a cozinha é um espaço sagrado. “Não conseguimos viver sem comer. Ela incute na cabeça de um ser fragilizado, de um irmão que está passando necessidade que a única verdade é a dela”.
Segundo ele, as afirmações da Primeira-dama têm uma intolerância religiosa, de racismo religioso. “Ela pode estar cometendo um crime”, diz. Os crimes de racismo religioso tem crescido, segundo ele. Pai Denisson conta que ele mesmo tem sofrido constrangimentos. Ele conta que recentemente estava indo para uma reunião de lideranças religiosas e ao descer do veículo o motorista do Uber disse a uma pessoa ao telefone: “Estou deixando o macumbeiro na prefeitura, graças a Deus ele está sendo educado”.
“Fiquei constrangido. Qualquer pessoa precisa respeitar o outro”.
A umbanda foi reconhecida por lei em 2014 como religião. “Temos prerrogativas da lei e tem que entender com respeito e a envergadura necessária”.
A conversa completa você pode ver no vídeo abaixo
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