Empresário que concorria à Prefeitura pelo PRTB insinuou que alguns apoiadores estariam criando teorias conspiratórias, mas demonstrou não compactuar com essas ideias
por Sofia Pilagallo em 07/10/24 12:27
Pablo Marçal (PRTB) fala a jornalistas em frente à casa dele, no bairro Jardim Europa | Foto: Sofia Pilagallo - 06.10.2024
O empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que terminou a disputa eleitoral em São Paulo em terceiro lugar, com 28,14% dos votos válidos, afirmou que “a vontade do povo nas urnas prevalece”. A declaração foi dada à imprensa na noite de domingo (6), por volta das 22h30, em frente à casa dele, no Jardim Europa, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Ele insinuou que alguns de seus apoiadores estariam criando teorias conspiratórias sobre o resultado das eleições, mas demonstrou não compactuar com essas ideias.
“A vontade do povo nas urnas prevalece. Sei que existem algumas pessoas que estão tentando construir algumas teorias, mas eu respeito a vontade do povo”, disse. “A gente chegou de última hora. Que Deus abençoe a cidade de São Paulo, o Brasil e o povo brasileiro”, acrescentou o empresário, que parabenizou os adversários Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos por chegarem ao segundo turno.
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Ainda que não tenha ido para a reta final da disputa, Marçal afirmou que fez uma campanha “histórica” e que obteve um “resultado extraordinário”. Segundo ele, o número de votos obtido (1.719.274) foi bastante expressivo para uma campanha que sobreviveu de doações, não tendo sido financiada com dinheiro público ou com recursos do próprio bolso.
O empresário admitiu que poderia ter obtido um resultado maior se tivesse investido financeiramente na campanha, mas afirmou que se comprometeu a não envolver o próprio dinheiro ou as próprias empresas nas eleições, e que cumpriu com a promessa até o fim. Questionado por um jornalista sobre o que teria o deixado de fora do segundo turno, respondeu que nenhum fator em especial teria influenciado no resultado.
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“Nada me tirou do segundo turno. A verdade é que, em uma campanha igual a minha, contra o sistema, não tinha essa garantia. Eu tinha uma convicção minha, pessoal, de que a gente conseguiria atingir 50% do eleitorado”, afirmou.
Sobre um eventual apoio a Nunes no segundo turno, Marçal não cravou uma resposta definitiva. Segundo ele, tudo vai depender da adesão do prefeito às propostas que ele defende, como o ensino da educação financeira nas escolas e a transformação das escolas públicas em “escolas olímpicas”, com incentivo ao esporte. “Se ele considerar isso, a gente pode conversar”, acrescentou.
Marçal ressaltou que Nunes “pegou muito pesado” e “foi muito injusto” com ele ao longo da campanha. Ao mesmo tempo, disse entender que essa postura “é coisa de marqueteiro” e que ele “não é um homem de carregar mágoa”. O empresário também justificou o comportamento agressivo que teve com os então adversários, alegando que “foi para o tudo ou nada” pela “desproporcionalidade” do que fizeram com ele, sem entrar em detalhes.
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