Arquivos Eleições na Venezuela - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/eleicoes-na-venezuela/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 04 Sep 2024 19:04:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Brasil fala em ‘preocupação’ com ordem de prisão de opositor de Maduro https://canalmynews.com.br/noticias/brasil-fala-em-preocupacao-com-ordem-de-prisao-de-opositor-de-maduro/ Wed, 04 Sep 2024 18:55:37 +0000 https://localhost:8000/?p=46386 Retaliação a González afeta compromissos assumidos pelo governo venezuelano envolvendo um processo eleitoral democrático

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O governo brasileiro manifestou “profunda preocupação” com a decisão da Procuradoria-Geral da Venezuela de pedir a prisão de Edmundo González, um dos líderes da oposição ao governo de Nicolás Maduro. A nota conjunta com o governo da Colômbia foi divulgada na noite dessa terça-feira (3).

Segundo a nota, o pedido de prisão de González afeta os compromissos assumidos nos Acordos de Barbados, quando governo e oposição, mediados pela Noruega, firmaram compromissos envolvendo um processo eleitoral democrático no país sul-americano.

“Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro. Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”, afirmaram os governos do Brasil e da Colômbia.

O pedido de prisão contra Edmundo González foi emitido após ele não comparecer pela terceira vez à sede do Ministério Público para explicar a publicação de supostas atas eleitorais que dariam vitória a ele nas eleições ocorridas em 28 de julho. A oposição diz ter publicado mais de 80% das atas na internet que comprovariam a vitória de González. O governo, no entanto, acusa a oposição de falsificar mais de 9 mil atas publicadas na rede.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela divulgação do resultado das eleições, afirmou que Maduro venceu o pleito, mas não divulgou as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação. Os documentos, no entanto, foram entregues à Justiça no início de agosto.

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o assunto:

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Vence prazo para Venezuela publicar dados da eleição https://canalmynews.com.br/noticias/vence-prazo-para-venezuela-publicar-dados-da-eleicao/ Mon, 02 Sep 2024 17:50:48 +0000 https://localhost:8000/?p=46317 O período de 30 dias, estabelecido pela Lei Orgânica dos Processos Eleitorais, terminou na última sexta-feira (30), mas as informações ainda não foram divulgadas

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O prazo de 30 dias previsto na Lei Orgânica dos Processos Eleitorais da Venezuela para publicação no Diário Oficial dos resultados da eleição venceu, mas os dados da votação por mesa eleitoral não foram ainda divulgados publicamente.

Na decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a vitória do presidente Nicolás Maduro, foi determinada a publicação dos dados no prazo estimulado pela legislação. De acordo com o artigo 155 da lei dos processos eleitorais, deve-se publicar as informações em 30 dias após a proclamação do vencedor, o que ocorreu no dia 29 de julho.

Na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela informou que acataria a decisão do TSJ. “No lapso da lei, [o CNE] cumprirá com o ordenado pela Sala Eleitoral do TSJ”, afirmou o Poder Eleitoral, em nota.

Na página oficial da Imprensa Nacional da Venezuela, onde se publica o Diário Oficial do país, a última atualização é do dia 21 de agosto. Portanto, são 12 dias sem que se atualize as publicações oficiais dos poderes públicos venezuelanos.

Na última sexta-feira (30), data que marcou o fim do prazo de 30 dias da proclamação do resultado, a Venezuela amanheceu sem eletricidade em quase todos os estados. O governo denunciou que o apagão foi causado por ações de sabotagem contra o sistema elétrico que buscaram inutilizar a Hidrelétrica de Guri, no estado Bolívar.

“É um ataque cheio de vingança e ódio contra a Venezuela, que vem das correntes fascistas que fingiam ser oposição política. Dizemos que estamos preservados e protegidos o Guri”, informou Maduro em uma rede social. A Hidrelétrica de Guri é a principal fonte de energia elétrica da Venezuela.

Edmundo

Ainda na semana passada, o candidato opositor Edmundo González foi notificado pela terceira vez pelo Ministério Público da Venezuela para que preste depoimento sobre a investigação que apura supostos crimes de “usurpação de funções, forjamento de documento público; instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração”.

Segundo a notificação, caso não compareça à sede do órgão em Caracas, o Ministério Público pedirá a prisão do opositor por risco de fuga e perigo de obstrução da Justiça.

Em nota, a coalização Plataforma Unitária – que apoia Edmundo – afirma que o político é alvo de uma perseguição e que não cometeu nenhuma ilegalidade. O MP investiga os responsáveis pela página na internet onde foram publicadas as supostas atas eleitorais da oposição que dão a vitória à Edmundo González.

A investigação cita que a página na internet busca usurpar as competências do CNE, única instituição com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela. O chefe do MP, Tarek William Saab, afirma que os “supostos documentos” são falsificados, “causando a difusão desta informação falsa para agitar a população”.

Repressão

As denúncias de prisões arbitrárias continuam no país. Organizações de direitos humanos e a oposição acusam o governo Maduro de perseguir e prender lideranças, ativistas e jornalistas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou as detenções.

“Nos casos documentados, a privação de liberdade foi acompanhada por uma série de violações das garantias judiciais, como o confinamento solitário, a imposição de defensores públicos, a falta de comparência em tribunal em tempo útil ou de apresentação perante os tribunais em casos de terrorismo. As pessoas detidas seriam acusadas de crimes como terrorismo ou associação criminosa”, diz a comissão ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

As autoridades da Venezuela argumentam que estão lutando contra grupos criminosos que promoveram ataques à militantes chavistas e prédios públicos na tentativa de alimentar um golpe de Estado contra o resultado da eleição do dia 28 de julho.

Assista ao Segunda Chamada sobre o assunto:

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Venezuela quer proibir candidatura que não acatar reeleição de Maduro https://canalmynews.com.br/noticias/venezuela-quer-proibir-candidatura-que-nao-acatar-reeleicao-de-maduro/ Fri, 23 Aug 2024 17:41:30 +0000 https://localhost:8000/?p=46081 TSJ reiterou a vitória do atual presidente na eleição de 28 de julho, ainda que as atas da votação não tenham sido apresentadas

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O governo de Nicolas Maduro na Venezuela tem defendido aprovar na Assembleia Nacional do país uma reforma eleitoral que proíba a candidatura de políticos que não acatem decisões judiciais, em especial, a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que reiterou a vitória de Maduro na eleição de 28 de julho, ainda que não tenha apresentado as atas da votação.

O presidente da Assembleia Nacional, o deputado governista Jorge Rodríguez, na sessão do parlamento dessa quinta-feira (22), defendeu uma nova lei que proíba a candidatura de quem não acatar a decisão do Supremo.

“Se querem entrar no jogo democrático, o primeiro que tem que fazer é acatar essa sentença [do TSJ]. É obrigatório. Quem descumprir essa sentença não deve vir depois se inscrever para deputado ou registrar candidaturas a governadores e prefeitos”, afirmou o chefe do Legislativo.

No mesmo dia, a proposta recebeu o apoio do presidente Nicolás Maduro. “Estou de acordo com a proposta que surgiu na Assembleia Nacional de fazer uma reforça de todas as leis eleitorais e que não possam participar em processos eleitorais aqueles que desconheçam as leis, os poderes públicos e à Constituição”, afirmou.

A proposta surge após parte da oposição não reconhecer a sentença judicial que reiterou a vitória de Maduro na eleição presidencial de 28 de julho. Em uma rede social, o candidato opositor Edmundo González, que sustenta ser o verdadeiro vencedor da eleição, afirmou que “nenhuma sentença deterá a verdade”.

“Tentar judicializar o resultado das eleições não muda a verdade. Ganhamos esmagadoramente e temos as atas que demonstram. Desde que o Nicolás Maduro recorreu ao que deveria ser o Tribunal máximo da nação, sabíamos que não buscava outra coisa que não negar a verdade. Ditaram uma sentença que atende ao regime”, afirmou González, acrescentando que o TSJ é um braço do governo Maduro.

União Europeia e México

O representante da União Europeia para assuntos estrangeiros, Josep Borell, declarou nesta sexta-feira (23) que o bloco não vai reconhece o governo Maduro caso as atas não sejam verificadas.

“Todos devem poder verificar qual é o resultado de uma eleição. Entretanto, isso ainda não aconteceu [na Venezuela] e praticamente perdemos a esperança que aconteça”, disse Borrell, segundo a agência de notícias ROT, de Portugal.

A União Europeia já não reconhece o governo Maduro ao menos desde 2017, quando o país elegeu uma Assembleia Constituinte, dando início ao atual bloqueio econômico contra o país sul-americano.

O presidente mexicano, Manuel López Obrador, ao ser questionado se reconhecerá o terceiro mandato do governo Maduro, disse que ainda é preciso esperar as atas eleitorais.

“[O TSJ] recomenda que se venham a conhecer as atas. Tem uma data na resolução [da Justiça]. Vamos esperar que se conheça as atas. O parecer resolve o Tribunal e pede ao CNE que venha a apresentar as atas”, disse Obrador.

Sentença

Após perícia realizada pelo Tribunal, a Corte confirmou a vitória de Maduro anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Sem apresentar as atas, a Sala Eleitoral do TSJ determinou que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] publique “os resultados definitivos” da eleição no Diário Oficial do país. Além disso, a Corte certificou que o Poder Eleitoral foi vítima de um ataque cibernético, que teria impedido o trabalho da instituição.

A decisão citou o artigo 155 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais do país. O dispositivo define que o CNE deve publicar os dados no Diário Oficial em até 30 dias após a proclamação do candidato. Com isso, o CNE deve publicar os dados até o dia 30 de agosto. Em eleições anteriores, o Poder Eleitoral publicava os dados no site na internet poucas horas ou dias após a proclamação do vencedor.

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Maduro reage e diz que instituições da Venezuela resolverão impasse https://canalmynews.com.br/noticias/maduro-reage-e-diz-que-instituicoes-da-venezuela-resolverao-impasse/ Fri, 16 Aug 2024 17:47:01 +0000 https://localhost:8000/?p=45929 Em resposta à imprensa, o atual presidente disse que “não faz diplomacia de microfone” e que cada país sabe o que deve fazer com os seus assuntos internos

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu à pressão internacional que líderes globais vêm fazendo sobre a eleição presidencial do país do último dia 28 de julho. Ele disse que as questões eleitorais internas da Venezuela serão resolvidas pelas instituições venezuelanas.

“A Venezuela tem soberania, é um país independente com uma Constituição, tem instituições e os conflitos que existem na Venezuela de qualquer tipo são resolvidos entre os venezuelanos, com as suas instituições, com a sua lei, com a sua Constituição”, informou o presidente em entrevista à emissora estatal VTV.

A repórter questionou Maduro sobre as posições dos presidentes brasileiro, colombiano, mexicano e dos Estados Unidos. Maduro respondeu que “não faz diplomacia de microfone” e que “cada presidente sabe, cada Estado, cada país sabe o que deve fazer com os seus assuntos internos”.

Nessa quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que não reconheceu ainda a vitória de Maduro. Segundo Lula, é necessária a divulgação dos dados detalhados por mesa de votação. O presidente colombiano, Gustavo Petro, tem manifestado a mesma posição.

Por outro lado, o presidente mexicano López Obrador afirmou que irá aguardar a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que informou ter iniciado a perícia do material eleitoral disponibilizado pelos partidos e pelo Poder Eleitoral do país. Já o governo dos Estados Unidos reconheceu a vitória do opositor Edmundo González e pede uma transição pacífica.

Maduro lembrou as acusações de fraude nos EUA, feitas pelo candidato derrotado em 2020, Donald Trump, e no Brasil, proferidas pelo candidato derrotado Jair Bolsonaro, em 2022. Ambos, sem provas, acusaram a eleição, que perderam, de ser fraudada.

“Ninguém saiu ao mundo para dizer a eles, olha, houve fraude, deixe-os fazer isso, deixe-os fazer aquilo”, disse Maduro sobre o caso dos EUA. Sobre o Brasil, enfatizou que a questão foi resolvida pelas instituições brasileiras.

“Quem decidiu foi o Brasil e não saiu ninguém da Venezuela, nem nosso governo, nem ninguém, para pedir qualquer coisa, quem decidiu foi o tribunal. A palavra sagrada é tribunal do Brasil. É uma questão do Brasil”, comentou.

Em relação ao governo dos EUA, Maduro disse que é diferente pelo fato de os norte-americanos terem uma “diplomacia imperial”. “Rejeito total e absolutamente que o governo dos EUA pretenda tornar-se a autoridade eleitoral da Venezuela”, assegurou.

Questionamento

A reeleição de Nicolás Maduro – anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país – vem sendo questionada pela oposição e por alguns países pelo fato de o Poder Eleitoral não disponibilizar os dados por mesa de votação, como costumava fazer, além de ter suspendido as três auditorias previstas para depois do pleito.

Um recurso apresentado pelo governo levou o caso para a Suprema corte venezuelana. A oposição alega que essa é uma usurpação das competências do CNE. O tribunal venezuelano informou que divulgará decisão final sobre o impasse nos próximos dias. A legislação eleitoral da Venezuela diz que o CNE tem 30 dias – após a proclamação do resultado – para publicar os dados no Diário Oficial do país.

Assista abaixo o Segunda Chamada de segunda-feira (12):

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Lula ainda não reconhece Maduro como presidente eleito da Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/lula-ainda-nao-reconhece-maduro-como-presidente-eleito-da-venezuela/ Thu, 15 Aug 2024 19:03:37 +0000 https://localhost:8000/?p=45906 O atual presidente entregou ao TSJ as atas eleitorais em posse do governo, enquanto a oposição publicou na internet os documentos em mãos dos adversários

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que ainda não reconhece o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como vitorioso nas eleições realizadas no dia 28 de julho no país. “Ainda não. Ele [Maduro] sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”, disse Lula ao ser questionado se reconhecia o resultado do pleito.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou Maduro reeleito com 51,21% dos votos. O principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia obteve 44,2% dos votos. A oposição e várias nações questionam a legitimidade da vitória e cobram transparência no processo, incluindo o Brasil, com a divulgação das atas de cada uma das mais de 30 mil seções eleitorais.

“As urnas na Venezuela, quando você vota em uma máquina eletrônica como aqui, tem um tíquete; aquele tíquete é colocado em uma urna. Então, você tem o voto eletrônico e você tem a urna. O que nós queremos é que o Conselho Nacional que cuidou nas eleições diga publicamente quem é que ganhou nas eleições, porque até agora ninguém disse quem ganhou”, disse Lula em entrevista à Rádio T, em Curitiba, no Paraná.

Atas eleitorais em posse dos partidos que apoiam o governo da Venezuela foram entregues ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país. A campanha do candidato Edmundo González também publicou na internet atas eleitorais que estão em posse dos partidos que o apoiam, que indicam uma vitória de González.

“Tem que apresentar os dados, agora os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele [Maduro] não mandou [as suas atas] para o conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele”, disse Lula, afirmando que não pode julgar a atuação da Suprema Corte de outro país.

O presidente brasileiro defendeu que seja estabelecido um governo de coalização no país vizinho, com participação da oposição, ou ainda, que novas eleições sejam convocadas. Maduro estará na Presidência até o dia 10 de janeiro de 2025, data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato.

“Muita gente que está no meu governo não votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo”, disse Lula, lembrando a coalização de partidos que apoiaram a sua eleição em 2022. “Se ele [Maduro] tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições”, acrescentou.

Ontem (14), Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, conversaram sobre o impasse político na Venezuela. Os dois países tentam fazer uma mediação para tentar resolver a crise que já levou à prisão mais de 2 mil opositores de Nicolás Maduro.

“Eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, ‘[dizer] eu sou favorável a fulano ou sou contra’. Não, eu quero o resultado [factível]”, disse. “O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países”, acrescentou o presidente.

Lula ainda não falou com Maduro após o processo eleitoral na Venezuela. Ele e o presidente Venezuelano conversaram a última vez, por telefone, em junho, e, antes, pessoalmente, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas.

“Eu conversei pessoalmente com o Maduro antes das eleições dizendo que a transparência do processo eleitoral dele e a legitimidade do resultado eram o que iria permitir a gente continuar brigando para que fossem suspensas as sanções contra Venezuela”, lembrou Lula.

A Venezuela enfrenta, desde agosto de 2017, um bloqueio econômico internacional que limita o acesso ao mercado de crédito global e, desde janeiro de 2019, também ao mercado de petróleo e outros minerais.

Assista abaixo o Segunda Chamada de segunda-feira (12):

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Análise: Nem mesmo a anistia dos EUA seria capaz de tirar Maduro do poder https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-nem-mesmo-a-anistia-dos-eua-seria-capaz-de-tirar-maduro-do-poder/ Tue, 13 Aug 2024 21:01:34 +0000 https://localhost:8000/?p=45853 Enquanto a Rússia e a China seguirem apoiando a Venezuela economicamente, atual governo terá força para se manter na liderança

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Nem mesmo a anistia dos Estados Unidos seria capaz de tirar o presidente Nicolás Maduro do poder, afirmou a cientista política Maria de Carli durante participação no Segunda Chamada de segunda-feira (12), acrescentando que ele já tinha deixado claro que não pretendia deixar a presidência antes mesmo do resultado da eleição. Para ela, enquanto a Rússia e a China seguirem apoiando a Venezuela economicamente, o atual governo terá força para se manter na liderança.

No último domingo (11), o The Wall Street Journal publicou informações sobre o andamento de uma possível negociação de anistia entre Maduro e a Casa Branca. Segundo fontes ouvidas do jornal americano, ele teria que deixar o poder antes de janeiro de 2025, quando termina o mandato. Em contrapartida, os EUA perdoariam o presidente venezuelano e seus principais aliados em acusações criminais feitas pelo Departamento de Justiça americano.

Nos primeiros meses de 2020, os EUA acusaram Maduro de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e determinaram recompensa de US$ 15 milhões (R$ 81,8 milhões) por informações que pudessem levar à prisão do presidente venezuelano. Maduro negou as acusações.

Na visão da cientista política Maria de Carli, Maduro está cumprindo o que prometeu quando fez ameaça de “banho de sangue” caso não fosse reeleito. Ela alerta que, em dez dias, houve mais prisões do que em cinco meses de manifestações, também contra o governo de Maduro, em 2017. Para a cientista política, “isso significa que ele não está nada disposto a largar o poder”.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Lula criou armadilhas para si mesmo em relação a Maduro, diz ex-embaixador https://canalmynews.com.br/opiniao/lula-criou-armadilhas-para-si-mesmo-em-relacao-a-maduro-diz-ex-embaixador/ Thu, 08 Aug 2024 22:49:06 +0000 https://localhost:8000/?p=45743 Governo não tem o apoio da Colômbia para ratificar o resultado da eleição e também não dialoga com a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado

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As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criaram uma armadilha para o próprio governo em relação à Venezuela, afirmou ao Segunda Chamada de quarta-feira (7) o diplomata Rubens Barbosa, ex-embaixador e presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice). O governo brasileiro não tem o apoio da Colômbia para ratificar o resultado da apuração das atas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e também não dialoga com a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado.

Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter dado a vitória ao presidente Nicolás Maduro, com quase 52% dos votos, Lula disse em entrevista que o processo de votação havia ocorrido normalmente, sem “nada de grave ou assustador”. Mas, diante da comoção internacional, o Brasil, em conjunto com México e Colômbia, passou a exigir que o governo venezuelano apresentasse as atas eleitorais para apuração.

A equipe de Maduro pediu, ainda na semana passada, que fosse feito um telefonema com Lula para discutir o apoio à reeleição de Maduro, mas o Brasil disse que quer uma nova reunião com México e Colômbia antes de falar com a Venezuela. De acordo com Rubens Barbosa, o governo brasileiro tomou essa atitude pela discordância existente entre os chefes de Estado.

“A posição do Brasil e do México é diferente da posição da Colômbia”, afirmou. Enquanto Lula insiste numa apuração das atas pelo CNE, a Colômbia quer uma investigação internacional. “Então, essa conversa [com o Maduro] não sai porque não há entendimento entre os três países.”

Essa falta de apoio também limita a atuação do Brasil como líder da região. “Agora ele está esperando os outros resolverem”, disse o presidente do Irice. Para ele, ao deixar de dialogar não só com Maduro, mas também com a oposição, o país cai em mais arapucas. “O diálogo do Brasil com a Venezuela não adianta porque o Brasil não quer falar [com todos os lados].”

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Venezuela investiga site da oposição que mostra atas eleitorais https://canalmynews.com.br/noticias/venezuela-investiga-site-da-oposicao-que-mostra-atas-eleitorais/ Thu, 08 Aug 2024 18:13:25 +0000 https://localhost:8000/?p=45729 Governo acusa adversários de falsificar mais de nove mil documentos para declarar a vitória de Edmundo González

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Uma investigação penal contra os responsáveis pela página da oposição na internet foi iniciada pelo Ministério Público (MP) da Venezuela, nessa quarta-feira (7). No site foram publicadas as supostas atas eleitorais que comprovariam a vitória de Edmundo González contra Nicolás Maduro na eleição presidencial do dia 28 de julho.

O chefe do MP venezuelano, Tarek William Saab, afirma que os “supostos documentos” são falsificados e pretendem usurpar ilegalmente as funções do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), “causando a difusão desta informação falsa para agitar a população”.

Os documentos publicados na página Resultados Com Venezuela têm sido usados pela oposição e países – como Estados Unidos e da União Europeia – para afirmar que o resultado divulgado pelo CNE dando a vitória de Maduro não são reais. Já o governo acusa a oposição de falsificar mais de nove mil atas publicadas na internet.

“Os responsáveis pela publicação e manutenção da dita página serão investigados pelo suposto cometimento dos delitos de Usurpação de Funções; Forjamento de Documento Público, Instigação a Desobediência das Leis; Delitos Informáticos; Associação para Delinquir e Conspiração”, afirma o comunicado do Fiscal-Geral da Venezuela.

Impasse

Como o CNE ainda não apresentou publicamente os dados da votação de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação eleitoral, como determina a legislação do país, a oposição venezuelana criou uma página na internet com as supostas atas eleitorais que estão em sua posse. As lideranças opositoras afirmam que os documentos representam mais de 80% do total das mesas.

Ne Venezuela, ao encerrar a votação, a urna imprime a ata eleitoral que é distribuída a todos os fiscais de partidos presentes no local. Os documentos servem para conferir se os dados usados pelo CNE para totalização dos votos são os mesmos que saíram da urna no dia da votação.

Apesar de não disponibilizar aos partidos os dados por mesa, o CNE entregou as supostas atas originais ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país, que abriu uma investigação para apurar o processo eleitoral do dia 28 de julho.

Convocado, o principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu ao TSJ alegando que a perícia do Tribunal usurpa as competências do CNE. Já os representantes dos partidos que deram sustentação a González compareceram, mas não entregaram as atas, alegando que elas já foram publicadas no site.

O presidente Nicolás Maduro afirmou que entregará 100% das atas em posse do seu partido nesta sexta-feira (9).

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quarta-feira (7):

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Evangélico, Maduro usa a religião para desqualificar opositores, diz professor https://canalmynews.com.br/opiniao/evangelico-maduro-usa-a-religiao-para-desqualificar-opositores-diz-professor/ Tue, 06 Aug 2024 21:36:33 +0000 https://localhost:8000/?p=45680 Presidente da Venezuela chegou a afirmar que Hugo Chávez, Simon Bolívar e Jesus Cristo, além de ele próprio, estavam unidos pelo bem do país

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Evangélico, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, usa a religião para desqualificar opositores e reforçar o ex-presidente Hugo Chávez como sua grande referência. Foi o que afirmou o professor de política internacional Paulo Velasco durante participação no Segunda Chamada de segunda-feira (5). Para ele, Maduro “beatificou” Chávez, considerado um personagem místico no país, para conquistar o apoio da população.

Na opinião de Velasco, Maduro não tem o mesmo carisma de Chávez, mas apela à imagem de Chávez para alavancar a própria popularidade. Em discurso, Maduro chegou a dizer que Hugo Chávez, Simon Bolívar e Jesus Cristo, além de ele próprio, estavam unidos pelo bem da Venezuela.

A Bíblia, livro sagrado do cristianismo, também já serviu de fundamento para justificar a demora na divulgação das atas eleitorais. Durante pronunciamento, Maduro citou um versículo para criticar os eleitores que questionavam sua reeleição. “Há aqueles que só acreditam como São Tomé, quando veem”, afirmou Maduro, fazendo referência à história bíblica em que um dos doze discípulos só acreditou na ressurreição de Jesus Cristo depois que o viu vivo com os próprios olhos.

No último domingo (4), o papa Francisco pediu uma “busca pela verdade” na Venezuela após as inúmeras denúncias de fraudes envolvendo o resultado da eleição de 28 de julho. Para Velasco, o líder religioso, nascido em Buenos Aires, está preocupado com a falta de transparência eleitoral na Venezuela e com um possível aumento da violência no país sul-americano.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Venezuela: CNE entrega atas à Justiça e Tribunal convoca candidatos https://canalmynews.com.br/noticias/venezuela-cne-entrega-atas-a-justica-e-tribunal-convoca-candidatos/ Tue, 06 Aug 2024 17:04:48 +0000 https://localhost:8000/?p=45668 A perícia foi solicitada via recurso apresentado por Nicolás Maduro e deve durar 15 dias, podendo ser prorrogada

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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), na noite desta segunda-feira (5), as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação da eleição presidencial do dia 28 de julho. O Judiciário informou que analisará os documentos no prazo de 15 dias, podendo prorrogá-lo.

O CNE também entregou a ata da totalização dos votos que deu a vitória a Maduro e os documentos que comprovariam o ataque cibernético contra as telecomunicações do país. De acordo com o CNE, um ataque hacker teria impedido o trabalho do Conselho.

O TSJ ainda convocou os candidatos e representantes dos partidos que participaram da eleição para comparecer ao Tribunal nesta quarta-feira (7), quinta-feira (8) e sexta-feira (9). Os candidatos e partidos devem prestar esclarecimentos e apresentar os documentos eleitorais em posse de cada grupo.

“Esta sala eleitoral ordena a convocação dos referidos cidadãos e alerta que o não comparecimento perante esta sala acarretará as consequências previstas no nosso atual ordenamento jurídico”, afirmou a presidente do TSJ, Caryslia Beatriz Rodríguez.

Na última semana, o principal candidato opositor, Edmundo González, não compareceu à audiência convocada pelo Tribunal alegando que a perícia usurpa as competências do CNE, transferindo as responsabilidades do Pode Eleitoral ao TSJ.

O Supremo venezuelano solicitou os documentos ao CNE após iniciar uma perícia para investigar todo o processo eleitoral. A perícia foi solicitada via recurso apresentado pelo presidente Nicolás Maduro.

Também nesta segunda-feira (5), o candidato Edmundo González e a líder da oposição María Corina Machado voltaram a pedir medidas dos policiais e militares do país contra o governo.

“Nós pedimos que impeçam a devassidão do regime contra o povo e a respeitar, e fazer respeitar, os resultados das eleições de 28 de julho”, afirmam os opositores.

A oposição diz ter publicado mais de 80% das atas na internet que comprovariam a vitória de Edmundo González. O governo acusa a oposição de falsificar mais de 9 mil atas publicadas na rede.

Como o CNE não disponibilizou as atas por mesa de votação aos partidos, candidatos e observadores eleitorais, tem prevalecido uma guerra de versões sobre o resultado do pleito eleitoral.

Enquanto os Estados Unidos reconheceram a vitória de Edmundo, Brasil, México e Colômbia pedem que o impasse seja resolvido pela via institucional e que as atas eleitorais sejam apresentadas pelas autoridades do país.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (4):

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Análise: EUA dependem do Brasil para negociar com a Venezuela https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-eua-dependem-do-brasil-para-negociar-com-a-venezuela/ Mon, 05 Aug 2024 22:00:40 +0000 https://localhost:8000/?p=45657 Para Thiago Aragão, relação histórica entre Lula e Maduro coloca o Brasil na posição de ‘patrono’ do país sul-americano na região

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O Brasil é a esperança dos Estados Unidos na mediação com a Venezuela, graças à proximidade partidária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o regime de Nicolás Maduro. Foi o que afirmou o internacionalista Thiago Aragão, CEO da Arko Internacional, durante participação no Segunda Chamada de sexta-feira (2). Para ele, a relação histórica entre Lula e Maduro coloca o Brasil na posição de “patrono da Venezuela” na América do Sul.

Na última quinta-feira (1º), os EUA reconheceram a vitória do opositor Edmundo González na eleição de 28 de julho. Segundo Aragão, esse posicionamento do país norte-americano já era esperado, e coloca uma pressão em outras nações para rejeitar a vitória eleitoral de Maduro. No dia seguinte à votação, a Casa Branca solicitou um telefonema para discutir a posição do Brasil em relação ao impasse eleitoral no país vizinho.

Desde o início do mandato, Lula tenta reintegrar Maduro à política internacional. Em outubro de 2023, o assessor para Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, acompanhou de perto a assinatura do Acordo de Barbados, em que Maduro se comprometeu a promover eleições justas em 2024. Em contra partida, os Estados Unidos retirariam as sanções impostas sobre o petróleo venezuelano.

De acordo com Aragão, a influência norte-americana sobre a Venezuela se baseia na “geração de problemas”, uma vez que os EUA conseguem apenas aplicar sanções e fazer pressão sobre o governo Maduro. Consequentemente, esperam que “o Brasil faça valer sua influência, mas que seja mais leal aos fatos do que à nostalgia”.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Brasil vai operar Embaixada do Peru na Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/brasil-vai-operar-embaixada-do-peru-na-venezuela/ Mon, 05 Aug 2024 17:36:04 +0000 https://localhost:8000/?p=45635 Após Nicolás Maduro ter expulsado de seu país o corpo diplomático de sete nações, governo brasileiro passou a ficar responsável pelo órgão representativo da Argentina em Caracas

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Os governos do Brasil e da Venezuela firmaram um acordo para que os diplomatas brasileiros fiquem responsáveis por operar as embaixadas do Peru e da Argentina em Caracas. A decisão ocorre após a diplomacia desses países terem sido expulsas da Venezuela por desconhecerem a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho.

Em notas publicadas pelo Itamaraty e pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela nesta segunda-feira (5), foi informado que “a custódia dos locais das Missões Diplomáticas da República Argentina e da República do Peru, incluindo seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses e de seus nacionais em território venezuelano, sejam representadas, a partir de 5 de agosto de 2024, pela Embaixada da República Federativa do Brasil em Caracas”.

Na última semana, foi informado que o Brasil ficaria com a administração da embaixada da Argentina, o que levou o presidente Javier Milei a agradecer publicamente o apoio do Brasil. Agora, a novidade é que o Brasil vai ficar também com a Embaixada do Peru.

Em nota, o governo peruano também agradeceu nesta segunda-feira (5) ao governo brasileiro “por este apoio inestimável, que reflete o excelente estado de nossas relações bilaterais, que se baseiam em laços históricos e sólidos de amizade, cooperação e integração”.

Os chefes de estado da Argentina e Peru, além de não reconheceram a vitória de Maduro, afirmaram que o vencedor foi o opositor Edmundo González, ainda que não tenha sido feita a auditoria dos resultados. Milei chegou a pedir que as Forças Armadas da Venezuela deponham Maduro à força.

O governo de Nicolás Maduro tem expulsado representações diplomáticas que estão contestando o resultado da eleição presidencial, o que incluiu também Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de sexta-feira (2):

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Justiça da Venezuela chama partidos para periciar resultado de eleição https://canalmynews.com.br/noticias/justica-da-venezuela-chama-partidos-para-periciar-resultado-de-eleicao/ Fri, 02 Aug 2024 18:30:39 +0000 https://localhost:8000/?p=45614 Tribunal Supremo de Justiça do país aceitou recurso apresentado por Maduro para fazer uma apuração técnica de todo o processo eleitoral

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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela convocou os dez candidatos à eleição presidencial do país para comparecer à Corte nesta sexta-feira (2), às 3h da tarde (horário de Brasília), para iniciar a apuração sobre o resultado da votação do último domingo (28).

O TSJ aceitou recurso apresentado pelo presidente Nicolas Maduro, que solicita uma perícia técnica de todo o processo eleitoral para que se apresentem as atas e documentos em mãos de todos os partidos com os dados das mais de 30 mil mesas de votação.

“Se admite, se avoca e inicia o processo de investigação e verificação para certificar de maneira irrestrita os resultados do processo eleitoral realizado em 28 de julho de 2024”, afirma, em decisão, a sala eleitoral do tribunal venezuelano, acrescentando que irá “assumir o compromisso com a paz, a democracia e em procura da ordem Constitucional da República, garantindo que a vontade das eleitoras e dos eleitores receba uma efetiva e oportuna tutela judicial”.

Como as atas com os resultados da votação em cada urna são distribuídas aos fiscais de cada partido presentes no local da votação, seria possível conferir os diferentes documentos, que contam com códigos que comprovam sua veracidade.

Oposição

A oposição tem publicado supostas atas na internet que mostram a vitória do candidato Edmundo González. Com base nesses dados, o governo dos Estados Unidos reconheceu a vitória da oposição.

Países como Brasil, México e Colômbia pedem a publicação dos dados desagregados e evitam reconhecer o resultado antes dessa auditoria que, segundo os três países latino-americanos, deve ocorrer pela via institucional.

Na madrugada da última segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgou que o presidente Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,21% dos votos e Edmundo González teria ficado com 44%. Porém, como não foram publicados os dados por mesa, a oposição, observadores internacionais e diversos países têm questionado o resultado.

De acordo com a lei eleitoral da Venezuela, o CNE tem 30 dias para publicas os resultados no Diário Oficial do país. Porém, as auditorias previstas para após a votação ainda não foram realizadas. O poder eleitoral do país argumenta que um ataque cibernético atrasou os trabalhos.

Assista abaixo o Segunda Chamada de quarta-feira (31):

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Mesmo sem auditoria, EUA reconhecem vitória da oposição na Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/mesmo-sem-auditoria-eua-reconhecem-vitoria-da-oposicao-na-venezuela/ Fri, 02 Aug 2024 18:08:46 +0000 https://localhost:8000/?p=45609 Governo norte-americano considera que o diplomata Edmundo González venceu a eleição do último domingo (28), não o presidente Nicolás Maduro

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Os Estados Unidos (EUA) reconhecem a vitória do opositor Edmundo González na eleição da Venezuela mesmo sem que tenham sido feito as auditorias dos resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. Em resposta, Nicolás Maduro diz que EUA “devem manter o nariz fora da Venezuela”.

O Departamento de Estado dos EUA usou como base os documentos divulgados pela oposição. A campanha de Edmundo González publicou na internet as atas eleitorais das mesas de votação que eles tiveram acesso e que representariam cerca de 80% do total das urnas. De acordo com esses documentos, González venceu Maduro.

“Os dados eleitorais demonstram de forma esmagadora a vontade do povo venezuelano: o candidato da oposição democrática Edmundo González obteve o maior número de votos nas eleições de domingo. Os venezuelanos votaram e os seus votos devem contar”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinker, nesta quinta-feira (1).

Até então, a Casa Branca não havia defendido a vitória de Edmundo e apenas pedia a publicação dos dados detalhados de cada uma das 30 mil mesas de votação do país, o que ainda não foi feito pelo CNE.

“A rápida declaração do CNE de Nicolás Maduro como o vencedor da eleição presidencial não foi acompanhada de nenhuma evidência. O CNE ainda não publicou dados desagregados ou qualquer uma das atas de apuração de votos”, afirmou a nota divulgada pelo órgão estadunidense.

Como o CNE não publicou as atas, o Departamento de Estado dos EUA diz que “a oposição democrática publicou mais de 80% das atas de apuração recebidas diretamente das seções eleitorais em toda a Venezuela. Essas atas indicam que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos nessa eleição por uma margem insuperável”.

O governo do país norte-americano diz ainda que fez “amplas consultas a parceiros e aliados em todo o mundo” e que nenhum deles concluiu que Maduro tenha recebido a maioria dos votos.

Em resposta ao posicionamento de Washington, o presidente venezuelano afirmou que “os Estados Unidos devem manter o nariz fora da Venezuela, porque o povo soberano é quem governa na Venezuela, quem dá o tom, quem decide”, segundo a Telesur, veículo estatal do país.

Recurso

O presidente Nicolás Maduro apresentou na quarta-feira (31) um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pedindo perícia das atas, dizendo estar disposto a apresentar 100% das atas que estão em mãos do PSUV (partido do governo). O STJ convocou todos os dez candidatos para as 3h da tarde (horário de Brasília) desta sexta-feira (2) à comparecem ao Tribunal para iniciar a investigação sobre os resultados do pleito.

Como as atas com os resultados da votação em cada urna são distribuídas aos fiscais de cada partido presentes no local da votação, seria possível conferir os diferentes documentos, que contam com códigos que comprovariam sua veracidade.

A posição dos EUA diverge da do Brasil, Colômbia e México que nesta quinta-feira (1) emitiram nota conjunta pedindo que as autoridades venezuelanas apresentem os dados desagregados da eleição, sem afirmar que nenhum dos candidatos tenha ganho a votação do último domingo (28).

Na madrugada de segunda-feira (29), o CNE divulgou que Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,21% dos votos e Edmundo González teria ficado com 44%. Porém, como não foram publicados os dados por mesa, a oposição, observadores internacionais e diversos países tem questionado o resultado.

Assista abaixo o Segunda Chamada de quarta-feira (31):

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Maduro teve tempo para manipular o resultado das eleições, diz jornalista https://canalmynews.com.br/opiniao/maduro-teve-tempo-para-manipular-o-resultado-das-eleicoes-diz-jornalista/ Thu, 01 Aug 2024 19:59:05 +0000 https://localhost:8000/?p=45568 Veredito, que deveria ter sido divulgado às 22h de domingo (28), foi liberado apenas às 2h da manhã do dia seguinte, sob o pretexto de uma suposta invasão hacker

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Nicolás Maduro teve tempo suficiente para fazer “qualquer tipo de mágica” com o resultado final da eleição na Venezuela, no domingo (28), afirmou o jornalista Marcelo Madureira durante participação no Segunda Chamada de quarta-feira (31). Na madrugada de segunda (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição do presidente antes da divulgação das atas, alegando que os documentos seriam entregues em 72 horas após o pleito, o que não ocorreu.

Até às 16h30 desta quarta-feira, o CNE não havia divulgado as atas que, supostamente, consagram Maduro presidente reeleito da Venezuela por um mandato de mais seis anos. O resultado da eleição, previsto para ser divulgado às 22h de domingo, foi publicado só quatro horas depois, na madrugada de segunda-feira (29). O governo atribuiu os atrasos a supostos ataques hackers contra o sistema eleitoral.

Para Madureira, diante desses atrasos e das manipulações políticas, qualquer documento ou dado que o regime de Maduro apresentar será motivo de dúvida e desconfiança. “Eu confesso minha completa descrença sobre a lisura do processo eleitoral do último domingo”, disse o jornalista.

Em meio a questionamentos de opositores e da comunidade internacional, Maduro declarou, nesta quarta-feira (31), que está disposto a apresentar “100% das atas eleitorais”. Ele apresentou um recurso para que a Justiça realize uma perícia nos documentos em posse de todos os partidos.

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*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Venezuela rompe com diplomacia ao expulsar países, diz ex-embaixador brasileiro https://canalmynews.com.br/internacional/venezuela-expulsa-embaixadores-eleicoes/ Wed, 31 Jul 2024 22:13:09 +0000 https://localhost:8000/?p=45496 Para Roberto Abdenur, ex-diplomata do Brasil nos Estados Unidos, China e Alemanha, decisão venezuelana é inédita na política internacional

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A Venezuela rompe com a diplomacia ao expulsar, simultaneamente, sete embaixadores de países amigos após contestações do resultado da eleição de domingo (28), que consagrou reeleito o presidente Nicolás Maduro. Foi o que afirmou o diplomata Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, China e Alemanha ao Segunda Chamada de terça-feira (30). Segundo ele, é comum países em conflito expulsarem ou chamarem os embaixadores ao país de origem como forma de expressar descontentamento, mas a decisão venezuelana é inédita na política internacional.

Na segunda-feira (29), o governo venezuelano expulsou do país todo o corpo diplomático de sete nações: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Os sete países latino-americanos consideraram “indispensável” que existam “garantias de que os resultados eleitorais respeitarão plenamente a vontade popular expressada pelo povo venezuelano nas urnas”.

Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil Pinto, disse que a Venezuela rejeita as reações de “um grupo de governos de direita, subordinados a Washington” e comprometidos com “ideologias sórdidas do fascismo internacional. Nas redes, agradeceu o apoio do Partido dos Trabalhadores pelo “reconhecimento do trabalho do poder eleitoral e dos resultados que demonstram a soberania do povo venezuelano”.

Em resposta à conduta da Venezuela, o Peru ordenou que o corpo diplomático venezuelano também abandonasse o país em um prazo máximo de 72 horas, diante das “graves e arbitrárias decisões tomadas pelo regime venezuelano”. Na contramão, a Argentina, afirmou não ter rompido relações com a Venezuela. “Se eles fizeram isso, ainda não nos transmitiram”, declarou a chefe da diplomacia argentina, Diana Mondino, ao canal LN+. O Uruguai informou que decidirá “nas próximas horas” o que acontecerá com a embaixadora Silvana Montes de Oca e com o corpo diplomático que está em Caracas.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (30):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Lula trata eleição na Venezuela como se fosse democrática, diz Sylvia Colombo https://canalmynews.com.br/internacional/lula-trata-eleicao-na-venezuela-como-se-fosse-democratica-diz-sylvia-colombo/ Wed, 31 Jul 2024 21:43:04 +0000 https://localhost:8000/?p=45489 Para jornalista, país está entrando em uma nova fase de autoritarismo com a cumplicidade da comunidade internacional

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aborda a eleição na Venezuela como se falasse de um pleito normal em qualquer país democrático. Foi o que afirmou a jornalista Sylvia Colombo durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (30). Para ela, se Lula quiser debater sobre a legalidade do resultado, deve tomar um lado — caso contrário, é melhor que permaneça em silêncio.

Em entrevista à TV Centro América, Lula disse não haver “nada de anormal” no resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou a vitória de Maduro com mais de 50% dos votos, com 80% das urnas apuradas. Ele sugeriu que o presidente e o opositor Emundo González entrassem na Justiça para estabelecer um veredito. “Então tem um processo. […] Um concorda, o outro não, entra na Justiça e a Justiça faz [o julgamento]”, disse o presidente.

Para Sylvia, a ditadura na Venezuela não pode continuar sendo tratada como uma simples questão judicial, pois o regime de Maduro está entrando em uma nova fase: a “nicaraguização”. O governo venezuelano estaria cortando laços com a diplomacia, ao mesmo tempo em que, internamente, reprime os confrontos, a oposição e a imprensa. “E o mundo meio que aceita isso”, criticou a jornalista.

O resultado da eleição de domingo foi endossado por alguns países e questionado por outros. Bolívia, China, Cuba, Honduras, Rússia e Nicarágua parabenizaram Maduro pela reeleição. Na contramão, nove países da América Latina pediram uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA), e exigiram uma revisão completa dos votos. Brasil, México e Colômbia solicitaram acesso às atas eleitorais para emitir um parecer.

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*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Sobe para 16 o número de mortos em meio a protestos na Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/sobe-para-16-o-numero-de-mortos-em-meio-a-protestos-na-venezuela/ Wed, 31 Jul 2024 21:12:11 +0000 https://localhost:8000/?p=45484 Segundo a opositora María Corina Machado, foram registradas mais de 177 prisões e 11 desaparecimentos nas últimas 48 horas

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A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, informou que a repressão do governo resultou em 16 mortes, em meio a protestos pela falta de transparência da eleição de domingo (28), que consagrou reeleito o presidente Nicolás Maduro. Segundo ela, foram registradas mais de 177 prisões e 11 desaparecimentos nas últimas 48 horas.

Durante pronunciamento, publicado nas redes sociais, María Corina afirmou que, depois da “retumbante” e “inapelável” vitória de Edmundo González, a resposta de Maduro foi “assassinar”, “sequestrar” e “perseguir” cidadãos e opositores. A líder da oposição também se solidarizou com as famílias das vítimas e agradeceu a todos que foram às ruas para protestar.

“Aos familiares dos assassinados, aos presos, aos perseguidos, aos feridos por defenderem a vitória eleitoral de 28 de julho, envio-lhe a minha palavra de solidariedade e a minha convicção de que vamos consolidar a vitória que obtivemos”, disse María Corina.

De acordo com o Ministério Público (MP) da Venezuela, os manifestantes vandalizaram sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), estátuas, sedes do PSUV, partido de Nicolás Maduro, e outras instituições públicas. O chefe do MP, Tarek Saab, declarou que os detidos nos ataques devem responder por “instigação ao ódio”, “resistência à autoridade” e, em casos mais graves, “terrorismo”.

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*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Maduro acusa Musk por ataque ao Conselho Nacional Eleitoral https://canalmynews.com.br/noticias/maduro-acusa-musk-por-ataque-ao-conselho-nacional-eleitoral/ Wed, 31 Jul 2024 16:57:32 +0000 https://localhost:8000/?p=45469 Presidente da Venezuela criou comissão para avaliar segurança do país

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O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que o país vai criar uma comissão especial com ajuda de assessorias russa e chinesa para avaliar o sistema de cibersegurança do país. As autoridades venezuelanas afirmam que um ataque hacker desestabilizou o sistema de comunicação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no dia da eleição, atrasando o trabalho do órgão.

Ainda segundo o mandatário venezuelano, por trás desse ataque ao CNE estaria o multibilionário Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, e de diversas indústrias, desde carros elétricos até satélites.

“Foi proposta e decidida a criação de uma comissão especial para avaliar, com assessoria russa e chinesa, o sistema de segurança do país que está a ser atacado, e especialmente o ataque que causou graves danos ao sistema de comunicação da CNE. O Poder Eleitoral informará o país, mas já foi solicitado a assessoria, pois tenho certeza de que os ataques foram dirigidos pelo poder de Elon Musk”, disse Maduro.

Nos últimos dias, Elon Musk tem atacado Maduro e as eleições venezuelanas nas redes sociais. Em abril deste ano, o multibilionário atacou a justiça brasileira por tomar decisões contra supostos grupos organizados nas redes sociais envolvidos no 8 de janeiro de 2023 no Brasil, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Poderes, em Brasília, questionando o resultado eleitoral de 2022.

CNE

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela tem sido pressionado nos últimos dias para divulgar as atas eleitorais que permitem a auditoria dos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu 51,21% dos votos à Maduro contra 44% à Edmundo González.

Como as atas não foram publicadas, parte da oposição tem alegado uma suposta fraude e convocado manifestações.

Atos violentos e protestos ocorreram em várias partes do país e já se calculam mortos, dezenas de feridos e centenas de presos. O governo Maduro acusa que há uma tentativa de golpe de Estado e forças opositoras pedem que os militares tomem hajam contra o governo.

“Por detrás desse plano que denunciei está o império dos Estados Unidos, do tráfico de drogas colombiano, de Elon Musk e da direita extremista fascista do mundo. Eles vieram contra a Venezuela porque acreditaram que poderiam tomá-la. Baseado em todas as campanhas da rede sociais para desestabilizar uma sociedade”, disse Maduro em uma reunião com o Conselho de ministros de Estado.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (30):

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Brasil não é o único país a esperar atas para emitir um parecer sobre a Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/venezuela-diplomatas-dizem-que-brasil-nao-e-o-unico-pais-a-esperar-atas-para-emitir-um-parecer/ Tue, 30 Jul 2024 19:34:25 +0000 https://localhost:8000/?p=45440 México e Colômbia também solicitaram acesso aos documentos antes de se pronunciar sobre o pleito, realizado no último domingo (28)

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Diplomatas do Itamaraty afirmaram que o Brasil não está isolado em sua decisão de esperar a divulgação das atas de votação da eleição na Venezuela, realizada no último domingo (28), para emitir um parecer. México e Colômbia também solicitaram acesso aos documentos antes de se pronunciar. Os três países estão em contato, mas não há previsão de divulgação de uma nota conjunta.

Para os diplomatas, a demora do Brasil em emitir um parecer sobre o resultado da eleição, marcada por acusações de fraude, não prejudica a imagem do país como líder da América Latina. Para eles, o país estaria “em boa companhia”. A opinião da jornalista Amanda Klein, que participou do Segunda Chamada de segunda-feira (29), é de que os países escolheram se esquivar. “Não reconheceram o resultado do pleito, mas também não condenaram.”

Na visão da jornalista, a situação na Venezuela provocou uma rixa no Mercosul. Ao mesmo tempo em que há países “em cima do muro”, outros, como a Bolívia, reconheceram a vitória eleitoral de Maduro. Outros, ainda, a exemplo da Argentina, Paraguai e Uruguai, questionaram o resultado e colocaram em xeque a transparência da eleição.

Nove países da América Latina, além do Mercosul, pediram uma reunião de emergência com a Organização dos Estados Americanos (OEA), que, segundo Amada Klein, foi marcada para esta quarta-feira (31). Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai exigiram uma “revisão completa dos resultados com presença de observadores independentes”.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (29):

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Cresce pressão para CNE divulgar atas da eleição da Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/cresce-pressao-para-cne-divulgar-atas-da-eleicao-da-venezuela/ Tue, 30 Jul 2024 16:46:46 +0000 https://localhost:8000/?p=45425 Candidatos da oposição e organismos internacionais cobram clareza

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Organismos internacionais, candidatos de oposição e protestos realizados na Venezuela aumentam a pressão sobre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país divulgar as atas de eleição que mostram os resultados por mesa de votação.

Questionado pela Agência Brasil sobre quando e como os dados seriam disponibilizados, a assessoria de imprensa do CNE informou que “o Poder Eleitoral está atuando”.

Os candidatos opositores que disputaram a presidência da Venezuela Enrique Márquez, Javier Bertucci e Antonio Ecarri se juntaram a Edmundo González para pedir que se publique os documentos. Enrique já denunciou supostas irregularidades no processo eleitoral.

O Centro Carter, observador internacional que avalia a eleição venezuelana, divulgou nota pedindo a publicação das atas de votação. “A informação das atas transmitidas ao CNE é indispensável para nossa avaliação e fundamental para o povo venezuelano”, disse.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), por sua vez, divulgou um informe nesta terça-feira (30) afirmando não ser possível reconhecer o resultado emitido pelo CNE.

“Não se explica por que o CNE demora em subir as atas ou, de alguma outra forma, colocá-las à disposição das forças políticas e dos meios de comunicação”, cobra, acrescentando que “a opacidade e o silêncio da autoridade eleitoral geram dúvidas legítimas sobre os resultados”.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também pediu “total transparência e incentiva a publicação em tempo útil dos resultados e da lista dos locais de voto”, segundo informou a porta-voz da ONU.

Nesta segunda-feira (29), o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, informou que o CNE iria divulgar as atas “nas próximas horas”, porém os dados ainda não foram publicados e a página da instituição eleitoral na internet segue fora do sistema.

Saab e o CNE justificam que um suposto ataque hacker contra o sistema foi o responsável por atrasar os trabalhos do órgão eleitoral.

O governo brasileiro, apesar de saudar a eleição venezuelana por ter sido pacífica, aguarda a divulgação das atas eleitorais, que considera “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

Alguns protestos violentos contra o resultado da eleição foram registrados no país.

O presidente reeleito Nicolás Maduro, em pronunciamento em canal estatal, criticou os atos, e disse que se trata de outra tentativa de golpe de Estado.

Ainda segundo Maduro, parte dos responsáveis pelos atos foram presos.

“Por debaixo desse plano estão os gringos. Sempre estão”, afirmou o mandatário, acrescentando que convocará o Conselho de Estado e o Conselho de Defesa da Nação e denuncia que “a ultradireita mundial montou um golpe de Estado contra a Venezuela”.

Denúncias

O candidato oposicionista Enrique Márquez disse que parte das testemunhas do seu partido não puderam entrar nas mesas de votação e que algumas atas eleitorais não foram entregues às testemunhas. Além disso, disse que a testemunha ligada a ele, que estava na sala de totalização do CNE, não presenciou a emissão do boletim que declarou Maduro reeleito.

“A informação que nos dá é que na sala de totalização não se imprimiu o boletim número 1”, disse, argumentando que o documento deve ser emitido na frente das testemunhas da oposição. “Não sei de onde sacou o senhor Amoroso esse papel”, disse. Elvis Amoroso é o presidente do CNE.

Márquez informou ainda que a auditoria sobre o sistema de telecomunicações do CNE, prevista para esta segunda-feira, foi suspensa sem explicações.

A opositora Maria Corina Machado, que indicou o candidato Edmundo González para concorrer em seu lugar, disse que eles tiveram acesso a 73% das atas emitidas pelas mesas de votação e que elas indicam a vitória do opositor. A oposição ainda lançou um site para publicar as supostas atas que adquiriram nas mesas de votação.

Seguranças nas urnas

Os votos computados nas urnas eletrônicas da Venezuela devem ser enviados por sistema próprio – sem conexão com a internet – para uma central que totaliza todos os votos. Ao mesmo tempo, é impressa uma ata no local da votação e distribuída cópias para todos os fiscais.

Posteriormente, é feita uma verificação, por amostragem, para saber se os votos enviados pela urna eletrônica são os mesmos entregues aos fiscais. Há ainda a possibilidade de auditar as urnas com os votos impressos. Isso porque na Venezuela, além do voto eletrônico, há o voto em papel.

Porém, o CNE ainda não divulgou as atas que justificaram o resultado anunciado, que deu vitória a Maduro com 51,21% dos votos, contra 44% para Edmundo González e 4,6% para os outros oito candidatos.

O diretor do Votoscopio, Eugenio Martínez, que lidera organização especializada em monitoramento de eleições na Venezuela, explicou que como não foi publicado o resultado discriminado por mesa de votação, não é possível auditar o resultado.

“A audibilidade do sistema deveria garantir que você possa entrar, neste momento, na página web do CNE, buscar o centro de votação e a mesa eleitoral e ver qual foi o resultado que o CNE publicou”, explicou.

A situação atual diverge de eleições anteriores. O Centro Carter, que monitora eleições da Venezuela desde 1998, chegou a afirmar, em 2012, que o sistema era “o melhor do mundo” por permitir 16 auditorias.

Nas eleições municipais e estaduais de 2021, apesar das críticas a um “padrão de repressão política”, de “direitos severamente restringidos à participação política” e ao cerceamento à “liberdade de expressão”, o instituto não questionou a segurança do voto em si.

“O sistema eleitoral da Venezuela é totalmente automatizado e o CNE [Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela] audita todas as fases do processo”, garantiu o comunicado do Centro Carter, em 2021, acrescentando que “uma série de auditorias foram realizadas durante e após o processo eleitoral, na presença de especialistas, representantes de partidos e observadores. Todos os auditores concordaram que o sistema de votação eletrônica é seguro”.

Assista abaixo o Segunda Chamada de segunda-feira (29) sobre os desdobramentos na Venezuela:

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Maduro é proclamado presidente da Venezuela antes da divulgação das atas https://canalmynews.com.br/noticias/maduro-e-proclamado-presidente-da-venezuela-antes-da-divulgacao-das-atas/ Mon, 29 Jul 2024 20:08:33 +0000 https://localhost:8000/?p=45412 Durante discurso, Maduro disse que 'não haverá fraqueza' contra adversários, que, segundo ele, tentavam consumar um golpe de Estado

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O presidente da Venezuela Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela na tarde desta segunda-feira (29). Na madrugada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou a reeleição de Maduro, apesar de as atas ainda não terem sido divulgadas.

Em discurso no ato de proclamação, Maduro disse que “desta vez a Constituição será respeitada” e que “não haverá fraqueza” contra adversários que estavam “tentando dar um golpe de Estado” no país. Com a reeleição, o presidente será reconduzido ao cargo para um terceiro mandato e ficará no poder até 2031.

A oposição acusa o CNE de ocultar as atas da eleição que comprovariam a vitória de Edmundo González, principal adversário de Maduro. González acusa o órgão de não ter disponibilizado todas as quase 30.000 atas que, segundo a lei venezuelana, deveriam ser produzidas nas seções eleitorais. As atas são documentos que registram o comparecimento dos eleitores às urnas, no domingo (28), e a contagem total de votos em cada centro de votação.

O CNE alegou que a demora para tornar públicos todos os documentos podem ser explicados por uma “agressão ao sistema de transmissão de dados”, mas que todas as atas seriam publicadas “nas próximas horas”. De acordo com o Conselho, Maduro teria vencido a eleição com 51,2% dos votos, contra 44,2% de González.

Leia mais:

Assista abaixo a cobertura ao vivo das eleições na Venezuela no último domingo (28):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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Maduro diz que vitória foi triunfo da independência da Venezuela https://canalmynews.com.br/noticias/maduro-diz-que-vitoria-foi-triunfo-da-independencia-da-venezuela/ Mon, 29 Jul 2024 19:48:53 +0000 https://localhost:8000/?p=45402 Oposição contesta e diz esperar ação das Forças Armadas

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O resultado da eleição venezuelana foi um triunfo da independência nacional apesar das sanções, avaliou o presidente Nicolás Maduro na madrugada desta segunda-feira (29) logo após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país anunciar sua vitória por 51,21% dos votos. Maduro também pediu respeito dos demais países ao resultado das urnas e chamou setores da oposição ao diálogo.

Por outro lado, a principal campanha opositora, liderada por Edmundo González, disse não reconhecer o resultado. A opositora Maria Corina Machado denunciou que nem todas as atas das urnas teriam sido entregues às testemunhas da oposição e disse que “o dever das Forças Armadas nacionais é fazer valer a vontade popular e é isso que nós esperamos”.

Maduro discursou para uma multidão em frente ao Palácio Miraflores, sede do governo, em Caracas. “[É o] triunfo da independência nacional, da dignidade do povo da Venezuela. Não puderam com as sanções, não puderam com as agressões, não puderam com as ameaças, não puderam agora e não poderão jamais com a dignidade do povo da Venezuela”, destacou.

O país sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial iniciado em 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O presidente reeleito pediu ainda que os países respeitem o resultado. “O poder eleitoral tem um sistema eleitoral de altíssimo nível de confiança, segurança e transparência com 16 auditorias”, afirmou, acrescentando que “quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as eleições nos Estados Unidos, nós não nos metemos nisso”.

Segundo Maduro, eles “já conhecem esse filme” da oposição que costuma acusar fraude. “[Em 2004] trataram de manchar o resultado eleitoral com gritos de fraude e saíram todos em coletivas de imprensa. Ramos Allup [líder opositor à época] disse ‘tenho provas e em 24 horas apresento as provas contundentes’. Ainda hoje estamos esperando”, ironizou.

O presidente reeleito comentou ainda o ataque hacker denunciado pelo CNE que teria atrasado a divulgação dos resultados. “Sabemos de onde fizeram [o ataque hacker], de que país ele veio. Já sabemos quem ordenou. Está nas mãos do fiscal-geral da República fazer a investigação e fazer justiça para nosso povo”, destacou, sem revelar de onde teria partido o ataque.

Maduro também fez duros ataques ao presidente Javier Milei, da Argentina, que disse não reconhecer o resultado, chegando a pedir uma ação das Forças Armadas da Venezuela contra o resultado anunciado pelo CNE. “Milei, não aguentas um round comigo, bicho covarde. Traidor da pátria”, disparou.

O presidente Nicolás Maduro, em seu primeiro discurso, fez um apelo ao diálogo aos setores da oposição para que não recorram à violência ou peçam golpe de Estado. “[Vou convocar] um grande diálogo de entendimento nacional e de novos consensos”, afirmou, destacando que deve convidar todos os setores da sociedade.

Oposição

Apesar de alguns candidatos reconhecerem o resultado do CNE, como Benjamín Rausseo, Daniel Ceballos, José Brito e Luis Eduardo Martínez, o principal candidato opositor que somou 44% dos votos, Edmundo González, não reconheceu a vitória de Maduro e a liderança Maria Corina Machado pediu ação das Forças Armadas.

“Violaram todas as normas ao ponto de ainda não terem entregue a maioria das atas”, denunciou Edmundo na madrugada desta segunda-feira, acrescentando que “nossa luta continua e não descansaremos até que a vontade do povo da Venezuela seja respeitada”.

A líder Maria Corina Machado disse que “todos sabem o que passou na Venezuela” e pediu medidas das Forças Armadas nacionais.

“Os cidadãos militares, eles estiveram alí, na primeira fila. Eles viram a gente com alegria, com esperança, organizados de forma cívica, pacífica e abrindo os braços a todo o país. Eles sabem. E o dever da Força Armada Nacional é fazer respeitar a soberania popular expressa no voto. E isso é o que esperamos nós os venezuelanos de cada um dos nossos miliares”, afirmou.

Corina Machado foi impedida de participar por uma condenação judicial, tendo indicado Edmundo González no seu lugar. A política venezuelana disse que tiveram acesso a 40% das atas eleitorais e que vão continuar lutando “para defender a verdade”.

“É impossível [que Maduro tenha vencido]. Com todas as informações que temos, e digo que temos mais de 40% das atas. Temos informações e temos as atas, e a diferença é muito grande”, disse aos jornalistas, acrescentando que “em centenas” de mesas eleitorais não foram entregues às atas aos fiscais da oposição.

Atas eleitorais

Existe a expectativa que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, é possível verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.

Lideranças de países ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aquelas que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.

Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. Porém, nos últimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denúncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no país.

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Como funciona a eleição na Venezuela? https://canalmynews.com.br/internacional/como-funciona-a-eleicao-na-venezuela/ Fri, 26 Jul 2024 21:00:49 +0000 https://localhost:8000/?p=45303 Processo eleitoral venezuelano é confiável, mas as manipulações e pressões políticas do atual governo tornam os pleitos ilegítimos

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O sistema eleitoral da Venezuela é tecnicamente parecido com o Brasil. Segundo a historiadora e jornalista Sylvia Colombo, que participou do Segunda Chamada de quinta-feira (25), ele se vale das urnas eletrônicas para eleger os representantes, seguindo todos os padrões internacionais.

Para votar, primeiro o eleitor deve fazer o reconhecimento biométrico — utilizando um documento de identificação e a impressão digital — e, em seguida, escolher e confirmar o candidato, da mesma forma como ocorre no Brasil. No entanto, diferente do sistema brasileiro, na Venezuela, o voto é impresso pela urna, para que seja conferido pelo próprio eleitor, e deve ser depositado em outra urna.

Segundo Sylvia, o processo eleitoral venezuelano é bom e confiável, mas as manipulações e pressões políticas do atual governo tornam as eleições ilegítimas. Desde o início do ano, o regime de Nicolás Maduro se movimentou para barrar candidaturas de oposicionistas e foi acusado de dificultar que possíveis eleitores no exterior se registrassem. Durante um comício no dia 17 de julho, o atual presidente falou em “banho de sangue” e “guerra civil” caso não seja reeleito.

O principal adversário de Maduro neste ano é o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia (Unidade Democrática), que assumiu a campanha após María Corina Machado ser impedida de concorrer ao cargo. Em reportagem exclusiva, o MyNews retratou o otimismo da população com a possibilidade de eleger Urrutia. “As pessoas querem mudança e vão sair para votar”, afirmou o venezuelano Jaime Salmerón em entrevista à jornalista Sylvia Colombo.

No próximo domingo (28), os eleitores venezuelanos irão às urnas para exercer o direito ao voto. Desde 2013, quando sucedeu a Hugo Chávez, Nicolás Maduro está à frente da presidência da Venezuela. Caso vença neste final de semana, ele dará início ao terceiro mandato e seguirá como chefe do Executivo até 2030.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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