Arquivos investimentos - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/investimentos/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 11 Feb 2025 13:43:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Apostas esportivas comprometem renda do brasileiro e preocupa o varejo https://canalmynews.com.br/mynews-investe/apostas-esportivas-crescem/ Mon, 24 Jun 2024 00:43:20 +0000 https://localhost:8000/?p=44111 Trata-se de mais uma pressão sobre o setor, que representava 10% do Ibovespa, e hoje está em 5% do índice

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63% dos que apostam online disseram que tiveram sua renda comprometida. 23% deixaram de comprar roupas e 19% deixaram de fazer compras em supermercados. Mas não para por aí: 14% reduziram produtos de higiene e limpeza e 11% tiveram queda em gastos com saúde e medicações. Os dados são da pesquisa Comscore que mostra que:  apostas esportivas comprometem renda do brasileiro e preocupa o varejo. Segundo a pesquisa, desde 2019 houve um aumento de 281% no tempo de consumo dos jogos online no país.

“As empresas de varejo estão vivendo muita pressão, por diversos motivos”, diz o economista Jorge Simino. Mudança no comportamento do consumidor pós pandemia; concorrência do sites chineses; questões tributárias, são as principais fontes de pressão. “A mudança de comportamento do consumidor é a variável mais difícil de entender e, por isso, as pesquisas tendem se concentrar neste tema”, diz Simino. Para se ter uma ideia do efeito sobre o valor das empresas: em 2018 as empresas do varejo eram 10% do índice IBOVESPA, hoje são 5% do índice. Assim, as apostas esportivas comprometem renda do brasileiro que já está sob forte disputa.

O Brasil movimenta US$ 1,5 bilhão em receita bruta de jogos, segundo dados da Entain, uma das maiores empresas de apostas esportivas online do Reino Unido. 

“O objetivo com o Estudo das apostas online no Brasil foi avaliar o efeito desta nova indústria no Brasil, na renda e no consumo dos brasileiros e portanto no chamado shareof pocket de um consumidor que tem uma única renda“, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, SBVC, Eduardo Terra, na conclusão do estudo.

 

 

 

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Você acha realmente que alugar imóvel é melhor do que comprar casa própria? https://canalmynews.com.br/mara-luquet/voce-acha-realmente-que-alugar-imovel-e-melhor-do-que-comprar-casa-propria/ Sun, 25 Feb 2024 19:02:20 +0000 https://localhost:8000/?p=42511 Cuidado. A conjuntura atual exige que vicê faça contas porque já não temos mais o mesmo cenário dos anos 90 quando esta era uma verdade absoluta

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Há alguns mantras de investimentos que estão sendo repetidos a exaustão nas redes que fizeram sentido no passado, mas que já não correspondem mais a conjuntura atual.  O exemplo clássico é a compra do imóvel versus o aluguel. Então, você acha realmente que alugar imóvel é melhor do que comprar casa própria? Cuidado.

Nos anos 90, a partir do Plano Real, que usou e abusou da taxa de juro estratosférica para manter a âncora cambial que dava sustentação ao principal plano de estabilização monetária do pais, esta era uma verdade absoluta. Comprar imóvel não estava valendo a pena. Era possível ganhar mais com aplicações conservadoras que pagavam juros exorbitantes. E esta verdade foi sendo repetida anos a fio e tornou-se uma verdade absoluta na internet.

Mas, as simplificações que ajudam muito na hora de viralizar nas redes, escondem detalhes que fazem muita diferença na hora de você montar sua carteira de investimentos. 

Então vamos voltar ao exemplo dos imóveis. 

Em relação aquela época temos hoje três diferenças: 

1) a taxa de juros real (acima da inflação)  é mais baixa;

2) os preço dos imóveis, também em termos reais, são mais altos 

3) o prazo máximo de financiamento saltou de 15 anos para 35 anos. 

Esses três parâmetros fazem muita diferença naquele cálculo “compra do imóvel versus aplicação financeira”, a favor do imóvel.

No segundo semestre dos anos 90 chegamos a ter uma taxa de juro básica (selic) de 4% ao mês. Poucas coisas batiam os juros, observe o gráfico abaixo com a taxa real desde o Plano Real.

Juros reais ao ano

Hoje é preciso fazer contas. Esse cenário mudou completamente. As taxas de juros em queda obrigam que você corra riscos para buscar uma rentabilidade maior para seus investimentos.

Juros em queda também provocam um impacto no mercado imobiliário. Veja o gráfico abaixo a brutal valorização dos imóveis em períodos em que a taxa de juro estava em patamares muito baixos, em especial durante o governo de Dilma Rousseff. Mesmo com a alta na taxa básica nos anos posteriores elas não chegaram aos níveis dos anos 90 e início dos anos 2000. 

E, como você pode observar no gráfico abaixo, o valor dos imóveis permanece em patamares mais altos do que o observado nos anos 90. 

Índice Fipe Zap - deflator IPCA

Índice Fipe Zap – deflator IPCA

Em suma, com imóveis mais valorizados os aluguéis tendem a subir também. Dois movimentos, pois, que jogam muita água no chopp do “alugar é melhor do que comprar”. 

Por fim, os financiamentos. Com financiamentos mais longos e taxas de juros mais baixas as prestações se acomodam mais fácil no orçamento do que muito aluguel. 

Portanto, cuidado com as simplificações. Busque informações, faça contas e veja o que lhe dá mais tranquilidade. Porque ao final das contas o melhor investimento é aquele que o deixa mais perto de suas metas e o deixa dormir tranquilo. Então me diga: você acha realmente que alugar imóvel é melhor do que comprar casa própria?

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Inteligência Artificial em Investimentos: Impactos, Desafios e Oportunidades que Você Precisa Conhecer https://canalmynews.com.br/tecnologia/inteligencia-artificial-no-mercado-financeiro/ Thu, 05 Oct 2023 20:24:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40343 Descubra como a Inteligência Artificial está revolucionando o mercado financeiro. De grandes players como Bloomberg e JPMorgan a aplicações práticas em robo-advisors e chatbots, explore os desafios e oportunidades que a IA traz para o setor financeiro.

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A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um conceito de ficção científica para se tornar uma realidade palpável que afeta múltiplos setores da economia. Tomemos como exemplo a Bloomberg, um colosso em tecnologia e finanças, que esse ano introduziu o BloombergGPT, um modelo de IA voltado para o mundo financeiro. Não se trata apenas de um mero avanço tecnológico composto por algoritmos e programação. Estamos diante de uma transformação significativa que abrange desde a interpretação de dados até as escolhas de investimento que faço.

Mas a Bloomberg não está sozinha nessa corrida tecnológica. Grandes instituições como o JPMorgan também estão alocando bilhões em IA e aprendizado de máquina. O JPMorgan, por exemplo, está engajado em mais de 300 casos de uso de IA e já desembolsou mais de $2 bilhões na construção de infraestruturas de nuvem.

O modelo GPT financeiro já se destaca em tarefas de Processamento de Linguagem Natural (NLP) no setor financeiro, superando outros modelos de tamanho similar. Isso me faz considerar seu potencial para aprimorar tarefas já existentes, como análise de sentimento e classificação de notícias, o que pode indiretamente influenciar a maneira como invisto. Embora o texto fonte da bloomberg.com não mencione especificamente a administração de riscos ou otimização de carteiras, ele destaca que o modelo vai desbloquear novas oportunidades no domínio financeiro. Isso sugere que a próxima onda de tecnologias financeiras, potencialmente impulsionada por modelos como este, poderá ser ainda mais eficiente e eficaz.

A IA não está apenas aperfeiçoando os sistemas atuais; ela está criando novas oportunidades. Visualize um mundo onde chatbots financeiros não apenas respondem a questões simples, mas também fornecem orientações de investimento personalizadas. Ou um ambiente onde robo-advisors não apenas ajustam ativos, mas também fazem prognósticos de mercado em tempo real. Estamos no limiar de uma revolução financeira alimentada pela IA, onde os serviços serão não apenas mais ágeis, mas também mais customizados e acessíveis.

Para mim, uma das maiores vantagens da tecnologia de aprendizado de máquina é a capacidade de descomplicar tarefas que antes eram complexas. Imagine poder avaliar o balanço patrimonial de uma empresa sem ter que passar dias imerso em planilhas de Excel, algo que já tive o desprazer de fazer. Ou ainda, sem a necessidade de contratar um especialista para isso. Com essa tecnologia avançada, isso não é apenas viável, mas também eficaz. Em poucos minutos, consigo obter uma visão clara da saúde financeira de uma empresa, permitindo-me tomar decisões de investimento mais fundamentadas e seguras e rapidas.

O futuro é promissor, mas vem com sua cota de desafios. Estamos falando de questões como conformidade com leis de proteção ao consumidor e a delicada tarefa de manter a confiança do cliente. Se navegarmos com cautela, essa onda tecnológica no mundo financeiro tem o potencial de beneficiar a todos, de titãs corporativos a investidores de quintal como eu. Estamos à beira de uma mudança radical financeira alimentada pela IA, que promete não só eficiência, mas também inclusão e inovação. Então, enquanto a IA redefine o que é possível, a pergunta que fica é: O nosso mercado nacional esta se preparando para mudança? Só o futuro dirá.

Allex Ferreira, um artista visionário e fotógrafo, tem sido um pioneiro na intersecção de tecnologia e arte. Desde 2011, Allex tem explorado a tecnologia blockchain, sendo um dos primeiros adeptos do Bitcoin. Recentemente, voltou sua atenção para a inteligência artificial, integrando-a em seu trabalho artístico. Allex também contribui com escritos sobre blockchain, oferecendo uma perspectiva única sobre esta tecnologia revolucionária. Seja através da lente de uma câmera ou das últimas tendências tecnológicas, Allex sempre busca novas maneiras de unir tecnologia e arte.

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Câmara aprova projeto que regulamenta criptomoedas https://canalmynews.com.br/economia/camara-aprova-projeto-que-regulamenta-criptomoedas/ Wed, 30 Nov 2022 17:05:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34751 Texto segue para sanção presidencial

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A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (29) o projeto de lei que prevê que a prestação de serviços de ativos virtuais (criptomoedas) seja regulamentada por um órgão do governo federal. O texto segue para sanção presidencial.

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Segundo o texto, serão consideradas prestadoras de serviços de ativos virtuais as pessoas jurídicas que executam serviços como troca, em nome de terceiros, de moedas virtuais por moeda nacional ou estrangeira; troca entre um ou mais ativos virtuais; transferências deles; custódia ou administração, mesmo que de instrumentos de controle; e participação em serviços financeiros e prestação de serviços relacionados à oferta por um emissor ou venda de ativos virtuais.

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Vendas do Tesouro Direto caem 20,1% em outubro https://canalmynews.com.br/economia/vendas-do-tesouro-direto-caem-201-em-outubro/ Thu, 24 Nov 2022 15:28:15 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34717 Apesar de queda, volume foi o segundo maior para o mês

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As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 2,801 bilhões em outubro, divulgou hoje (24) o Tesouro Nacional. O volume representa queda de 20,1% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 3,506 bilhões), mas está o segundo melhor nível da história para meses de outubro.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 69,3%. Os títulos vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) corresponderam a 19,1% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 11,6%.

De março de 2021 até agosto deste ano, o Banco Central (BC) elevou a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano de lá para cá. Os juros altos continuam atraindo o interesse por papeis vinculados aos juros básicos.

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Pela primeira vez, o estoque total do Tesouro Direto ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões. No fim de outubro, o volume de títulos associados ao programa somava R$ 101,23 bilhões, aumento de 1,34% em relação ao mês anterior (R$ 99,89 bilhões) e de 35,84% em relação a outubro do ano passado (R$ 74,52 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 774,1 milhões no mês passado.

Investidores
Em relação ao número de investidores, 439.537 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 21.600.786. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 52,48%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.102.313, aumento de 23,14% em 12 meses.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 83,8% do total de 489.507 operações de vendas ocorridas em outubro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,9%. O valor médio por operação foi de R$ 5.722,17.

Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram 82,1% e aquelas com prazo entre 5 e 10 anos, apenas 5,6% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 12,3% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.

Captação de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.

O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.

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Investimento de pessoa física em renda variável cresce 35% https://canalmynews.com.br/economia/investimento-de-pessoa-fisica-em-renda-variavel-cresce-35/ Mon, 21 Nov 2022 20:21:43 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34692 Pesquisa da B3 é referente ao terceiro trimestre

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Levantamento da B3, bolsa de valores de São Paulo, mostra que o número de pessoas físicas que investem em renda variável cresceu 35% no terceiro trimestre de 2022 na comparação com igual período do ano passado, passando de 3,3 milhões em 2021 para 4,6 milhões neste ano. Na comparação com o segundo bimestre, houve um aumento de 200 mil investidores.

Renda variável são ativos em que o retorno financeiro não pode ser dimensionado no momento da aplicação. Ela pode variar positivamente ou negativamente, conforme as expectativas do mercado.

O estudo mostra que houve aumento nas negociações e no valor de todas as modalidades de investimento na bolsa. O número de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões, o que reflete a alta da taxa Selic. O Tesouro Direto, por sua vez, é opção de investimento para cerca de 2,1 milhões de pessoas físicas, com alta de 25% no terceiro trimestre em relação a igual período de 2021.

Em nota, Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, disse que os números mostram que o brasileiro tem buscado diversificação de investimentos para além da poupança. Segundo ele, isso demonstra o potencial desse segmento e explica “o saldo positivo e crescimento recorrente do número de pessoas físicas nos últimos anos”.

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A B3 fez um estudo complementar para avaliar o comportamento de investidores pessoa física em outubro, mês das eleições. O levantamento mostrou que houve crescimento no número de pessoas físicas, inclusive com aumento no volume negociado e na participação em custódia dos ativos. “O volume médio negociado por dia no mercado à vista de renda variável aumentou 18%, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 9,2 bilhões”, aponta o estudo.

Os dados mostram ainda que, entre as 106 mil pessoas que começaram a investir em renda variável no mês de setembro, 31% fizeram a primeira operação com valor de até R$ 40. Outros 29% fizeram investimentos com valores entre R$ 40 e R$ 200. “Isso reforça que mais brasileiros têm descoberto que é possível começar a investir em renda variável com tíquetes de entrada menores e têm buscado experimentar novas opções”, disse a B3.

As pessoas físicas representam 16% de todo o volume negociado no mercado à vista na bolsa de valores de São Paulo.

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Saiba como funciona o Tesouro Direto https://canalmynews.com.br/economia/como-funciona-o-tesouro-direto/ Mon, 07 Nov 2022 14:25:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34561 Programa permite compra de títulos públicos por pessoas físicas

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Um investimento de baixo risco e que rende mais que a caderneta de poupança, acessível pelo celular ou pelo computador. Existente desde janeiro de 2002, o Tesouro Direto há mais de 20 anos vende títulos públicos a pessoas físicas pela internet e continua a bater recorde.

Apenas em setembro, conforme os dados mais recentes, o Tesouro Direto vendeu R$ 3,198 bilhões em títulos públicos. Atualmente, existem R$ 99,9 bilhões investidos no programa. O número de investidores atingiu 21.161.249, segundo as últimas estatísticas, com 495.350 novos participantes cadastrados apenas em setembro.

Como investir

Antes de janeiro de 2002, pessoas físicas não podiam comprar títulos da dívida pública. Elas precisavam comprar cotas de fundos de investimentos que operavam no mercado. O Tesouro Direto resolveu o problema e eliminou intermediários, ao permitir que o próprio cidadão aplique e administre os recursos.

Para aplicar no Tesouro Direto, a pessoa física precisa abrir conta numa corretora de valores ou num banco. A lista das instituições financeiras cadastradas no programa está disponível na página do Tesouro Direto na internet. Basta o correntista entrar no aplicativo ou no site da instituição financeira para fazer a aplicação.

Para transações realizadas no horário de negociação, das 9h30 às 18h dos dias úteis, os títulos públicos são compensados na conta do cliente no dia útil seguinte. Após esse horário, a compra leva até 48 horas para ser liquidada. Os prazos são os mesmos para o investidor que quiser se desfazer dos papéis e resgatar o dinheiro investido.

Taxas

Até alguns anos atrás, os bancos e as corretoras cobravam taxa de administração, mas atualmente poucas instituições cobram a taxa. Normalmente, a única taxa cobrada é a destinada à custódia dos títulos públicos pela B3, a bolsa de valores brasileira. Ela caiu de 0,25% para 0,2% ao ano do total investido, sendo cobrada em duas parcelas de 0,1%, uma no primeiro dia útil de janeiro e outra no primeiro dia útil de julho.

Além disso, em agosto de 2020, os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic, título corrigido pelos juros básicos da economia, passaram a ser isentos da taxa de custódia. Somente saldos acima desse valor aplicados no Tesouro Selic são cobrados.

Além das cobranças semestrais, a taxa de custódia incide sobre o pagamento de juros, a venda do título para terceiros ou o encerramento da posição do investidor, com a forma de cobrança definida pelo evento que ocorrer primeiro.

Perfil

Para evitar surpresas e perdas, os investidores precisam seguir algumas recomendações. Quem quiser montar uma reserva de emergência, em que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento sem prejuízo, e obter rendimentos maiores que a poupança deve investir no Tesouro Selic.

Nessa modalidade, os recursos rendem o equivalente à taxa Selic (juros básicos da economia), atualmente em 13,75% ao ano. A poupança rende 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de juro pós-fixado. Nos últimos 12 meses, a poupança rendeu 7,46%, menos da metade do Tesouro Selic.

As demais modalidades exigem cuidado em relação ao prazo de resgate e ao objetivo do investidor. Isso porque o investidor que quiser resgatar os títulos antes do prazo receberá o valor do papel no mercado financeiro, geralmente mais baixo que o valor que o aplicador receberá do Tesouro Nacional no vencimento do papel.

O ideal é que o correntista carregue os títulos até o vencimento e saiba que não poderá mexer nos papéis em caso de emergência. Caso entre no extrato e veja que o título vale menos do que quando investiu, o investidor não precisa se preocupar. Basta manter o dinheiro até o vencimento e receberá o dinheiro corrigido pela taxa acertada com o Tesouro Nacional.

Médio e longo prazo

Quem quiser guardar o dinheiro no médio prazo – de dois a cinco anos – para fazer uma viagem ou comprar um carro, pode aplicar no Tesouro prefixado, que paga taxas definidas com antecedência e que não variam. Nesse caso, o cliente precisa ficar atento que esse papel só é vantajoso quando a taxa Selic parou de subir ou está perto de começar a cair. Se comprar esse tipo de título num momento em que a Selic sobe, não perderá dinheiro em valores nominais, mas verá o investimento render menos que o Tesouro Selic.

O investidor interessado em guardar dinheiro no longo prazo – de cinco até 30 anos – pode aplicar no Tesouro IPCA, que rende o equivalente à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais juros prefixados. Esses papéis são mais adequados para quem pensa em poupar para a aposentadoria e quer proteger o dinheiro da inflação. Assim como nos títulos prefixados, o dinheiro não pode ser retirado antes do vencimento, sob o risco de o cliente receber o valor de mercado e ficar no prejuízo.

Em relação ao Tesouro IPCA, o cliente que quiser poupar deve evitar comprar papéis com cupom (rendimentos pagos a cada seis meses ao cliente). O pagamento de cupom só é válido para quem quiser viver de renda passiva e tenha muito dinheiro, pelo menos R$ 1 milhão, investido nesse tipo de papel. Caso contrário, é melhor comprar o Tesouro IPCA normal e deixar o valor que seria recebido como cupom rendendo juros compostos todo mês.

Impostos

Ao contrário da caderneta de poupança, os rendimentos do Tesouro Direto são tributados. As operações com menos de 30 dias pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que começa em 96% do rendimento no primeiro dia e cai para 0% no 30º dia.

O Tesouro Direto também paga Imposto de Renda, por meio de uma tabela regressiva. Até o segundo ano de investimento, quanto maior o tempo em que o dinheiro fica aplicado, menor o imposto. As alíquotas começam em 22,5% para aplicações de até 180 dias, caem para 20% de 181 a 360 dias e para 17,5% de 361 a 720 dias. Após esse prazo, o Imposto de Renda fica em 15%.

A tributação, tanto no IOF quanto no Imposto de Renda, ocorre apenas sobre o rendimento, não sobre o valor aplicado. Dessa forma, quem resgata antes do prazo e tem prejuízo em relação ao total investido, pagará 0% de Imposto de Renda. Mais informações podem ser obtidas no site do programa .

A maior vantagem do Tesouro Direto é o baixo risco de calote. Isso porque o garantidor do investimento não é uma instituição financeira, mas o próprio Tesouro Nacional. Além disso, o fato de ser um investimento de renda fixa elimina os riscos normalmente associados a investimentos de renda variável, como a bolsa de valores.

Edição: Graça Adjuto

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“A melhor maneira de prever o seu futuro é cria-lo” https://canalmynews.com.br/mynews-previdencia/a-melhor-maneira-de-prever-o-seu-futuro-e-cria-lo/ Fri, 22 Jul 2022 15:34:30 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31980 A frase de Peter Drucker, o pai da administração moderna, é a melhor síntese da importância do planejamento da aposentadoria

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Nos últimos anos o tema previdência, aposentadoria, passou a ser discutido com maior frequência e passou a ser assunto muito discutido e corriqueiro no dia a dia. A mídia aborda com frequência o tema, já que é uma das grandes preocupações, ou deveria ser, da população brasileira, afetada pelo acelerado processo de longevidade.

O mercado financeiro se agita, aumentam as ofertas de planos de previdência complementar, sejam através de entidades abertas, bancos e seguradoras, sejam através das entidades fechadas, fundos de pensão, entidades de classe e empresas.

Porém uma preocupação é eminente, boa parte dessa comercialização está fundamentada na lei da Oferta e da Procura, no simples ato da Venda de um Produto, sem uma avaliação prévia de Perfil, Necessidades e Objetivos, o que pode fazer o seu plano de aposentadoria se torne uma grande armadilha.

Antes de finalizar qualquer planejamento, contratar qualquer plano de previdência, precisamos entender alguns conceitos sobre Previdência Social, já que estamos tratando de uma complementação dos benefícios proporcionados por ela, conceitos sobre Previdência Complementar (Privada), PGBL, VGBL, Entidades Abertas, Fundos de Pensão, e não se prive de buscar ajuda, informações, principalmente buscar os serviços de um Consultor Independente, sem vínculo específico com uma entidade, seja ela financeira ou não, sem vínculo de exclusividade com uma seguradora, enfim, um Consultor que trabalhe para você, que busque a defesa de seus interesses.

 Vejamos:

 

Previdência Social

 

Previdência Social é uma instituição pública que tem como objetivo conceder direitos aos seus segurados. Os benefícios da Previdência Social visam substituir a renda do trabalhador contribuinte quando ele perde a capacidade de trabalho.

A Previdência Social funciona através do Regime de Repartição, ou seja, todas as contribuições realizadas para o INSS vão para um fundo comum e o pagamento dos benefícios aos aposentados é realizado utilizando-se diretamente as contribuições feitas pelos trabalhadores da ativa, os Ativos financiam os Inativos.

Como passamos uma mudança demográfica no país, com a redução drástica da Taxa de Natalidade, as famílias hoje preferem ter um número menor de filhos, quando os tem, e a expectativa de vida do brasileiro aumenta a cada dia, hoje cerca de 15% da população brasileira é já é composta por aposentados, os recursos previdenciários não são mais suficientes para pagar a massa de aposentados e, o mais grave, a dívida cresce a cada ano, tornando futuras reformas da previdência social inevitáveis.

O teto de benefício máximo pago pela previdência social hoje é de R$ 7.087,22 (Sete mil e oitenta e sete reais e vinte e dois centavos), o que representa hoje um pouco mais do que 5 salários mínimos, com forte tendência de queda do valor real ao longo dos próximos anos, por isso que, cada vez mais, as pessoas estão procurando os planos de previdência complementar, que são uma excelente solução para garantir uma aposentadoria tranquila, confortável e de acordo com o padrão de vida ao qual você está acostumado, desde que contratados corretamente.

 

Previdência complementar (Privada)

 

Antes de falarmos sobre previdência complementar (privada) é importante entendermos que o objetivo principal da mesma é a COMPLEMENTAÇÃO dos benefícios do INSS, Invalidez Permanente, Morte e Sobrevivência (aposentadoria por idade ou tempo de contribuição), e que atualmente o teto de benefício do INSS é de R$ 7.087,22.

A previdência complementar, chamada de privada, funciona no Regime de Capitalização, de forma simples: durante o período em que está poupando, você paga realize aportes, periódicos ou únicos, de acordo com sua disponibilidade, acumulando assim um saldo, que será aplicado em um fundo de investimento exclusivo, formando assim a sua reserva, reserva que poderá ser resgatada integralmente ou recebida mensalmente quando você se aposentar. Com quanto e quando receber irá depender do valor formado de reserva e essa de acordo com sua disponibilidade e tempo de investimento, é você quem decide.

Na realidade, os planos de previdência atuam como um investimento de longo prazo, quanto maior o volume investido, maior será a renda mensal.

 

PGBL

O PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – é um produto de Previdência Complementar que visa à acumulação de recursos e a transformação destes em uma renda futura.

Seu funcionamento é bem simples: periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.

Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma única parcela ou então em quantias mensais.

É mais vantajoso para quem faz a declaração do imposto de renda através do formulário completo, já que é possível deduzir o valor das contribuições realizadas ao plano da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual (desde que o cliente também contribua para a Previdência Social – INSS ou regime próprio).

O PGBL é bastante flexível e permite que os recursos aplicados no plano sejam resgatados (respeitando-se o prazo de carência). Neste caso, e também no momento do recebimento da renda, haverá incidência de Imposto de Renda sobre o total resgatado, conforme legislação vigente e opção de tributação escolhida pelo cliente.

 

VGBL

O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é um seguro de vida que garante cobertura em caso de sobrevivência, funcionando, portanto, como um plano de previdência.

Periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.

Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma única parcela ou então em quantias mensais.

A grande diferença entre o PGBL e o VGBL está no tratamento fiscal conferido a cada um deles.

Enquanto no PGBL há incidência de imposto de renda sobre o total resgatado ou recebido como renda, no VGBL a tributação incide somente sobre o ganho das aplicações financeiras, ou seja, o rendimento do plano (conforme legislação vigente e opção de tributação escolhida pelo cliente).

Sendo assim, o VGBL é mais indicado para quem faz declaração simplificada, é isento de IRPF ou, mesmo que declare IRPF no modelo completo, desejar aportar mais do que os 12% da sua renda declarada, o fazendo assim no VGBL.

Além disso, é uma ótima opção para Planejamento Sucessório, diversificando parte de seus investimentos ou patrimônio, direcionando para o VGBL, já que a reserva constituída não entra em processo de inventário na ocorrência do óbito do participante.

Porém vale aqui um alerta, você não deve escolher o modelo do plano PGBL ou VGBL pelo seu modelo de declaração de imposto de renda, mas sim pelo volume de despesas dedutíveis, em grande parte das simulações com a opção pelo PGBL vale a pena você alterar o modelo de declaração para o completo e usufruir do incentivo fiscal.

A dica é, simule o seu imposto de renda utilizando todas as despesas dedutíveis mais a contribuição ao PGBL ou Fundo de Pensão, até o limite de dedução de 12% da sua renda bruta declarada.

DIFERENÇA ENTRE ENTIDADES ABERTAS E FECHADAS

Os planos de previdência complementar são oferecidos tanto por Entidades Fechadas como por Entidades Abertas. Veja abaixo a diferença entre as duas:

Entidades fechadas de previdência complementar

São Fundações ou Sociedades Civis, sem fins lucrativos, Fundos de Pensões, que administram programas previdenciários dos funcionários e seus dependentes, de uma única empresa ou de empresas pertencentes a um mesmo grupo econômico.

As empresas ou entidades que optam por ter um fundo fechado ou fundo de pensão são responsáveis por toda a administração do plano, o que inclui a presença de profissionais treinados no assunto, contabilidade apropriada, aconselhamento jurídico, entre outros. Nesse caso a empresa ou entidade é a patrocinadora do plano e, em geral as empresas também faz contribuições em nome de seus funcionários.

No caso específico das empresas os planos devem ser oferecidos a todos os colaboradores e só podem ser adquiridos por pessoas que tenham vínculo empregatício com a empresa patrocinadora.

Um outro tipo de fundo fechado é o multipatrocinado, ou seja, uma entidade fechada que agrupa diversas empresas independentes entre si, minimizando os custos operacionais, uma vez que estes são partilhados entre as empresas patrocinadoras.

As entidades fechadas estão vinculadas ao Ministério da Previdência Social e fiscalizadas pela PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

 

Entidades abertas de previdência complementar

São empresas constituídas especificamente para atuar no ramo de previdência complementar e também as seguradoras autorizadas a operar neste sistema. Os planos podem ser adquiridos por qualquer pessoa física e, no caso dos planos empresariais, estes podem ser constituídos para empresas de um mesmo grupo econômico ou independentes entre si, não havendo a necessidade de que todos os colaboradores participem.

Essas entidades estão vinculadas ao Ministério da Fazenda e são fiscalizadas pela SUSEP, órgão do governo que recebe mensalmente relatórios oficiais das entidades para apuração de todos os valores e aplicações dos participantes, verificando o cumprimento da legislação.

 

Considerações Finais

 

Com o conhecimento das informações básicas, porém necessárias, para o correto planejamento de nossa aposentadoria, reforço que devemos escolher uma consultoria que atue com foco no atendimento às nossas necessidades, de preferência sem vínculo específico com uma única entidade financeira ou seguradora, evitando assim confronto de interesses ou metas existentes.

Os Corretores de Seguros são profissionais habilitados, regulamentados e fiscalizados pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, capacitados para nos prestar um atendimento adequado, basta encontrar um profissional de confiança e iniciarmos nosso planejamento, sem esquecer que devemos nos proteger contra o Risco de Vivermos muito, assim como o Risco de Vivermos pouco, no segundo caso, devemos proteger nossos dependentes financeiros.

 

 

Rogério Araújo

TGL Consultoria

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Seguro de Vida é patrimônio? https://canalmynews.com.br/mynews-previdencia/seguro-de-vida-nao-responde-por-dividas/ Fri, 22 Jul 2022 15:05:57 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31978 Esse "investimento seguro de vida", tem liquidez imediata, não responde por dívidas, não entra em inventário e não sofre tributação de imposto de renda

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Uma apólice de Seguro de Vida é um grande investimento, se corretamente contratado torna-se sim um patrimônio. Talvez o melhor investimento que você fará na sua vida!

Quanto tempo levamos para consolidar um patrimônio? Buscamos investir, rentabilizar, mas também devemos nos preocupar com a liquidez desse patrimônio.

Com certeza são horas, dias de dedicação, estudo, trabalho, privações, para que nossos objetivos sejam alcançados.

Somos, ao longo da vida, tributados em todos os recursos gerados, muitos, dentre os quais me incluo, julgam ser uma tributação injusta, afinal recebemos pouco, ou quase nenhum retorno sobre os impostos pagos.

Mas você sabia que transmitir esse patrimônio constituído, aos nossos herdeiros, gera um novo imposto, o ITCMD, além de um, possivelmente moroso, processo de inventário, que, além do tempo, consumirá um bom percentual de tudo que conquistamos?

O ITCMD – Imposto de Transmissão Causa Morte e Doação, tem suas alíquotas elevadas em todo o mundo, e ao longo dos anos tem uma expectativa de aumento, principalmente no nosso país, que acreditem, possui um dos menores impostos do mundo quando o assunto é herança ou doação em vida.

Atualmente o ITMD no Brasil tem a alíquota máxima de 8% (oito por cento), sendo responsabilidade de cada estado definir a sua alíquota.

O Seguro de Vida é uma ferramenta inteligente para os diversos problemas, inclusive para a composição de patrimônio, alavancagem patrimonial, e para suprir, através da sua liquidez, o problema da liquidez e do custo da sucessão patrimonial, acima citados.

Ele é, além da conquista de um patrimônio e uma ferramenta para sucessão, um ótimo investimento, pois o valor pago pela apólice, na maioria dos casos, é infinitamente menor do que o valor do capital segurado.

Esse “investimento seguro de vida”, tem liquidez imediata, não responde por dívidas, não entra em inventário e não sofre tributação de imposto de renda.

Enfim, o Seguro de Vida pode ser uma excelente opção para você, já que a única certeza que temos na vida é a de que um dia, sabe-se lá quando, iremos morrer, mas lembre-se existe um Seguro para cada pessoa, ele deve ser contratado de acordo com as suas necessidades e objetivos!

 

Rogerio Araujo

TGL Consultoria

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Investimento para crianças exige pouco dinheiro e algum risco https://canalmynews.com.br/mynews-previdencia/investimentos-para-criancas-tem-muitos-desafios-por-causa-do-longuissimo-prazo-mas-justamente-por-isso-tambem-traz-muitas-oportunidades/ Tue, 28 Jun 2022 13:26:19 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30881 Investir para os filhos não é uma tarefa simples porque a perspectiva de longuíssimo prazo traz muitos desafios, mas justamente por isso também muitas oportunidades de investimento

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Os pais querem sempre saber qual o melhor investimento para os filhos. Por terem o tempo a seu favor, as crianças podem ter carteiras com uma dosagem maior de risco e por isso mesmo é tão desafiador porque no curto prazo aplicações de maior risco tendem a ter maior oscilação. Daí a necessidade de se informar e conhecer o real risco da aplicação e suas perspectivas no longo prazo. 

No entanto, são muitos os economistas e estudiosos que dizem que o maior investimento para o seu filho é a sua participação na educação dele. No livro O Valor do Amanhã, o filósofo e economista Eduardo Giannetti descreve algumas experiências neste sentido. Quanto mais você mergulhar neste tema verá que investimento para crianças requer pouco dinheiro. Trata-se mais de atitude, de ter tempo para seus filhos e de, principalmente, não delegar essas funções.

E o que geralmente ocorre é o inverso. Os pais passam tanto tempo cuidando de malabarismos financeiros que acabam dedicando pouca atenção a seus filhos.

A Academia Americana de Pediatras costuma publicar estudos neste sentido. Aqui algumas recomendações da Academia para os adolescentes.  Uma forma de investimento para os filhos é, sem dúvida, ajudá-los a perseguir essas recomendações.

LEIA TAMBÉM: Instagram para crianças: seus filhos nas redes sociais

 

As recomendações da Academia Americana de Pediatras para crianças acima dos 13 anos de idade são:

1.Coma pelo menos uma fruta e um vegetal todos os dias e reduza a quantidade de refrigerantes que você bebe.
2.Cuide bem do seu corpo com atividades físicas e boa nutrição.
3.Escolha programas de TV e video games não violentos e passe no máximo duas horas por dia com essas atividades.
4.Participe de programas voluntários de ajuda aos menos favorecidos.
5.Retire do seu vocabulário expressões negativas sobre você mesmo, como “eu sou muito burro” ou “eu não consigo”.
6.Quando se sentir estressado ou com raiva dê uma parada e encontre formas construtivas de lidar com esse estresse, como praticar exercícios, ler ou discutir seu problema com os pais e/ou amigos.
7.Quando estiver para fazer uma escolha difícil converse primeiro com seus pais sobre suas escolhas.
8.Seja cuidadoso com as pessoas com as quais você se relaciona e sempre trate qualquer pessoa com respeito e sem violência.
9.Resista a pressões para usar drogas ou álcool.
10.Se um de seus amigos estiver usando drogas converse com um adulto para tentar arranjar uma forma de ajudá-lo.

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FED aumenta juros para combater inflação mais alta dos últimos 40 anos https://canalmynews.com.br/economia/fed-aumenta-juros-para-combater-inflacao-mais-alta-dos-ultimos-40-anos/ Thu, 17 Mar 2022 23:39:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26689 Autoridade monetária aumenta juros em 0,25 ponto percentual. Economia norte-americana está fortalecida e opera em patamares pré-pandemia.

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O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, decidiu elevar os juros nacionais em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano, finalizando a política monetária de enfrentamento à desaceleração econômica ocasionada pela pandemia.

A autoridade compreende, agora, as incertezas ocasionadas pelo conflito no Leste Europeu, fator de “pressão ascendente adicional sobre a inflação”, e se volta à necessidade de apertar o acesso ao crédito, visando o combate à alta generalizada dos preços (a mais alta dos últimos 40 anos).

O Fed projetou que, até o final do ano, a taxa básica deva se estabelecer no intervalo entre 1,75% e 2,00%, encarecendo os custos de empréstimos no país.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão. Foto: Reprodução (MyNews)

O mercado financeiro reagiu positivamente à alta, avaliando que o Comitê Monetário mantém a cautela de evitar movimentações inesperados durante o processo de retirada dos estímulos financeiros (empregados a fim de reduzir os impactos causados pela crise sanitária).

Apesar da pressão, os EUA mostraram ter confiança em sua economia domésticas, apesar da conjuntura de incertezas. Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, afirmou não ver um risco elevado do país entrará em recessão “com a previsão de aumento da taxa de juros apresentada”. “A economia norte-americana é forte o suficiente para suportar esse aperto”, complementou.

Segundo o dirigente, três fenômenos aferidos na economia ianque garantem esse parecer: mercado de trabalho sólido; nível de poupança elevado; e um Banco Central com balanço forte.

Quanto à guerra entre Rússia e Ucrânia, Powell explicou que “deve haver algum efeito disso no PIB [Produto Interno Bruto] e também na inflação, que já está muito alta nos Estados Unidos, mas nada capaz de frear nosso plano de aumentar a taxa de juros neste ano”.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. Foto: AgnosticPreachersKid (Commons)

Luciano Costa, economista-chefe da Kilima Asset, explica que o Banco Central estadunidense acertou em mexer nos juros, tendo em vista que a esfera econômica doméstica está bem-organizada: “O Fed está inserido em cenário muito claro de uma economia que já atingiu o pleno emprego – a taxa de desemprego está abaixo dos 4%. Todos os indicadores sinalizam o quão aquecido está o mercado de trabalho, os próprios salários estão subindo em um ritmo de 5% a 6% ao ano, que vão virar os aumentos de custo. […] Fica muito claro que o Fed não precisa mais estimular a economia, que já retornou a patamares pré-pandemia”.

Quanto à possibilidade de os juros norte-americanos tirarem a liquidez do mercado de ações brasileiro e elevar as taxas de câmbio, Leo Kalim, Co-fundador e CFO da plataforma de gestão de investimentos Gorila, elucida que “quando olhamos para fluxos de moedas, o diferencial de juros é um fator muito importante. Hoje em dia o Brasil está tão descolado, com um spread de juros tão importante, que essas altas que vão acontecer nos EUA não vão ser muito relevantes para que esse diferencial de juros seja muito comprimido – ainda mais quando o Fed deixa tudo muito bem-sinalizado. Assim, acredito que essa movimentação não tende a ser uma detratora muito grande para o fluxo de investimento no Brasil”.

 

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A alta dos juros nos EUA e os impactos nos mercados financeiros foi pauta do programa MyNews Investe desta quinta-feira (17):

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Taxa Selic sobe para 11,75% ao ano, maior patamar desde 2017 https://canalmynews.com.br/economia/taxa-selic-sobe-para-1175-ao-ano-maior-patamar-desde-2017/ Wed, 16 Mar 2022 23:27:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26648 BC aumenta taxa Selic, a taxa básica de juros pela 9ª vez consecutiva. Altas são tentativas de frear a inflação

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Em meio ao conflito no Leste Europeu e à disparada nos preços do petróleo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (16), por unanimidade, aumentar a taxa Selic da economia em um ponto percentual, elevando de 10,75% para 11,75% ao ano (maior patamar desde abril de 2017).

A elevação já era esperada pelo mercado financeiro, que, em partes, projetava até mesmo um aumento maior. Esse é o nono registro consecutivo de elevação na taxa Selic e representa um ano do atual ciclo de subida dos juros, uma vez que o processo teve início em março do ano passado – em agosto de 2020 aferia-se a mínima histórica da taxa (2,00%), mantida até o início de 2021.

Para a próxima reunião (daqui a 45 dias), o comitê prevê um novo reajuste de um p.p. Como a alta e a sinalização estão de acordo com as previsões, analistas mantêm as estimativas de que a taxa básica encerre 2022 em 12,75% ao ano, maior nível em quase cinco anos.

Variação da taxa Selic desde 2017, em %.

Variação da taxa Selic desde 2017, em %. Foto: Reprodução (MyNews)

O Copom justificou o acréscimo com base em fatores externos e internos:

Na esfera internacional, houve uma deterioração “substancial” com a guerra entre Rússia e Ucrânia, levando a “um aperto significativo das condições financeiras e aumento da incerteza em torno do cenário econômico mundial”.

Já no âmbito doméstico, a inflação “seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos itens associados à inflação subjacente”.

Em nota oficial, o Banco Central afirmou que “diante da volatilidade recente e do impacto sobre as projeções de inflação de sua hipótese usual para o preço do petróleo em dólar, o Comitê decidiu adotar também, neste momento, um cenário alternativo. Nesse cenário, considerado de maior probabilidade, adota-se a premissa na qual o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$100/barril e passando a aumentar dois por cento ao ano a partir de janeiro de 2023. Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023.”

Mercado de ações

Na atual conjuntura, os ativos de renda fixa são os mais beneficiados, em especial os indexados à taxa básica e ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação.

Uma opção de investimento interessante concentra-se, então, na gama de fundos DI (Fundos de Renda Fixa Referenciados DI), que têm como objetivo acompanhar a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), instrumento empregado para realizar empréstimos de curto prazo entre bancos.

Outra classe de ativos que deve apresentar bom desempenho com o aumento dos juros compreende os Certificados de Depósito Bancário (CDB) pós-fixados, que possuem rentabilidade atrelada à taxa de juros ou ao IPCA. Nessa modalidade, o investidor empresta dinheiro para determinado banco que, por sua vez, utiliza os recursos para conceder empréstimos aos seus clientes. Como recompensa, o aplicador recebe parte dos juros cobrados do tomador do crédito.

Por fim, há os títulos públicos. Essa opção possibilita investir nos papéis disponíveis para compra Tesouro Direto, principalmente os vinculados à Selic e à inflação (Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, respectivamente).

 

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No MyNews Investe desta quarta-feira, a alta da Selic e as opção de investimentos no atual cenário foram pauta do programa:

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Sanções à Rússia podem impulsionar movimentações com criptomoedas https://canalmynews.com.br/economia/sancoes-internacionais-a-russia-podem-impulsionar-movimentacoes-com-criptomoedas/ Sat, 26 Feb 2022 18:51:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24794 Para escapar dos embargos comerciais, russos podem optar por realizar transações com ativos digitais, que operam fora da jurisdição das instituições financeiras tradicionais.

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Desde que a invasão russa à Ucrânia foi efetivada, governos de todo o mundo – ao menos as principais potências econômicas, com exceção da China – se posicionaram contrários à movimentação coordenada pelo presidente Vladimir Putin. Como medida de retaliação imediata, uma série de sanções internacionais foram impostas sobre a Rússia, organizadas principalmente pelos Estados Unidos.

Na quinta-feira (24), o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu a exclusão da Rússia do Swift, sociedade que representa o sistema bancário global, utilizada por mais de 11 mil instituições financeiras para enviar ordens de pagamentos. Em seu perfil no Twitter, Kuleba afirmou que não seria diplomático quanto a essa questão, tendo em vista que “todos os que agora duvidam se a Rússia deve ser banida da SWIFT precisam entender que o sangue de homens, mulheres e crianças ucranianos inocentes também estará em suas mãos”.

Ao passo que a interdição russa ao sistema bancário vinha à tona no xadrez geopolítico, analistas do mercado financeiro passaram a questionar a necessidade da punição monetária, uma vez que a Rússia é um dos principais agentes, em escala global, do segmento de criptomoedas.

Moedas digitais como o Bitcoin se tornaram realidade no mundo globalizado que vivemos.

Moedas digitais como o Bitcoin se tornaram realidade no mundo globalizado. Foto: Reprodução (Pixabay)

As sanções provenientes dos EUA e da UE são estritamente dependentes das instituições financeiras tradicionais para que possam ser cumpridas – se uma companhia ou pessoa física, por exemplo, desejar realizar uma transação denominada em moedas tradicionais, como dólares ou euros, é responsabilidade do banco sinalizar e bloquear essas transferências. No entanto, como as moedas digitais operam fora do domínio do Swift e de bancos padrões, com transações registradas em um livro público conhecido como blockchain, as operações estão amplamente liberadas.

O Tesouro dos EUA já está bem inteirado desse impasse. Em um relatório publicado de outubro, as autoridades estadunidenses alertaram que os criptoativos “reduzem potencialmente a eficácia das sanções americanas” ao permitir que maus atores mantenham e transfiram fundos fora do sistema financeiro tradicional. “Estamos atentos ao risco de que, se não forem controlados, esses ativos digitais e sistemas de pagamentos possam prejudicar a eficácia de nossas sanções”, declarou parte do documento.

Em contrapartida, é preciso ressaltar que driblar as sanções internacionais utilizando moedas digitais é um empreendimento extremamente dificultoso. É difícil adquirir bens e produtos com criptomoedas, especialmente itens maiores, com grandes volumes. A título de exemplo: um exportador de alimentos no Mato Grosso aceitará criptomoedas que operam diariamente sob forte volatilidade ou optará pelo dólar estadunidense, considerado a moeda de reserva mundial?

Recurso de reserva

Guilherme Assis, co-founder e CEO da plataforma de gestão de investimentos Gorila, explica que a Rússia é, de fato, um player importante no segmento cripto, mas que isso não significa que a economia russa irá operar com base nesses ativos.

“A gente viu, depois da invasão, o Bitcoin caindo, as criptomoedas sofrendo, mas já tendo melhoras ao longo do dia… Podemos sim ver algum impacto, uma vez que a Rússia é um player relevante, mas tudo vai depender de como o conflito irá evoluir. Não acredito que a guerra irá derrubar o Bitcoin ou torná-lo um grande refúgio de curto prazo para o mundo; a tese toda de cripto vai seguir com um pouco mais de volatilidade do que vimos na quinta [dia da invasão]”, elucidou Assis.

A distância do comércio mais popular (afastado dos meios estritamente online) e a alta volatilidade são apenas alguns dos pontos que pesam na balança geopolítica da Rússia. Para Assis as criptomoedas não são um safe heaven, “como o ouro e os títulos do tesouro norte-americano”. “Logo depois da invasão, o ouro amanheceu subindo muito e as criptos, na contramão, caindo muito; e conforme os mercados foram se acalmando, o ouro foi voltando ao padrão. Então, não é uma corrida… Para o setor de criptos não há o denominado ‘flight to quality’. Na hora do aperto, os investidores vão para dólar e para ‘treasure’”, complementou.

Sob perspectivas de consolidação, o momento, no entanto, não deixa de ser crítico para os ativos digitais. O economista do TC Matrix Fabrício Silveira explica que muitos analistas e agentes do mercado projetam as criptos (sobretudo o Bitcoin) como um recurso de reserva: “Há uma expectativa sobre o Bitcoin de que ele seja uma reserva de valor. Mas, sobretudo pelo comportamento da cotação, as criptomoedas mostram uma volatilidade elevada… Esse momento vai ser um verdadeiro teste para provar o desempenho desse mercado. Dependendo de como esse conflito avançar – caso seja mais longo – precisaremos ficar atentos a como essas criptos vão se comportar, para justamente ver se elas vão servir como um substituto ao ouro, por exemplo”.

 

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No MyNews Investe você encontra dicas de onde investir na atual conjuntura global e informações sobre macroeconomia:

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Melhor dos dois mundos: COE mescla renda fixa e renda variável https://canalmynews.com.br/economia/melhor-dos-dois-mundos-coe-mescla-renda-fixa-e-renda-variavel/ Wed, 23 Feb 2022 22:22:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24440 Certificado de Operações Estruturadas permite que investidor acesse diferentes mercados e tipos de investimentos, aproveitando a alta da Selic e as variações da Bolsa

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O COE, Certificado de Operações Estruturadas, permite que o investidor acesse diferentes mercados e tipos de investimentos. Esse produto é conhecido, principalmente, por mesclar a renda fixa e a renda variável. Desse modo, essa aplicação se torna uma opção interessante para diversificar a carteira.

Os Certificados são uma opção bastante conhecida nos Estados Unidos. No entanto, no Brasil, a alternativa ainda passa despercebida por muitos investidores, uma vez que este produto passou a ser oferecido somente em 2016.

Tecnicamente, a principal característica do COE está  dualidade de modalidades. O Certificado de Operações Estruturadas pode ser de:

  • Valor Nominal Protegido: garantia da quantia principal investida. Essa modalidade tem maior indicação para quem não quer arriscar o capital – o investidor tem garantia de receber, pelo menos, 100% do valor principal que investiu.
  • Valor Nominal em Risco: possibilidade de perda até o limite do capital investido. Ou seja, é possível perder toda a quantia investida, mas sem ficar com o saldo negativo.


O que é, de fato, o COE?

O COE, de modo geral, tem semelhança com o CDB (o famoso Certificado de Depósito Bancário). Isso porque quando alguém compra um COE está emprestando esse dinheiro para alguma instituição financeira.

Esse produto distribui uma parte considerável do capital em operações de renda fixa, como CDB, LCA ou LCI. Já o restante é aplicado em derivativos, como ações, índices, taxas de juros, commodities e moedas — em especial o dólar. Devido a exposição às modalidades de renda fixa e variável, há a possibilidade de diversificar a carteira e controlar os riscos.

Simulação de aplicação em COE

Simulação de aplicação em COE. Foto: Reprodução (MyNews)

Simulação de investimento em COE:

Aplicação: R$100mil.

Modalidade: Valor Nominal Protegido.

Banco emissor aplica R$ 70 mil em Operação prefixada.

Com os R$30 mil compra, por exemplo, uma operação estruturada com viés de alta em um ativo.

Vencimento: Cliente receberá R$100 mil + rendimento da operação.


Luciano Diaferia, Superintendente de Produtos Global Markets & Treasury do Itaú BBA explica que “o interessante do COE é que ele permite que nós de dentro do banco, responsáveis por estruturar a aplicação, façamos essa combinação da renda fixa com os derivativos, apresentando para o investidor o que chamamos de ‘pacote único’, simplificando muito a vida do aplicador. O fato de você ter um instrumento único é o primeiro benefício; a segunda vantagem é que ele é um instrumento bastante flexível, dando para o investidor acesso a diferentes mercados. Duas palavras importantes que definem o COI são flexibilidade e acessibilidade”.

Quanto à estruturação, ela deve ser baseada na conjuntura econômica em que o investidor está inserido. No começo da disposição, existe a possibilidade de compreender os cenários de ganho e perda máxima. “Nessa condição que a gente vê aqui no Brasil, de capital protegido, o COI é uma ferramenta no qual a sua perda máxima está limitada, uma vez que você sabe qual é o seu pior cenário – o que, para alguns perfis de investidores, se torna uma opção bastante interessante, já que permite a procura por um produto que te dê uma maior rentabilidade, mas com um tipo de segurança a mais”, complementa Diaferia

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A entrevista completa você acompanha no MyNews Investe desta quarta-feira (23):

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Startups de tecnologia em saúde surpreendem o mercado https://canalmynews.com.br/economia/startups-de-tecnologia-em-saude-surpreendem-o-mercado/ Mon, 21 Feb 2022 23:33:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24159 Após a pandemia, investidores compreenderam quais são os gargalos do setor de saúde e passaram a aplicar em empresas do segmento sanitário

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É natural que, com a pandemia e o aumento dos cuidados sanitários por parte da população, o setor de saúde atraísse mais capital de investidores no mundo inteiro. No Brasil não foi diferente: as oportunidades de crescimento por aqui são ainda maiores e fizeram com que os números de startups de tecnologia em saúde (as healthtechs)  em 2021 surpreendessem o mercado.

De acordo com um levantamento realizado pela plataforma Sling Hub, que mapeia dados de startups na América Latina, no ano passado o segmento captou mais de US$ 350 milhões em investimentos, valor correspondente a um aumento de 330% em relação 2020.

Em terras brasileiras, o número de empresas nesse setor mais que dobrou, saltando de 542 no ano retrasado para 1,158 em 2021. Além disso, o total captado por rodada de investimentos também cresceu no mesmo período, indo de US$ 1,6 milhão para US$ 8,3 milhões (acréscimo de 423%).

Healthtechs unem tecnologia e saúde em prol do consumidor.

Healthtechs unem tecnologia e saúde em prol do consumidor. Foto: Reprodução (PixaBay)

As startups de tecnologia em saúde funcionam de maneira parecida às Fintechs, empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor. No caso das Healthtechs, e tratando-se de Brasil, há um plus: no país, grande parte da população (160 mil pessoas) não possui acesso à plano de saúde, o que torna este mercado bastante promissor por aqui.

O diferencial do setor encontra-se justamente nessa deficiência, uma vez que utiliza a tecnologia e cruzamento de dados para identificar, da maneira mais precisa possível, as necessidades de atendimento de saúde dos clientes, oferecendo planos e produtos com uma menor oferta de serviços e, consequentemente, mais baratos.

Essa oportunidade pode ser percebida no balanço da empresa Suprevida, healthtech que conecta pacientes de todo o Brasil a fornecedores de produtos, serviços e informações de saúde: a companhia fechou 2021 crescendo mais do que o dobro e o GMV (valor transacionado) foi 175% maior em 2021 do que o registrado em 2020. Para arrematar o crescimento, a startup recebeu de investidores um aporte de R$ 4 milhões para acelerar o negócio e passou a configurar no ranking das 10 startups que são apostas para 2022, conduzido pela plataforma de inovação Distrito.

Rodrigo Correia, CEO da Suprevida, explica que o segmento se sustenta na falta de eficácia existente no mercado da saúde, composto por uma série de vertentes, as quais, individualmente, protegem seus próprios produtos e dividendos.

“O ‘health’ vem na frente do ‘tech’, por isso estamos sempre olhando quais são as ineficiências do segmento. Na saúde você tem uma cadeia produtiva complexa, com conflitos de interesses – entre hospitais, clínicas de diagnósticos, médicos, fornecedoras de produtos, drogarias etc. –, que funciona de maneira desordenada, uma vez que, infelizmente, não é centrada no paciente. Isso geral desperdício e ineficiência em várias etapas desse fornecimento. E é justamente esse desperdício e ineficiência nos elos dessa cadeia que geram oportunidades”, pontua Correia.

Quando ao mercado, o gestor esclarece que “desde 2019, há um processo de aproximação dos investidores. Quando começamos, há três anos, ainda havia muito a questão de uma demanda de crescimento rápido, derivado das fintechs, e o investidor olhava o setor da saúde – no qual muitos aplicadores não possuem conhecimento e vivência – e viu um crescimento não tão acelerado, uma vez que a troca e a regulamentação são mais complexas… É um setor mais de camelos do que de unicórnios. No entanto, esgotaram-se as oportunidades grandes em outros setores e começaram a perceber que há imensas oportunidades da saúde; […] e a pandemia fez com que todo o mundo discutisse mais o setor, entendesse mais os gargalos. São os mesmos investidores da fintechs, que perceberam a importância de ter em suas carteiras investimentos em healthtechs”.

 

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A entrevista completa você confere no MyNews Investe desta segunda-feira (21):

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Aumento no fluxo estrangeiro mantém bolsa brasileira em alta https://canalmynews.com.br/economia/aumento-no-fluxo-estrangeiro-mantem-bolsa-brasileira-em-alta/ Fri, 18 Feb 2022 00:30:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24119 No início de 2022, aportes internacionais cravam a segunda melhor marca mensal da categoria nos últimos 10 anos. Movimentação impulsionou Ibovespa e ocasionou queda do dólar

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Em janeiro, o mercado financeiro brasileiro se surpreendeu positivamente: os investidores estrangeiros gastaram R$ 32,5 bilhões em compras de ações na nossa Bolsa, a B3, ocasionando o maior saldo mensal de capital externo dos últimos 12 meses. Tamanho fluxo impulsionou o Ibovespa a fechar o período no azul, anotando uma alta de 6,9%.

Neste ano, o superávit dos aportes internacionais feitos por investidores estrangeiros já ultrapassa a casa dos R$ 47,3 bilhões, segundo dados fornecidos pela B3. O resultado é 74% maior do que o volume acumulado de janeiro e fevereiro do ano passado, e representa a segunda melhor marca mensal da categoria nos últimos 10 anos. Além disso, o grupo completou 4 meses consecutivos de saldos positivos.

Fluxo estrangeiro mensal na B3.

Fluxo estrangeiro mensal na B3. Foto: Reprodução (MyNews)

Pode-se afirmar, então, que o fluxo estrangeiro tem sido o principal impulsionador dos ativos brasileiros em 2022, contribuindo até mesmo para um movimento expressivo de queda no dólar.

Esse movimento é explicado pelo fenômeno de alta na procura, por parte do investidor estrangeiro, por ações de “valor” (como é o caso das commodities e instituições financeiras), ao passo em que há uma desvalorização dos papéis de “crescimento” nos Estados Unidos (exemplificado pelas companhias de tecnologia), devido à iminente alteração na política taxa básica de juros estadunidense.

Frederico Padilha, economista e CPO da plataforma de gestão de investimento Gorila, explica que a conjuntura favoreceu o mercado doméstico do brasil, uma vez que, enquanto bancos centrais em todo o mundo ajustam suas taxas de juros para enfrentar uma inflação global gerada pela desorganização das cadeias de suprimentos durante a pandemia, investidores trocam ativos em suas carteiras numa tentativa de amenizar prejuízos e lucrar com oportunidades.

“Os investidores, procurando balancear a carteira para o ano, enxergaram nos países emergentes oportunidades em ativos fora do dólar, e o Brasil, com os juros subindo e o ‘Cap & Trade’ voltando, estava bem atrativo”, elucidou Padilha.

Contudo, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) já sinalizou que irá mexer na política monetária, fazendo com que os títulos prefixados do país se tornem mais lucrativos. “Caso haja um surto inflacionário muito alto, que obrigue o Federal Reserve a “agir de forma muito mais enérgica, aí certamente todos os mercados emergentes – e o Brasil é um deles – vão acabar sofrendo bastante”, complementou o economista.

 

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A entrevista completa com Frederico Padilha você assiste no MyNews Investe desta quinta-feira (17):

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Brasil é o país com maior taxa de juros reais no mundo https://canalmynews.com.br/economia/brasil-e-o-pais-com-maior-taxa-mundial-de-juros-reais/ Fri, 04 Feb 2022 00:14:13 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23534 Banco Central sinaliza que a última elevação da Selic foi a mais agressiva. No ranking de juros nominais, Brasil tem o terceiro maior índice do mundo

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Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano, o Brasil passou a ser, novamente, o país com a maior taxa de juros reais no mundo, segundo ranking compilado pela plataforma MoneYou.

Com o aumento de 1,5 ponto percentual na taxa básica, os juros reais (descontada a inflação) atingiram 6,41% ao ano. A taxa real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

Ranking dos juros reais

Ranking dos juros reais. Foto: Reprodução (MyNews)

No entanto, ao considerar os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira firmou-se na terceira posição. A classificação mundial para a categoria está atualmente composta por:

  1. Argentina – 40,00%
  2. Turquia – 14,00%
  3. Brasil – 10,50%
  4. Rússia – 8,50%
  5. México – 5,50%
  6. Chile – 5,50%
  7. Índia – 5,40%
  8. China – 4,35%
  9. África do Sul – 4,00%
  10. Colômbia – 4,00%

Redução do ritmo

Apesar do Banco Central ter consolidado a oitava alta consecutiva na Selic – aumentos considerados mais agressivos –, a instituição sinalizou uma redução no ritmo dos ajustes já na próxima reunião, que será realizada em março.

Em relatório divulgado na noite desta quarta-feira (3), o banco europeu Credit Suisse afirmou que tanto a elevação de 1,50 ponto da taxa básica quanto a indicação de aperto de menor magnitude em março vieram em linha com suas projeções. Segundo o documento, a expectativa agora é de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual em março e 0,50 ponto em maio, chegando então a 12,25% ao ano.

O nova-iorquino Goldman Sachs também publicou um relatório condizente com o atual cenário, e que, a partir do próximo mês, espera elevações mais brandas.

“[Altas mais leves] dependem da evolução da inflação e dos respectivos balanços de risco, [fatores que] podem proclamar o fim do ciclo de alta de juros. […] [A desaceleração é justificada por] um perfil de crescimento real do PIB abaixo da tendência, pano de fundo incerto da covid, efeitos defasados do aperto monetário recente e uma taxa de câmbio mais bem ancorada”, afirmou Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina da instituição norte-americana.

 

Impacto nos investimentos

O mercado acionário já havia precificado a mais recente alta na Selic, e vinha operando, desde o início do ano, sob a projeção desse cenário. O reflexo disso pode ser compreendido após o pregão desta quinta-feira (3): o Ibovespa se apoiou na boa recepção do mercado local à decisão do Banco Central e operou com certa estabilidade, apesar da queda de 0,18%.

Depois de o Copom confirmar quais serão suas próximas movimentações, a curva de juros passou por um forte ajuste de queda, principalmente na ponta mais curta, o que ajudou o principal índice da Bolsa brasileira a tentar seguir na contramão da aversão ao risco global.

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No MyNews Investe desta quinta, a economista da XP Tatiana Nogueira, a jornalista Mara Luquet, o co-founder e CFO da plataforma Gorila Leo Kalim e o jornalista Vitor Hugo Gonçalves falaram sobre a projeção de alta da Selic e os impactos do aumento da taxa básica de juros sobre o mercado de ações. Confira:

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Criptomoedas: mercado digital, riscos e oportunidades de investimentos https://canalmynews.com.br/mynews-investe/criptomoedas-mercado-digital-riscos-e-oportunidades-de-investimentos/ Fri, 21 Jan 2022 17:39:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23152 Há mais de 12 anos no mercado, as moedas digitais extrapolaram o universo online e se sustentam como uma interessante alternativa de investimento

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Talvez você não tenha se dado conta, mas já se vão mais de 12 anos desde que as criptomoedas estão por aí, encabeçadas pelo Bitcoin. Entre os que amam e os que odeiam essa alternativa de investimentos e até de compras em alguns países, as criptomoedas vêm se sustentando e passando pela prova do tempo como algo que realmente veio pra ficar.

Atualmente, há um valor de mercado nas moedas digitais próximo a US$ 2,1 trilhões, envolvendo cerca de 15 mil criptoativos. As operações com moedas digitais, particularmente os Bitcoins, aumentaram de forma exponencial nos últimos 12 meses. Nos EUA, dezenas de bilhões de dólares circulam praticamente livres pela criptoesfera, onde atua o blockchain, uma espécie de livro contábil compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de transações bem como o rastreamento de ativos em criptos.

Mas o “mundo cripto” já existia muito antes de se tornar conhecido. Com avanço tecnológico, as moedas digitais se tornaram realidade no mundo globalizado que vivemos. A ideia de não ter mais intermediários nas negociações, principalmente governamentais, como no sistema tradicional, alimentou muitos os fãs da tecnologia, porém era algo ainda restrito a pessoas que tinham, além de acesso, conhecimento sobre esse mundo. Com o passar dos anos e a popularização da internet, a distância entre aquele mundo, frequentado apenas por nerds e distante do cidadão comum, vem diminuindo.

Alexandro Piske, especialista no mercado financeiro e um dos responsáveis pelo Cryptogroup

Alexandro Piske, especialista no mercado financeiro e um dos responsáveis pelo Cryptogroup. Foto: Reprodução (Arquivo)

Colaborou muito para isso o interesse dos Estados Unidos pelas criptomoedas. A maior economia do mundo estimulou a aceitação das moedas digitais em grandes países, em vez de tentar combater. O que era visto por muitos como uma terra sem lei, é hoje aceito em todo o mundo e já faz parte e influencia a vida de bilhões de pessoas.

Até mesmo ao investidor comum, que pouco conhece esse mercado, hoje há opções de investimento em criptomoedas no Brasil, desde fundos até alternativas em instituições financeiras e grupos de investidores independentes.

Mas há riscos que precisam ser considerados pelos investidores. Entrar para esse mundo hoje exige cuidados, além de conhecer as características das moedas digitais, evitando fraudes ou perdas inesperadas. O mercado de criptomoedas é extremamente volátil, como a renda variável tradicional.

Com pouco mais de 12 anos em vigor, ainda se discute a regulamentação do ecossistema, o que dá margem a golpes. Importante sempre buscar instituições conhecidas que oferecem esses investimentos.

Por outro lado, há algumas vantagens importantes, como a oportunidade de internacionalizar a carteira de investimentos, pois o mercado de cripto ocorre em dólar. Além disso, em relação ao patrimônio acionário global, o mercado de criptos ainda tem bom potencial de crescimento.

O sistema financeiro tradicional e o mundo cripto coexistem atualmente de forma independente, mas são cada vez mais parte um do outro. A maior prova de que os nerds estavam certos (talvez não pela extinção do mundo analógico, mas sim pela disrupção tecnológica) é justamente a crescente aceitação de fundos, gestores e grandes instituições frente principalmente ao Bitcoin. Portanto, é bom o investidor estar preparado para um futuro cada vez mais dominado pelas moedas digitais.

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Quem é Alexandro Piske?

Alexandro Piske é especialista no mercado financeiro e um dos responsáveis pelo Cryptogroup, lançado pelo grupo SST, que reúne mais de 100 mil investidores independentes.

 

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2022 pode ser ainda mais desafiador para a Bolsa brasileira, diz Goldman Sachs https://canalmynews.com.br/economia/2022-pode-ser-ainda-mais-desafiador-para-a-bolsa-brasileira-diz-goldman-sachs/ Mon, 13 Dec 2021 22:31:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/2022-pode-ser-ainda-mais-desafiador-para-a-bolsa-brasileira-diz-goldman-sachs/ Ação da B3 acumula queda de quase 40% em 2021. Analistas compreendem que piora da economia doméstica prejudica negociações dos papéis

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A ação da Bolsa de Valores brasileira, a B3, entrou em dezembro com uma queda acumulada de quase 40% no ano. E se 2021 está sendo um ano turbulento para a companhia, 2022 pode ser ainda mais desafiador, conforme afirmou o grupo financeiro multinacional Goldman Sachs em um relatório enviado nesta segunda-feira (13) aos seus clientes.

Segundo os analistas que assinaram o documento, a piora da economia doméstica prejudicou – e assim continuará – os volumes de negociação da ação da B3, a B3SA3. Somado à conturbação interna, há também o fantasma das ações judiciais, que possui capacidade de impactar as projeções em até 11%.

Dessa forma, o Goldman cortou o preço-alvo da ação de R$ 18 para R$ 15,50, e o potencial de alta passou a ser de 25% – com isso, a recomendação agora é neutra. A justificativa da companhia foi que, no momento, eles compreendem “uma vantagem maior para outras empresas”.

Na última semana, a B3 realizou o ‘Dia do Investidor’. Segundo o banco europeu de investimento Credit Suisse, a entidade brasileira foi amplamente capaz de abordar com sucesso várias preocupações dos principais investidores, em especial a sustentabilidade do ADTV (volume médio diário negociado), a concorrência e a capacidade de inovação.

Os principais destaques apontados pelos suíços foram: o nível atual de negociações diárias, considerado sustentável; a potencial concorrência, vista mais uma oportunidade do que uma ameaça devido às receitas adicionais de arbitragem, serviço e dados para um potencial recém-chegado; concentração em fundos de índices (ETFs), derivativos e futuros de ativos digitais.

“Na nossa percepção, B3 acabou sendo um dos nomes que ficou mais esquecido dentro do setor, mas que devido ao valuation [avaliação de mercado] bastante descontado começamos a ver cada vez mais clientes acompanhando a história mais de perto”, afirmou o Credit Suisse à imprensa.

A recomendação da instituição financeira para a companhia gestora da Bolsa brasileira é outperform, ou desempenho acima do mercado, tendo em vista o potencial de alta atrativo e múltiplos baixos ante níveis históricos.

Recomendações

O banco de investimento brasileiro BTG Pactual divulgou no domingo (12) sua carteira semanal de ações. Em relação à primeira semana de dezembro, quando acumulou uma perda de 0,08% ante a alta de 2,56% do Ibovespa, o portfólio traz duas mudanças.

Os papéis da Light (LIGT3) e da Randon (RAPT4) cederam seus lugares para os da Aliansce Sonae (ALSO3), empresa que atua no ramo de administração de shopping centers, e Banco do Brasil (BBAS3).

No acumulado do ano, as escolhas do BTG acumulam ganhos de 5,8%, ante o tombo de 10,2% do principal índice da Bolsa.

Íntegra do programa “MyNews Investe” desta segunda-feira (13), no qual a instabilidade da B3 e as recomendações de investimentos foram abordadas.

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Ahead Ventures, nova gestora de fundos CVC https://canalmynews.com.br/mynews-investe/ahead-ventures-nova-gestora-de-fundos-cvc/ Wed, 08 Dec 2021 17:49:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ahead-ventures-nova-gestora-de-fundos-cvc/ Visando estruturar produtos e serviços personalizados, gestora define instrumentos CVC que se adequam às demandas específicas de cada organização

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Em meio ao despertar das grandes empresas para os investimentos em inovação e tecnologia, além do olhar para as startups, a Ahead Ventures nasce com o propósito de integração da estratégia e operações das corporações ao CVC, em busca da criação de ecossistemas de negócios para enfrentar o presente e o futuro.

Chegamos ao mercado pelo Banco Fator e PortCapital, com suporte da consultoria de negócios da Elogroup, com pioneirismo e track record de R$ 230 milhões e diversas parcerias estratégicas realizadas entre as corporates e as startups investidas.

A Ahead tem como diferencial estruturar produtos e serviços personalizados, conforme a necessidade da corporate investidora, criando instrumentos CVC que se adequam às demandas específicas de cada organização, podendo ser desde FIPs, SPEs até estruturas offshore, por exemplo.

Nossa atuação tem duas forças expressivas de mercado, minha expertise e atuação em inovação com a criação da EmbraerX no Vale do Silício e em Boston, e pela concepção do carro voador (EVTOL); e do João Lopes, CEO do Banco Fator, fundador da PortCapital e coordenador responsável pelo fundo no qual saiu o primeiro unicórnio brasileiro.

Nosso legado de atuação e envolvimento com a prática leva em conta o pioneirismo em CVC, proveniente da PortCapital (gestores do FIP Aerospacial e Embraer Ventures), em VC, M&A e fundos CVM pelo Banco Fator (Fundo Santa Catarina, um dos primeiros do Brasil), além da minha bagagem com a estruturação do fundo CVC Catapult Ventures no Vale do Sílico. Por fim, a parceria com a EloGroup, consultoria que combina competências de tecnologia, analytics e gestão, que promete promover ainda mais aceleração em inovação assegurando o foco estratégico.

Se por um lado o pioneirismo, o legado de atuação e o track record são essenciais para todo o diferencial da Ahead Ventures, as teses de investimento alinhadas à estratégia de crescimento e inovação da companhia se valem da mesma relevância e este já é um caminho natural do processo de inovação realizado pela consultoria EloGroup.

Estratégia

A Ahead Ventures vai trabalhar com seu principal pilar: atuação ‘one to one’, junto às empresas, do começo ao fim da jornada (desde a estruturação da tese até o desinvestimento final de cada startup). Ou seja, de acordo com a necessidade integral da empresa, trazendo flexibilidade e movimentos necessários, além das ferramentas adequadas e totalmente personalizadas às necessidades da corporação:

  • Abordagem completa, da discussão da tese à gestão do portfólio de investimentos e do CVC, com grande foco no crescimento das investidas e sua integração à corporação para geração de valor e sinergias;
  • Integração do CVC à estratégia, inovação e operações da empresa;
  • Equipe de profissionais e parceiros com experiência e resultados em CVC (Embraer, FIP Aeroespacial, Catapult Ventures etc);
  • Plataforma de formação contínua de talentos para a inovação da corporate e para as startups investidas, a partir da EloGroup e do Banco Fator.

 


Quem é Sandro Valeri?

Sandro Valeri é managing partner e sócio-fundador da Ahead Ventures. Com 18 anos de atuação na Embraer – em vários segmentos, como Corporate Venture Capital, Estratégia de Inovação, Startups, EmbraerX, UATM (Urban Air Traffic Management), Cybersecuruty, Beacon, Programa de Innova etc, é co-fundador da EmbraerX, Valeri foi o criador do carro voador (EVTOL Embraer), em parceria com o Uber, além de também ter sido responsável pela criação do Fundo Catapult Ventures no Vale do Silício.

 

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Um incentivo ao investimento de longo prazo https://canalmynews.com.br/economia/um-incentivo-ao-investimento-de-longo-prazo/ Mon, 06 Dec 2021 18:56:51 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/um-incentivo-ao-investimento-de-longo-prazo/ As variações das taxas de juros apontam cenários favoráveis para investimentos futuros

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O nível da taxa de juros teve oscilação incomum nos últimos anos. Depois de o Brasil ser apontado como “campeão mundial” dos juros por décadas, passamos a conviver com período de quedas que se estendeu por anos e agora, principalmente em função da alta da inflação, as taxas voltaram a subir, num movimento que não deve se reverter no médio prazo.

Uma das áreas mais impactadas por esse quadro é a de investimentos. Na maioria dos casos, os agentes econômicos se acostumaram historicamente a aplicar recursos em renda fixa, que garantia rentabilidade e risco reduzido, mas os ventos mudaram de direção com os juros em baixa e agora vivemos um momento de nova reversão.

Essa oscilação afeta toda a economia e é o histórico também das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs), conhecidas como fundos de pensão, que tradicionalmente aplicam parte significativa de seus recursos em títulos públicos lastreados em juros, como forma de garantir o cumprimento das metas atuariais que garanta o pagamento dos benefícios a seus participantes.

No “admirável mundo novo” dos juros baixos que prevaleceu até 2020, as EFPCs fizeram a lição de casa, buscando a diversificação de seus investimentos, que são de longo prazo. E agora estão reavaliando suas carteiras com a ascensão das taxas.

Em meio a esse “sobe-e-desce”, um dos temas que se destacaram na estratégia das EFPCs foi a revitalização dos FIPs (Fundos de Investimento em Participações). Tradicional veículo utilizado para aplicações das fundações, esses fundos propiciaram retornos atraentes ao longo do tempo, mas passaram a ser colocadas de lado por alguns em consequência de uma imagem desfavorável deixada por alguns poucos casos mal-sucedidos. No entanto, os números mostram que a manutenção de um fluxo contínuo de alocação em FIPs foi benéfico para as entidades que ignoraram a injustificada demonização desse instrumento de investimento e com isso colheram resultados positivos.

Com base nessa realidade, a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), em linha com as necessidades do sistema, incluiu a revitalização dos FIPs entre as demandas aos reguladores no sentido de que as normas que regem as aplicações das fundações sejam flexibilizadas e adaptadas à nova realidade. A entidade fez questão de lembrar, em seu pleito, que os FIPs são alternativa importante e bem-sucedida de alocação de longo prazo tanto no Brasil quanto em vários outros países.

Para que o estigma que cerca esses fundos deixe de ser um obstáculo, a Abrapp está lançando o e-book “Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIPs pelas EFPCs”, que será apresentado em webinar no próximo dia 9 de dezembro, às 15h. O objetivo da iniciativa não é incentivar o investimento em uma determinada classe da ativo, mas sim orientar e dar recomendações sobre como avaliar ou considerar esses fundos nas carteiras das fundações.

Com iniciativas como essa, esses fundos passam a figurar entre os instrumentos que fazem parte dos pleitos da Abrapp em relação a investimentos, entre os quais se incluem também o aumento de 10% para 20% do patrimônio para investimento na classe de ativos estrangeiros e a posição contrária da entidade à determinação de que os fundos de pensão se desfaçam da carteira de imóveis com propriedade direta no prazo de 12 anos.

Vale lembrar que as adaptações não representam uma necessidade apenas para as EFPCs: são também fundamentais para a economia brasileira, já que no momento os fundos de pensão são a única alternativa para a realização de investimentos de longo prazo, como os voltados à infraestrutura, por exemplo. Portanto, ajustar-se à realidade dos juros como forma de viabilizar e incentivar esses aportes significa também pensar em ações efetivas que apontem para um futuro melhor, que ajude a colocar finalmente o Brasil no caminho do verdadeiro desenvolvimento.


Quem é Luís Ricardo Martins

Luís Ricardo Martins é presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar)

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Tecnologia e cibersegurança são importantes para empresas de previdência privada https://canalmynews.com.br/tecnologia/tecnologia-ciberseguranca-importantes-previdencia-privada/ Thu, 21 Oct 2021 19:55:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tecnologia-ciberseguranca-importantes-previdencia-privada/ Conferência online visa discutir novas estratégias organizacionais alinhadas à realidade tecnológica e à cultura sustentável. Empresas de previdência privada precisam dialogar com essas ferramentas

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Um dos temas debatidos no 42º Brasileiro de Previdência Privada, organizado pela Associação Brasileira de Previdência Privada (Abrapp), a cibersegurança tem sido um gargalo das organizações e que implica em introduzir uma cultura de segurança nas empresas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a aplicação efetiva de medidas de proteção de informações em ambientes digitais vieram para colocar o tema ainda mais em destaque, ressaltando a necessidade de preservar não apenas os dados e informações sensíveis das empresas, mas também dos seus clientes e potenciais usuários.

Mediado pela jornalista Myrian Clark, o painel que debateu o tema teve a participação de André Miceli, CEO e editor-chefe do MIT Technology Review Brasil; Marcos Nêmi, especialista em segurança online; e Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, diretor-presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

Painel falou sobre cibersegurança
Cibersegurança e a necessidade de mudar a cultura empresarial para proteger os dados da empresa e dos clientes foi assunto de conferência do 42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada/Imagem: Reprodução/Internet

Um dos assuntos abordados pela mesa foi a eficiência real das aplicações de proteção digital praticadas no meio empresarial. Conforme foi debatido, muitas vezes as companhias investem grandes valores para possuir os melhores sistemas, mas às vezes um pequeno detalhe, como o compartilhamento de documentos via redes sociais, ou até mesmo o acesso remoto por parte de um colaborador, pode abrir brechas significativas para a invasão desses sistemas operacionais.

” A gestão na era de dados deve levar em consideração tecnologias, processos e pessoas. Apesar do crescimento no volume de dados, apenas 48% das pessoas com acesso às informações dizem que usam os dados na tomada de decisão. Essa é a diferença entre empresas geridas através do feeling, empresas conectadas para iniciativas pontuais e empresas ágeis que já sabem usar as ferramentas”, analisou André Miceli.

Miceli acrescentou que a cultura da segurança deve ser seguida por todos os colaboradores das empresas. “Não adianta ter uma baita estrutura de cibersegurança e procedimentos e acessar a rede da empresa do computador de casa, instalar um aplicativo, um software, mallware, achando que está fazendo o recadastramento do banco. Desconfiar de tudo é uma técnica muito eficiente”, pontuou Miceli, acrescentando que a sociedade costuma romantizar a figura do hacker como alguém que está nos porões, lidando com programação e fazendo códigos incríveis.

“Na maioria das vezes o que acontece de fato é que são enviados milhões de e-mails com um assunto que chama atenção das pessoas e as pessoas acabam caindo. Através dessa estratégia, algumas empresas são fortemente afetadas, como temos visto casos de sequestro de máquinas e pedidos de resgates multimilionários para retomar o controle do sistema da empresa. A cultura de defesa é muito importante e vai ser ainda mais. Não voltaremos para os escritórios como antes”, atestou o CEO.

A interferência política no setor tecnológico também foi uma das pautas trabalhadas pelos integrantes do debate. Ortunho Junior ressaltou a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui a proteção de dados pessoais na gama de direitos e garantias fundamentais do cidadão – o plenário da Casa aprovou por unanimidade nesta quarta (20) o projeto em questão.

Em outro painel, Pedro Waengartner e Sandro Magaldi, fundadores da plataforma de empreendedorismo ‘meuSucesso.com’, afirmaram que, pensando da prosperidade institucional, os dirigentes devem permitir que o cliente sente na cabeceira do negócio, uma vez que ele é o elemento vital para o progresso da companhia. A dupla ressaltou ainda que as empresas devem alterar suas estruturas tradicionais, remodelando-se às concepções contemporâneas do mercado, tendo como foco os novos interesses sociais dos clientes.

Waengartner resumiu o congresso dizendo que “nunca foi tão barato sonhar grande”.

Congresso da Abrapp segue debatendo previdência privada até a próxima sexta (22)

Iniciado na última terça-feira (19), o 42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, inciativa promovida pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), expõe os principais temas sobre o universo dos investimentos por intermédio da tecnologia e da informação.

Página inicial do 42º CBPP
Página inicial do 42º CBPP. Foto: Reprodução

Os idealizadores visam proporcionar, durante os quatro dias de evento, uma experiência imersiva ao usuário, que poderá navegar em um ambiente virtual cuidadosamente preparado para que a prática seja, além de rica, agradável – as interações e transmissões ao vivo da programação, realizadas em estúdios modernamente equipados, são conduzidas por especialistas, influenciadores e lideranças renomadas, entre elas as jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark, representantes do Canal MyNews na conferência.

Tendo o impulso compulsório pelo progresso social e empresarial como diretriz, o congresso demonstra a necessidade organizacional de estabelecer táticas seguras para a construção de um novo modelo de negócios setorial alinhado à nova realidade, estruturas tecnológicas, gestão empreendedora e uma cultura sustentável.

As sessões proporcionam debates sobre movimentos transformadores, capazes de compartilhar ideias, de maneira disruptiva e fluida, que irão inspirar novas posições e diferentes maneiras de se pensar o setor de investimentos.


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URCA Prime Renda: 1º fundo imobiliário da Urca Capital Partners https://canalmynews.com.br/mynews-investe/urca-prime-renda-primeiro-fundo-imobiliario-da-urca-capital-partners/ Mon, 27 Sep 2021 18:53:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/urca-prime-renda-primeiro-fundo-imobiliario-da-urca-capital-partners/ O URCA Prime Renda Fundo de Investimento Imobiliário – FII (URPR11) é o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners, voltado ao público geral, listado pela B3

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A estratégia principal do fundo é investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) para loteamento e residencial vertical, em especial empreendimentos populares, sejam eles em construção ou já prontos. A tese do fundo é de carteiras pulverizadas. Como temos contatos no Brasil todo, sabemos os caminhos para fazer boas originações. Já conhecemos como determinadas regiões se comportam. O fundo possui investimentos nas cidades de Patos, Taperoá, Sousa e Bananeiras (Paraíba), Silviânia e Anápolis (Goiás), Bauru, Ubatuba e Itapetininga (São Paulo), Extrema (Minas Gerais) Aracaju (Sergipe) e Ariquemes (Rondônia). “Seguimos olhando para outras regiões do Nordeste e Centro-Oeste, além de Minas Gerais”, afirma.

URCA Prime Renda: o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners.
URCA Prime Renda: o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners. Foto: Reprodução (Pixabay)

Com pouco mais de um ano de IPO (28/08/2020), o URPR11 já distribuiu R$ 27.11 distribuídos em dividendos por cota, obteve liquidez diária média acima de R$ 2,7 milhões e rentabilidade total (variação da cota + dividendos) de 44%. Atualmente está entre os primeiro cinco distribuidores de dividendos do IFIX.

O produto oferece uma das melhores rentabilidades no mercado e a possibilidade de liquidez no secundário. Então, entendemos que deverá ainda ser atrativo investidores buscando opção de high yield em cenários de juros cada vez mais baixos. O benchmark utilizado no URPR11 é IPCA + 7,0% ao ano.

Possui Valor de Mercado de aproximadamente R$ 400.000.000,00. A taxa de administração é de 0,25% a.a. com mínimo de R$15.000,00/mês. A taxa de performance é de 20% do que exceder IPCA + 7% a.a. Atualmente conta com mais de 33 mil cotistas.

Em que pode investir?

O URPR11 pode investir em CRIs e qualquer ativo financeiro que tenha direitos sobre unidades imobiliárias, com os seguintes limites de concentração: Até 100% do seu patrimônio líquido em CRIs lastreados em carteiras de recebíveis imobiliários de vendas de unidades residenciais, comerciais ou de loteamento. Até 40% do seu patrimônio líquido em CRIs lastreados em carteiras de recebíveis imobiliários de um mesmo cedente.

Também o fundo pode aplicar até uma parcela máxima de 30% do seu patrimônio líquido em outros ativos financeiros não imobiliários. O fundo é administrado pelo Vórtx DTVM, sendo a Urca Capital Partners a responsável por sua gestão.

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Fundo de ação com oportunidades de análise fundamentalista e alocação Long Biased https://canalmynews.com.br/mynews-investe/fundo-de-acao-analise-fundamentalista-alocacao-long-biased/ Mon, 20 Sep 2021 18:01:23 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fundo-de-acao-analise-fundamentalista-alocacao-long-biased/ Apesar do pouco tempo de atividade, fundo de ação já capitaliza uma rentabilidade superior a 7%, mesmo com as recentes quedas da bolsa

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A Invexa Capital é uma gestora de recursos focada em renda variável com 10 anos de atuação. A asset nasceu em São Paulo (SP), com foco em Wealth Management, mas devido à estratégia comercial alterou a sua sede para para Blumenau (SC), onde atraiu investidores locais de alta renda.

Um importante passo foi o ingresso do sócio Luís Fernando Zen, em 2014, que ampliou o leque de atuação da Invexa com a constituição e gestão de carteiras administradas.

Marcelo Weber, CEO da Invexa Capital.
Marcelo Weber, CEO da Invexa Capital, fala sobre fundo de ação com alocação Long Biased. Foto: Reprodução (Arquivo)

Tem hoje cerca de R$ 300 milhões sob gestão e administra dois fundos abertos ao público e disponíveis nas principais plataformas de investimentos. Um deles é o fundo de ação Invexa LB+, que busca uma gestão fundamentalista ativa, por meio de aplicações em ações de companhias com grande potencial de valorização, através da análise top-down.

O fundo foi criado em fevereiro de 2021 e desde então acumula rentabilidade superior a 7%, mesmo com as quedas recentes da bolsa de valores. A aplicação mínima é de R$ 10 mil. As principais posições são em: programas e serviços; intermediários financeiros; mineração; alimentos processados; químicos; construção e engenharia.

Ainda este ano a Invexa vai lançar dois novos fundos: um multimercado e um de BDR. Seguimos trabalhando de forma independente, tendo decisões e ações isentas de qualquer conflito de interesses, em conformidade com as leis e regulamentos. A popularização dos investimentos no Brasil tende a continuar e isso certamente vai nos ajudar a ganhar escala.

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Por que investir em um fundo de ações que evita as “crowded stocks” do mercado brasileiro? https://canalmynews.com.br/economia/por-que-investir-em-um-fundo-de-acoes-que-evita-as-crowded-stocks-do-mercado-brasileiro/ Mon, 20 Sep 2021 13:08:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-investir-em-um-fundo-de-acoes-que-evita-as-crowded-stocks-do-mercado-brasileiro/ Projetado para superar o retorno da bolsa, o fundo realiza investimentos em carteiras concentradas, selecionadas a partir de uma análise fundamentalista

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Em 2021 completarei 44 anos de vida, e no dia do meu aniversário alcançarei também 22 anos de trabalho no mercado acionário – já passei metade da minha vida trabalhando como analista e gestor de ações.

Comecei na Geração Futuro, e tive um chefe/mentor, que depois se tornou meu sócio, chamado Edmundo Valadão Cardoso.

Com ele aprendi várias coisas, mas dentre as que eu destacaria como das mais importantes foi: é mais difícil ganhar dinheiro com uma empresa que todo mundo gosta e que está no portfólio da maioria dos gestores.

A questão aqui é simples: as ações mais desejadas, as “queridinhas” do mercado, normalmente trazem consigo uma série de aspectos positivos, perspectivas favoráveis, baixa percepção de riscos. E, naturalmente, custam mais. Seus preços relativos são maiores que os das demais ações, menos conhecidas.

Trabalhei por muito tempo numa cultura em que a busca obsessiva por boas empresas, cujas ações fossem negociadas a preços acessíveis, era o foco único, então é difícil para mim comprar um ativo para o portfólio que seja caro, ou que para justificar seu preço as premissas implícitas sejam agressivas, de forte crescimento.

Sou sócio da Quantitas desde novembro de 2012, e faço a gestão do Quantitas Montecristo desde julho de 2014. E trouxe para a gestão do produto essa minha experiência e forma de trabalhar, agregando o conhecimento de outros sócios e pessoas da equipe.

Por conta disso, quando apresentamos o Quantitas FIA Montecristo para alguém, começamos sempre falando que este é um fundo com características bem próprias, que o distinguem dos demais.

Acompanhamento das ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Acompanhamento das ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Foto: Rafael Matsunaga (Flickr).

Dificilmente você verá na carteira do Montecristo muitas companhias que também façam parte de outros fundos de ações do mercado.

Simplesmente porque nossa disciplina em preço dificulta que compremos ações muito caras. Então, procuramos muitos cases de investimento menos óbvios, mas com fundamentos interessantes, construímos racionais bem claros de porquê investir em cada ação, e vamos acompanhando tudo muito de perto, para não correr riscos de que o rumo que traçamos está se confirmando ou não.

Se a ação se valoriza muito e o potencial de valorização não se mantém, então muito provavelmente reduziremos posição até que a ação deixe de fazer parte do fundo. Mas, se ela cair de preço e os fundamentos que nos fizeram investir permanecerem sólidos, então muito provavelmente aumentaremos o tamanho da posição.

Informações sobre o fundo

O Quantitas FIA Montecristo é um fundo de ações com gestão ativa, que tem por objetivo superar o retorno do Ibovespa no médio e longo prazos.

O fundo investe, normalmente, em uma carteira concentrada, de 10 a 12 companhias negociadas na B3, selecionadas a partir de análise fundamentalista, distribuídas gerencialmente em três grupos dentro do portfólio:

•          Participações Principais (três a quatro companhias, com um % acima de 50% do PL);

•          Participações Intermediárias (três a quatro companhias, com um % entre 25% e 30% do PL);

•          Participações Complementares (entre 10% e 15% do PL, em companhias small caps ou que estamos começando ou encerrando investimento).

A equipe de gestão acompanha um grupo específico de empresas negociadas na B3 (cerca de 80 companhias), cujos negócios tenham perfil atrativo, em setores e segmentos de atuação de maior interesse dos gestores, selecionando aquelas que apresentem o maior potencial de valorização de acordo com as estimativas de desempenho, normalmente com premissas conservadoras.

O portfólio geralmente é construído com equilíbrio entre empresas com perfil de valor e de crescimento, numa análise bottom-up (predomínio de critérios microeconômicos), com baixa rotatividade no portfólio (período médio de investimento é de 12 meses) e com controle de perdas – poucos históricos de retorno negativo em relação ao Ibovespa, todos com pequena contribuição negativa ao fundo.

Melhor e pior momento do Quantitas Montecristo

Melhor momento do Quantitas Montecristo está sendo em 2021, com a cota no valor máximo histórico e o maior retorno em relação ao Ibovespa (Alfa gerado) em vários períodos de análise – o Fundo inclusive está qualificado como cinco estrelas pela Morningstar em cinco anos, a principal avaliadora de fundos da indústria.

Importante citar que historicamente o investidor que comprou cotas do Montecristo teve, em 99% das janelas de avaliação de 36 meses de desempenho, retorno acumulado (36 meses) superior ao Ibovespa, ou seja, o fundo consistentemente conseguiu entregar retornos históricos superiores ao benchmark ao longo dos anos.

Tivemos dois piores momentos: o primeiro foi no início, pouco antes do Impeachment da presidente Dilma, quando atingimos a pior cota do fundo e o cenário macro e político estava muito deteriorado. Em termos de maior queda da cota tivemos o pior momento em 2020, na pandemia, quando a mudança de cenário macro foi muito forte e rápida, e o efeito de curto prazo em muitas das companhias que investíamos foi bastante intenso, com muita incerteza. Felizmente recuperamos ambas situações, sendo que na crise de 2020 numa velocidade muito mais rápida que esperávamos.

Quem pode investir e como?

Todos os investidores pessoa física podem investir no Quantitas Montecristo.

Atualmente o fundo tem valor mínimo de 10 mil reais para investimento e cinco mil para movimentações.

Contudo, a partir de 23 de agosto, quando o fundo passará a ter novo administrador (Intrag, empresa do conglomerado Itaú) os valores mínimos e de movimentação serão reduzidos para um mil reais.

O Montecristo está disponível no site da Quantitas (cadastro digital em 10 minutos) e também em 13 plataformas de investimento: BTG Pactual (via assessores), Unicred, Órama, Modal, Guide, Warren, Genial, Ativa, Necton, CM Capital, Mirae, Toro e Azimut.

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Como proteger seus investimentos em tempos de inflação alta? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/como-proteger-investimentos-inflacao-alta/ Tue, 14 Sep 2021 22:01:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-proteger-investimentos-inflacao-alta/ Arnaldo Curvello, sócio-diretor da Galápagos fala sobre os melhores investimentos em tempos de aumento de preços de bens e serviços

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Na manhã desta quarta-feira (14), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto afirmou que não vai mudar o plano monetário a cada alta da inflação, mas deu ênfase que a taxa básica de juros será levada até onde precisar para alcançar a meta da inflação, nas palavras dele: “Vamos levar a Selic aonde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência”.

No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 9,68% e, de janeiro a julho, é de 8,99%. Em entrevista ao MyNews Investe, o sócio-diretor da Galápagos, Arnaldo Curvello, comentou que dessa vez Campos foi mais suave que em sua manifestação anterior, quando disse que fariam qualquer coisa para trazer a inflação para o centro da meta.

Superfundos
Investimentos atrelados à inflação ou ao Tesouro Direto podem ser interessantes/Imagem: Pixabay

Com inflação chegando a dois dígitos, uma forma de proteger os investimentos é colocar os recursos em investimentos atrelados à inflação ou ao Tesouro Direto. “Em função do cenário de inflação, ainda gosto dos títulos de renda fixa que estão atrelados à inflação ou ao tesouro, onde se você pegar um título de 5 anos do Tesouro, ele tem uma inflação mais 4,5%,  que é bastante interessante”.

Curvello acrescenta que no Tesouro Direto existem alternativas de títulos isentos de Imposto de Renda e que essa condição faz diferença quando a inflação está alta. “A inflação dos últimos 12 meses foi próxima de 9,7%, ou seja, quase 10%. No título que paga 20% de Imposto de Renda, pagou 2% só de imposto sobre inflação; num título isento você ganha 2% a mais, além de todo o excedente da inflação, isento de imposto. CRIS, CRAS e as debêntures incentivadas ganham ainda mais competitividade no ambiente de inflação alta”.

Investimentos em títulos é mais seguro do que algumas pessoas pensam

Mesmo assim, ainda há pessoas que têm medo de investir em títulos do governo em tempos de incertezas, pensando na possibilidade de o governo dar o calote na hora de pagar o que o investimento prometia e medo até mesmo de resgatar um valor menor do que colocou no início do investimento. Curvello argumenta que o governo tem uma coisa que ninguém mais tem: a possibilidade de imprimir mais dinheiro.

“Imaginar que o governo não vai deixar de honrar a dívida pública é quase impossível de acontecer e se você tiver um título de inflação, o que vai acontecer é a inflação voltar a subir. A gente sabe que se tiver um descontrole muito grande das contas públicas, a inflação vai subir e pode subir bastante. Não acho que é o cenário que a gente está vivendo agora, só que um título atrelado à inflação sempre vai te proteger, não haverá risco de calote, na minha opinião, é pouquíssimo provável, para não dizer zero”.

Veja o MyNews Investe de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews.

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Para além do investimento em infraestrutura: fundo idealizado pela CA Indosuez é gerido pela confiança https://canalmynews.com.br/mynews-investe/investimento-em-infraestrutura-fundo-ca-indosuez-e-gerido-pela-confianca/ Mon, 13 Sep 2021 14:12:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimento-em-infraestrutura-fundo-ca-indosuez-e-gerido-pela-confianca/ Respeitando o tripé de processos, controles e pessoas, estratégia do fundo possibilita explorar momentos de maior tendência e de maior aversão ao risco

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O pedido do MyNews para escrever sobre o tema “investimentos”, mais precisamente sobre o nosso fundo de debentures incentivadas, acabou sendo uma centelha para uma reflexão maior sobre o tema. Afinal não seria um desafio escrever sobre o nosso fundo, sobre o nosso processo de investimento… É o nosso cotidiano, temos um dos principais fundos da indústria e uma experiente equipe de gestão – mas de que forma isso agregaria ao leitor/investidor final?

Por que ele deveria se interessar por essa estratégia? Mais ainda: por que ele deveria se interessar especificamente pelo nosso fundo? Existem mais de 500 gestoras de investimento no Brasil, gestoras estas responsáveis por mais de 60.000 fundos de investimento. Por que o nosso?

Lembra que eu comentei sobre essa tal “centelha”? Pois bem, vou explicar: eu acredito que uma pessoa, para saber onde vai, precisa saber de onde veio. E me veio a lembrança uma das obras mais icônicas de Paul Gauguin: “D’où venons nous? Que sommes nous? Où allons-nous?” – ou em livre tradução: “De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?”.

"De onde viemos? O que somos? Onde estamos indo?" (1897), de Paul Gauguin
“De onde viemos? O que somos? Onde estamos indo?” (1897), de Paul Gauguin. Foto: Reprodução

Para tentar responder a primeira pergunta, do porque do nosso fundo, irei aproveitar a deixa de Gauguin e contar como chegamos até aqui.

A história do CA Indosuez com gestão de ativos no Brasil começou há mais de 20 anos atrás, mas, por mais longa que seja, por muito tempo estivemos focados exclusivamente na gestão de ativos de nossos clientes. Isso mudou em 2013 quando tomamos uma decisão estratégica de redesenhar a nossa plataforma de produtos e fundos, buscando uma maior identidade com o grupo, com o mercado local mas principalmente com os anseios de nossos clientes. Naquele momento deixamos de lado outras estratégias de investimento que fazíamos gestão e focamos no que poderíamos oferecer de melhor: gestão de renda fixa e crédito privado, lastreada em processos e controles robustos e, principalmente, lastreada em pessoas.

Não foi uma decisão fácil: se por um lado iríamos recomeçar a nossa história usando o nosso fundo DI Master criado em 1998 como a fundação, por outro precisaríamos abandonar fundos com um longo histórico, com investidores fiéis. Mas assim fizemos: as outras estratégias foram transformadas em fundos de fundos (também expertise da casa e das pessoas que aqui estão) e começamos a reconstruir a nossa base com o fundo DI Master e com o fundo Vitesse sendo as pedras fundamentais.

Aos poucos e com muito trabalho a decisão foi se mostrando correta: a estratégia se mostrou vencedora frente as condições do mercado naquele momento e começamos a ganhar maior tração a partir de 2015, quando novos fundos foram criados, com condições de liquidez e construção de portfolio distintas – mas sempre respeitando o tripé básico de processos, controles e pessoas. Em uma indústria (de fundos) que vinha se expandindo a uma taxa média de 11% ao ano, o CA Indosuez conseguiu quase 30% de crescimento ao ano multiplicando por quase 5x o patrimônio total que tínhamos sob gestão em 2012.

E no meio dessa mudança a nossa história se mistura com os investimentos em debentures incentivadas: embora a Lei nº 12.431 que cria incentivos tributários para investimentos específicos em infraestrutura tenha sido criada em 2011, o sucesso das debentures incentivadas não veio de imediato. A tese era muito clara, criar e ampliar as alternativas de financiamento de longo prazo para o setor, mas ainda existiam dúvidas em relação ao produto: com um prazo mais longo e problemas com algumas das primeiras emissões (como OGX e Rodovias do Tietê), as debêntures precisaram “conquistar” o seu espaço no mercado local frente às LCAs e LCIs, até então os ativos isentos de imposto de renda com mais sucesso no mercado local.

Mas assim foi feito. Podemos atribuir esse progresso, principalmente, ao crescimento do mercado de plataformas de investimentos que, além de ampliarem a base de captações para as companhias criando um canal de distribuição direto muito mais pulverizado com pessoas físicas, catapultou a indústria de fundos nichados. Consequentemente, os grandes bancos seguiram o mesmo caminho e, com isso, atingiu-se o volume total distribuído em debentures incentivadas de infraestrutura superior a R$ 144 bilhões, entre a aprovação da Lei até julho de 2021.

O CA Indosuez, em setembro de 2015, incluiu em sua grade de produtos o fundo de Debentures Incentivadas e em setembro de 2019, o fundo apresentava um patrimônio liquido superior a R$ 2 bilhões. Além do resultado consistente e uma gestão ativa para suavizar a volatilidade inerente ao ativo objeto (debêntures), o crescimento do patrimônio líquido do fundo exemplifica muito bem a evolução da classe de ativo como um todo no mercado local.

Tabela de características do fundo de Debentures Incentivadas
Tabela de características do fundo de Debentures Incentivadas. Foto: Reprodução (MyNews)

Obviamente que o movimento de queda de juros real ao longo dos últimos três anos ajudou muito a performance e, fatalmente, a demanda pelo produto. O retorno foi tão elevado que compensou largamente os movimentos de reprecificação em crédito privado observados no segundo semestre de 2019 e de liquidez do mercado secundário em meados de 2020.

Mas vale ir além desse período: analisando a performance acumulada do fundo desde o início já são quase 100% de retorno líquido de imposto de renda desde 2015 (96,7% para ser mais preciso). Como base de comparação, o CDI no mesmo período acumula ganhos de 54,65% e o IMA-B 5 acumula 88,3%. Para informação, o IMA-B 5, benchmark do fundo, é um índice composto por uma carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B) com prazos superiores a cinco anos.

Tabela de performance acumulada do fundo.
Tabela de performance acumulada do fundo. Foto: Reprodução (MyNews)

Contudo é fundamental frisar que isso só foi possível dado a qualidade da carteira alocada, sempre tendo como pilar fundamental a análise de cada crédito. Independente do prêmio ou da “oportunidade tática”, 100% dos nossos ativos são aprovados com o cenário base de alocação até o vencimento. Com um monitoramento trimestral utilizando modelos proprietários de rating e stress, procuramos antecipar movimentos de preço e liquidez.

Adicionalmente, creio que seja válido analisar não somente se o fundo na média bate o seu benchmark – mas também como ele o faz. Para isso gostamos de analisar janelas de retornos em médias móveis… Por quê? Porque assim, ao invés de analisar apenas o resultado em meses fechados, analisamos em janelas fechadas. Se fôssemos analisar a performance em janelas móveis de 30 dias pegaríamos não somente o fechamento de cada mês, mas também a performance entre os dias 1, 2, 3 e assim sucessivamente. No nosso caso, dada a maior volatilidade do fundo, analisamos em médias móveis de seis meses para saber se, em períodos de seis meses, o fundo bate o benchmark. Para a análise, incluímos um período emblemático do mercado, do início de 2019 até o final de agosto de 2021. Mesmo em um período mais complexo entre o final de 2019 e 2020 o fundo conseguiu bater o benchmark de modo consistente, ressaltando que no gráfico abaixo estamos trabalhando com a cota pura, sem o beneficio fiscal.

Janelas de retornos em médias móveis do fundo.
Janelas de retornos em médias móveis do fundo. Foto: Reprodução (MyNews)

Já sabemos da onde viemos e onde estamos… agora vem o mais importante: para onde vamos? O que esperar das debêntures incentivadas?

É natural uma reavaliação do risco x retorno esperado quando verificamos o cenário atual pela ótica da dinâmica da taxa de juros doméstica. Porém, é importante reforçar as outras atratividades da debênture incentivada. Desde o início de 2021, mais do que o benefício tributário, entendemos que o indexador em IPCA é o grande apelo na Renda Fixa para o quadro atual. Utilizando derivativos como proteção e neutralizando, dentro do possível, o risco de aumento de juros real, podemos ter uma carteira exposta principalmente em inflação implícita e com um carrego (taxa de retorno contratada) interessantíssimo por conta do prêmio de crédito.

Traduzindo: aumentaremos o retorno caso a expectativa de inflação continue subindo e evitamos perdas com a expectativa de um movimento mais agressivo do Banco Central na taxa de juros. Com isso, exploramos mais uma das versatilidades do produto. Já exploramos movimentos de queda de juros real, de queda de prêmios de crédito e, agora, exploramos o movimento de recrudescimento da inflação. Em breve, teremos a oportunidade de obter retornos, novamente, nas outras alternativas. E é justamente esta característica que faz um fundo de debentures incentivadas ser interessante, a possibilidade de explorar momentos de maior tendência de risco (queda de juros e prêmios de crédito) e momentos de maior aversão ao risco (compra de inflação e proteção em juros reais).

Este é um pequeno pedaço da nossa história e conta um pouco de como chegamos até aqui. De como o nosso fundo chegou até aqui. E eu digo “nosso” não apenas pela equipe de gestão, mas também pelos milhares de investidores que, ao longo de todos estes anos, sempre estiveram ao nosso lado confiando no comprometimento de todos os envolvidos no processo de gestão. No final, este é um fundo gerido por pessoas, para pessoas – em uma relação de confiança.

Por fim gostaria de deixar uma breve nota. No seu livro “The Intelligent Asset Allocator”, William Bernstein comenta que existem dois tipos de investidores no mundo: os que não sabem o que vai acontecer com o mercado e os que sabem que não sabem. Em algum lugar entre os dois, existe o profissional de investimentos. Infelizmente não dispomos de bola de cristal ou conhecemos qualquer tipo de futurologia capaz de prever retornos, mas acreditamos que um trabalho diligente, municiado com os instrumentos corretos, pode, mesmo em ambientes inóspitos, alcançar os resultados almejados no longo prazo.

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Fundo Schroder: classe de crédito como alternativa de investimentos https://canalmynews.com.br/mynews-investe/classe-de-credito-como-alternativa-de-investimentos/ Mon, 30 Aug 2021 21:18:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/classe-de-credito-como-alternativa-de-investimentos/ Fundo Schroder High Grade tem se destacado com quase 9% de rentabilidade nos últimos 12 meses

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A indústria de crédito passa por um momento bastante especial. O cenário foi mudando ao longo dos últimos meses com o aumento da taxa básica de juros, atualmente em 5,25% ao ano, trazendo de volta o interesse dos investidores pela classe de ativo. Fundos de crédito tradicionais seguem com uma rentabilidade nominal bastante atrativa, com base na alta da Selic e redução progressiva dos spreads de crédito cuja média está ao redor de CDI+1,8%. A redução nos spreads ocorre em função do movimento de captação bastante expressiva na indústria de fundos de crédito ao longo dos últimos 6 meses principalmente. O Patrimônio dos fundos que alocam mais de 5% da sua carteira em crédito passou de 1,68 trilhões de reais para R$ 1,8 trilhões, voltando ao patamar pré-covid. 

Daniel Palaia, diretor de fundos de crédito da Schroders
Daniel Palaia, diretor de fundos de crédito da Schroders. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal)

É o que observamos no fundo Schroder High Grade, que tem tido resultados bastante positivos e se destacado como um dos melhores fundos de crédito do Brasil. Em especial nos últimos 12 meses, quando a indústria de crédito começou a se recuperar de um momento mais crítico no início da pandemia, registramos rentabilidade para o cotista do fundo de 325,2% do CDI, o que representa 8,52% no período. No acumulado de 2021, o resultado foi de uma rentabilidade de 303,8% do CDI (6% de rentabilidade nominal).

Quando comparamos a rentabilidade desse fundo com outras classes de títulos, como o Ibovespa, performance de fundos multimercados, títulos pré-fixados e outras classes de ativos nos últimos 12 meses e no acumulado de 2021, o fundo tem se destacado com uma performance superior somado a um maior índice de Sharpe. 

Além do mercado aquecido, como estratégia mantivemos a carteira pulverizada com mais de 40 emissores, tendo maior concentração nos papéis com melhor rating. Temos uma estratégia de gestão bastante rigorosa, tanto no mercado de crédito primário como no secundário. Fazemos um filtro bastante rígido de forma qualitativa e quantitativa, que passa por algumas fases como análise do ativo, das taxas pagas pelos papéis, notícias, balanço, questões relacionadas ao ESG. Por fim, há uma última análise de nosso comitê com membros do Brasil, NY e Londres, o que permite uma troca bastante rica e bem estruturada, com um olhar para o cenário global e local de crédito.

A estrutura de uma equipe multidisciplinar e multinacional permite à Schroders ter as mais rigorosas estratégias de gestão no momento de decidir por um investimento. Isso é possível pelo histórico e expertise de mais de 200 anos de mercado da asset, que conta com equipe global em mais de 35 países e administra US$ 785.1 bilhões. No Brasil, segundo o Ranking Anbima, de maio deste ano, a Schroders está entre os 20 maiores gestores de recursos independentes do país com mais de R$ 27,7 bilhões sob gestão. Em renda fixa, multimercado e investimentos no exterior, administra R$ 3 bilhões. Além disso, em Renda Variável é considerada a 5a maior gestora, com mais de R$ 24,6  bilhões investidos na B3.

Vale destacar que acreditamos que os fundos de crédito, de forma geral, vão continuar tendo um fluxo bastante positivo em função da alta da Selic. A reforma tributária, além da própria Selic, deve ser um novo catalisador de aumento de fluxo para fundos de crédito.  Diante deste cenário, o fundo Schroder High Grade deve manter alocação em papéis de qualidade que acreditamos que terão forte fechamento de spreads à medida que a pandemia comece a se aproximar do fim.


Quem é Daniel Palaia?

Daniel Palaia é diretor de fundos de crédito da Schroders.

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Dólar salta 2% e fecha em R$5,37, enquanto Bolsa tem terceiro dia de queda https://canalmynews.com.br/mynews-investe/dolar-salta-2-e-fecha-aos-r537-enquanto-bolsa-tem-terceiro-dia-de-queda-entenda-por-que/ Thu, 19 Aug 2021 00:23:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/dolar-salta-2-e-fecha-aos-r537-enquanto-bolsa-tem-terceiro-dia-de-queda-entenda-por-que/ Riscos fiscais e sinalização do FED influenciam câmbio. Entenda por que o movimento acontece e como proteger seus investimentos

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Com incertezas fiscais no Brasil e a sinalização de aperto na política de estímulos nos Estados Unidos, o dólar disparou 1,99% nesta quarta-feira (18) e encerrou o dia cotado a R$5,37 – o maior patamar desde 4 de maio. Com o resultado, a moeda americana já acumula alta de 3,17% no mês. No acumulado do ano, o avanço é de 3,62%.

O resultado de hoje acabou pressionado – além dos temores envolvendo as contas públicas – pela divulgação da ata do Federal Reserve, o Banco Central americano.

O FED confirmou nesta quarta que deve iniciar ainda este ano a redução de estímulos monetários, que vêm injetando liquidez no mercado americano. A política da autoridade monetária de compra de títulos públicos teve início na pandemia, como forma de responder à crise, e vinha impulsionando também os mercados globais.

“Olhando para o futuro, a maioria dos participantes observou que, desde que a economia evolua amplamente como eles anteciparam, eles julgaram que pode ser apropriado começar a reduzir o ritmo de compras de ativos neste ano”, diz o documento. A sinalização levou os principais índices da bolsa de Nova York às mínimas, pressionado para baixo o desempenho do Ibovespa e piorando a inclinação do preço do dólar.

O que pesa para o mercado?

No noticiário doméstico, as incertezas fiscais são o principal fator de insegurança para os investidores. O mau-humor acabou abastecido nesta quarta com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da retirada de pauta do projeto que modifica as regras para o Imposto de Renda. Esse foi o segundo adiamento do texto, em meio a pressão de Estados e municípios por modificações no texto, o que pode levar a perdas na arrecadação.

O temor sobre as contas do governo é influenciado ainda pelo debate sobre adiamento do pagamento das dívidas da União reconhecidas na Justiça, os precatórios. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) enviada ao Congresso prevê o parcelamento em 10 anos de dívidas acima de R$ 66 milhões. A ideia é que o adiamento das despesas possa abrir espaço no Orçamento para a criação do Auxílio Brasil, versão repaginada do Bolsa Família.

“O que a gente sabe claramente é que os riscos associados à moeda brasileira estão subindo, e não caindo”, avalia em entrevista ao MyNews Investe, o gestor da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira. Ele afirma que a percepção de fiscal no Brasil tem se deteriorado.

Na terça-feira (17), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que os “ruídos” em relação ao cenário fiscal têm afetado as previsões de inflação e o desempenho do dólar. Segundo Campos Neto, o “barulho fiscal” contribui também para aumentar uma volatilidade já alta do mercado de câmbio.

Como proteger seus investimentos da volatilidade do dólar?

Uma das maneiras de proteger recursos da oscilação da moeda americana é o investimento em fundos cambiais. “Essa é a maneira mais prática e a mais indicada para quem não tem tempo de ficar acompanhando e operando nas plataformas de investimento”, explica Pedro Paulo.

O fundo cambial tem como principal característica o investimento em moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Como outros tipos de fundo, os ativos são administrados por gestores. “O gestor é o cara que está ali, é o profissional do assunto que está 48 horas com a obrigação de entregar o retorno do fundo exatamente na obrigação que você assinou com ele”, afirma.

Um levantamento da SmartBrain exclusivo para o MyNews Investe mostra quais os fundos cambiais que têm o melhor desempenho no acumulado do ano:

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Fundo fundamentalista: gestores viram especialistas nas empresas para investir https://canalmynews.com.br/mynews-investe/fundo-fundamentalista-gestores-viram-especialistas-nas-empresas-para-investir/ Mon, 16 Aug 2021 16:46:16 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fundo-fundamentalista-gestores-viram-especialistas-nas-empresas-para-investir/ Análise histórica, acompanhamento dos negócios, pesquisa e filtros qualitativos fazem parte dos critérios de gestores fundamentalistas para decidir sobre investimento

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Gestora focada em ações, a SFA – Seeking for Alpha Investimentos, nasceu exatamente com o propósito sugerido pelo nome (procurando por alfa, em tradução livre): buscar retornos acima da média do mercado no longo prazo. Já se passaram oito anos desde que a SFA assumiu a gestão do fundo SFA EAC FIC FIA BDR Nível I, e o objetivo tem sido alcançado. A rentabilidade acumulada desde 2013 é de 338%, contra 128% do Ibovespa – benchmark do fundo, até julho de 2021.

Os resultados são alcançados por meio de uma metodologia bem definida, que é seguida por todo time de gestão.

O fundo tem uma abordagem micro, privilegiando a análise fundamentalista de companhias na alocação de recursos. Contudo, é importante destacar que o valuation entra apenas no final do processo, para definir se determinado ativo está caro ou barato. Antes, há um longo caminho para avaliar o negócio, que pode demorar meses até o investimento se concretizar.

O fundo definido por gestores fudamentalista possui a vantagem de ter liquidez diária na bolsa de valores.
O fundo definido por gestores fudamentalista possui a vantagem de ter liquidez diária na bolsa de valores. Foto: Wilfredor (Flickr)

A gestora criou um processo de investimento e formou uma equipe de profissionais com o objetivo de perpetuar este modelo, a fim de garantir a geração de alpha de forma consistente e contínua.

Os dois pilares fundamentais são filosofia e processo. E é uma filosofia forte, com um processo bem estruturado e robusto, que garante que se possa replicar os resultados bons do passado no futuro.

O fundo é como uma holding que possui participações em outras empresas, mas com a vantagem de ter liquidez diária na bolsa de valores. O objetivo de investimento da SFA é ser sócia de empresas sólidas, que adicionam continuamente valor aos seus acionistas. Estes conceitos são os maiores ativos, e perpetuá-los é o maior desafio. Considerando os dois objetivos principais, de alcançar e perpetuar o alpha, é preciso uma filosofia diferenciada e um processo de investimentos sólido. Acredita-se firmemente que investir em empresas gera valor e crescimento patrimonial a longo prazo.

O fundo possui estratégia Long Only, com objetivo de retornos em períodos de 5 anos.

Empresas que fazem parte das alocações do fundo

Sinqia

Sinqia é uma fintech que oferece soluções de tecnologia para o sistema financeiro brasileiro. Segundo Aliperte, a Sinqia está bem posicionada em um setor altamente pulverizado, com ainda mais espaço para consolidação. O setor cresce 12% ao ano e Sinqia cresceu 27% ao ano, desde 2004. A empresa detém 7,3%% desse share, mas com destaque para uma série de movimentos estratégicos que a deixam cada vez mais atrativa A constante digitalização do mercado, sobretudo o Open Banking e o mais recente PIX mostram as infinitas possibilidades da tecnologia no mercado financeiro. O fundo avalia que a Sinqia tem potencial ao fazer parte deste movimento em expansão.

Porto Seguro

O gestor explica que a Porto Seguro é outra empresa que o fundo tem alocação. A avaliação é que essa é uma companhia diversificada com mais de 9 milhões de clientes, sendo a maior seguradora independente do país no segmento de auto, com cerca de 28% de market share. E Apesar de ter o seguro auto como carro chefe e origem do grupo, a SFA destaca que a Porto Seguro é uma holding que engloba outros segmento do ramo de seguro como patrimonial, vida e saúde. Atua também em serviços financeiros como cartão de crédito, financiamento e consórcio, além de atuar em serviços como o carro por assinatura. O desafio da Porto Seguro é aumentar a penetração dos outros produtos. Uma de suas frentes em que a gestora vê boas projeções é no segmento de saúde, que promete um excelente crescimento da carteira de crédito e financiamento para 2022.

Processo de investimento:

Geração de ideias: Com base em cenários, análises macroeconômicas e setoriais, informações de mercado e dos stakeholders, a SFA define parâmetros para selecionar empresas que tenham diferenciais, características e desempenho histórico para serem analisadas.

Filtro Qualitativo: Identificar a postura dos controladores, a qualidade do management, as estratégias e planos de negócios, as condições do mercado, o ambiente corporativo, os incentivos dos profissionais e a imagem da empresa. Há um sistema de notas mínimas exigidas a diversos destes atributos.

Análise Histórica: Se analisa profundamente o histórico do mercado e da empresa. Procura-se identificar se nos últimos 10 anos a empresa definiu planos de negócios consistentes e sua capacidade de executá-los, a fim de criar valor aos seus acionistas.

Análise Qualitativa: Tem como objetivo entrevistar gestores, funcionários, ex-funcionários, clientes, fornecedores, concorrentes e stakeholders para aprofundar o conhecimento do ambiente corporativo, sua cultura, incentivos e visão do mercado sobre a empresa.

Elaboração da Tese: É a síntese do estudo, a construção da tese e a confirmação se a empresa se classifica como um ativo core, que tem maior exposição no fundo, ou tático, que possui alocação menor. A dinâmica de discussão da equipe é profunda e busca o consenso.

Valuation: O valuation é a última etapa, não é uma premissa de decisão e sim uma análise do preço da ação. As projeções são feitas com base na tese e com viés conservador, a fim identificar o risco de retorno mínimo do investimento.

Alocação: São regras de alocação para cada tipo de ativo que leva em consideração se é core ou tático, sua liquidez e precificação. São ativos em sizing e principalmente em hedges da exposição do fundo ou das posições, com o objetivo de minimizar os drawdowns do mercado e criar buying power.

Acompanhamento: O processo de acompanhamento das empresas é extremamente importante e profundo. Tem como objetivo tornar a SFA especialista na empresa, e para tal são feitas análises constantes do mercado. São entrevistados gestores, colaboradores, clientes, fornecedores e concorrentes para obter todas as informações necessárias. Tudo é documentado e guardado em nuvem, criando um enorme banco de dados da empresa, que serve para constante análise e consulta da equipe.

O fundo hoje é para investidores qualificados por ser um BDR e poder investir 40% do PL diretamente no exterior. Porém, a principal característica que os parceiros/investidores precisam ter é: horizonte correto de tempo de investimento. Investir em fundos de ações com foco em curto prazo é receita para frustração. Antes de olhar apenas o retorno do fundo, é importante que os investidores acreditem no processo e filosofia de investimento, que possui foco de retorno em janelas de 5 anos.

Tabela 'Rentabilidade'
Tabela ‘Rentabilidade’ – Dados: SFA. Foto: Reprodução (MyNews)

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Golpes financeiros: “Se é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade” https://canalmynews.com.br/mynews-investe/golpes-financeiros-se-e-bom-demais-para-ser-verdade-provavelmente-nao-e-verdade/ Fri, 13 Aug 2021 15:07:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/golpes-financeiros-se-e-bom-demais-para-ser-verdade-provavelmente-nao-e-verdade/ Superintendente da CVM explica que maioria das vítimas de golpes financeiros buscam mais rentabilidade e apostam em produtos aparentemente inovadores

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Busca por maior rentabilidade, procura por produtos financeiros inovadores e apetite por oportunidades melhores que o padrão. Esses são os ingredientes que levam a maior parte das vítimas de golpes financeiros a caírem em fraudes que, cada vez mais, usam criptomoedas para atrair investidores. A avaliação é de José Alexandre Vasco, superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, em entrevista do MyNews Investe.

“Essas pessoas que estão atraídas por novidades e inovações naturalmente são mais influenciadas por temas novos e muitas vezes difíceis de compreender, porque enxergam ali uma oportunidade de sair na frente, de conseguir ter uma rentabilidade maior do que um produto tradicional”, explica ele.

Segundo pesquisa feita pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão responsável pela regulação do mercado de capitais, 91% das vítimas de golpes financeiros são homens. Entre os participantes do estudo, a maior parte cita as criptomoedas (43%) como o investimento que levou à fraude. Na sequência, estão produtos mais complexos como Forex (29,8%) e opções binárias (16,9%).

De maneira geral, as fraudes chegam até a vítima por meios conhecidos. Segundo a pesquisa, metade das vítimas conhecia o golpista de alguma forma – 28,1% a conheciam pessoalmente e 21,9%, indiretamente. Os meios de divulgação dos golpes também costumam ser mais direcionados:  27,5% das vítimas receberam a proposta por meio do WhatsApp e 19,7% a partir da divulgação do boca-boca.

Vasco destaca que a propagação mais direcionada dos golpes acabam contribuindo para uma aparência de confiabilidade. “Há a aparência de regularidade quando vem de uma fonte confiável, conhecida. Muita gente não consegue entender direito no que está investindo e também fica um pouco atraído por essa novidade”, afirma ele.

Sobre o crescimento das fraudes envolvendo a oferta de moedas digitais, ele lembra que esse é um movimento que tem acontecido no mundo, mas tomado maiores proporções no Brasil. “É um fenômeno mundial e que no Brasil adquiriu uma intensidade maior. Nós sabemos disso porque integramos uma força-tarefa junto da IOSCO (Organização Internacional de Valores Mobiliários ) para proteção de investidores”, explica Vasco.

Assista à integra do MyNews Investe, com apresentação de Juliana Causin. De segunda à sexta, no Canal MyNews

Segundo o superintendente da CVM, o momento de pandemia acabou favorecendo a oferta de fraudes envolvendo produtos digitais. “No mundo inteiro durante a pandemia houve um crescimento das ofertas irregulares, seja esquemas ponzi, sejam pirâmide. No Brasil a gente já vinha percebendo essa essa tendência desde 2014”, acrescenta.

Para Vasco, alguns sinais importantes podem ajudar os investidores a identificarem ofertas que sejam fraudulentas. A promessa de ganhos exorbitantes e pressão dos golpistas para uma decisão são elementos comuns nos golpes. “É melhor buscar investir naquilo que você consiga entender minimamente. Não precisa ser um especialista, mas você precisa ter uma compreensão de como aqueles recursos que você está entregando ao ofertante vão gerar o retorno que promete”, diz.“Se é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade”, lembra ele.


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O que muda com a alta da taxa básica de juros para 5,25% pelo Banco Central? https://canalmynews.com.br/economia/alta-taxa-juros-banco-central/ Wed, 04 Aug 2021 23:41:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/alta-taxa-juros-banco-central/ Para conter inflação, Copom eleva Selic ao maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, taxa básica de juros pode chegar a 7%.

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Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic. A alta veio dentro do esperado pelos analistas do mercado financeiro: de 4,25% para 5,25% ao ano – o maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, as projeções apontam para uma taxa Selic de ao menos 7%, em meio ao processo de subida de juros que começou em março deste ano.

A decisão do Banco Central (BC) vem na esteira das preocupações com a inflação, pressionada pelo aumento nos preços da energia elétrica e dos combustíveis. Em 12 meses, o IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, registra alta de 8,35%. As projeções do mercado financeiro reunidas no relatório Focus, do BC, apontam para o IPCA em 6,79% até o fim do ano – acima do teto da meta do Banco Central, de 5,25%.

O objetivo principal do BC ao subir os juros é justamente conter a alta da inflação. No comunicado sobre a decisão, o Copom alerta que a inflação ao consumidor “continua se revelando persistente”. Essa é a primeira vez em 18 anos que o Comitê decide em uma reunião aumentar o patamar dos juros em 1 ponto percentual.

“Esse ajuste também reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação”, diz o Comitê. O documento destaca ainda a preocupação com novas pressões nos preços, como uma nova elevação da bandeira de energia e novos aumentos nos preços dos alimentos, “ambos decorrentes de condições climáticas adversas”, informa o texto.

Para Fábio Passos, CIO da CA Indosuez, o momento atual é de normalização da taxa de juros, depois da pandemia fazer com a Selic atingisse a mínima histórica de 2%. “A redução que a gente teve que fazer [dos juros] para contrapor os efeitos negativos da pandemia foi muito forte. O que a gente está vendo agora é de certa forma uma normalização da taxa de juros”, avalia ele, em entrevista ao MyNews Investe.

O MyNews Investe é transmitido de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

Como ficam os investimentos com a alta da Selic?

Para Passos, diferente dos anos em que a taxa básica de juros girava em torno de 12% e 13%, o cenário ainda não é de uma migração dos investidores e gestores da renda variável (como ações) para o mercado de renda fixa (como CDBs e Títulos do Tesouro). “Porque mesmo com a taxa de juros a 5% ou 7%, você ainda tem uma expectativa de inflação muito alta. O investidor não deveria olhar apenas para a expectativa de alta da Selic mas também para a alta da inflação”, explica ele.

“Pensando para frente, mesmo os investidores que estão vendo essa alta como uma oportunidade de voltar para renda fixa, evitar a volatilidade do mercado, precisam ver isso com cuidado”, diz ele.

Ele destaca, no entanto, que títulos de renda fixa atrelados à inflação – como o Tesouro IPCA – são boas opções no momento é interessante para quem busca diversificação. Esse papéis, ao terem a rentabilidade atrelada ao IPCA, têm a vantagem de serem uma proteção da pressão inflacionária. “Eu acho que faz parte ou deveriam fazer parte do investidor comum, como todos nós”, afirma.


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Ibovespa cai 4% em julho e dólar sobe 4,7%. O que esperar de agosto? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/ibovespa-que-esperar-agosto/ Mon, 02 Aug 2021 21:13:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ibovespa-que-esperar-agosto/ Bolsa encerra o mês com o pior resultado mensal desde fevereiro, enquanto dólar subiu para R$5,20. Para analista, riscos permanecem em agosto mas mês deve ser melhor

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Principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa encerrou o mês de julho com queda de 3,94%, no patamar dos 121 mil pontos – o pior resultado mensal desde fevereiro deste ano. Enquanto a bolsa caiu, o dólar disparou 2,57% na última sexta-feira (30) e encerrou o mês cotado a R$5,20, com valorização acumulada de 4,76% em relação ao real – a maior alta desde janeiro.

O último mês foi marcado ainda pela saída de R$ 7,1 bilhões de capital estrangeiro na bolsa, interrompendo três meses de fluxo externo positivo. Em entrevista ao MyNews Investe, Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, destaca que o desempenho do Ibovespa em julho interrompeu um movimento de quatro meses de alta na bolsa.

Segundo ele, a pressão negativa no mercado aconteceu principalmente na segunda metade do mês de julho por fatores externos sobrepostos a riscos locais. “O mercado externo influencia muito o Brasil. Começamos a semana passada com informações sobre as intervenções chinesas no mercado acionário”, diz Franchini.

Somadas às pressões da China sobre o mercado ações, principalmente em empresas de educação e de tecnologia, o mês chegou ao fim também sob expectativa dos investidores para a decisão do Banco Central americano sobre juros e estímulos monetários. A semana passada foi marcada ainda pela divulgação do PIB americano, resultados sobre emprego no Brasil e balanço financeiro de empresas importantes do S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas americanas.

“Todos esses fatores em cinco dias somados. Estava na cara que isso traria instabilidade. Pela incerteza e pela insegurança do que poderia vir. Aí você olha para o Brasil, os resultados corporativos não incentivaram o investidor”, afirma ele.

Franchini destaca ainda o temor da variante Delta e as incertezas domésticas no Brasil como fatores que pesaram no desempenho negativo do mercado. “Você teve saída de capital. Dólar sobe e bolsa cai. Infelizmente, a última semana do mês fez com que a Bolsa tivesse perdido todo o ganho que tinha sido acumulado nas três primeiras semanas de julho”, diz.

Qual é a previsão do Ibovespa para o mês de agosto?

Para Franchini, o mês de agosto começa ainda com incertezas no radar para o mercado, mas tende a ter um desempenho melhor que o mês passado. No radar, além de mais uma semana de divulgação de balanços financeiros de empresas, os investidores acompanham de perto a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que define nesta quarta-feira (4) a Selic, taxa básica de juros, hoje em 4,25%.

“Vamos começar o mês com esse resultado de ajuste na Selic. Será um foward guidance, ou seja, um movimento que vai mostrar quais serão os próximos passos do Banco Central. Será um recado forte para o mercado”, afirma o sócio da Monte Bravo.

Entre os fatores de risco, ele destaca ainda as informações envolvendo novos gastos do governo Bolsonaro, o que traz um alerta para saúde fiscal do país. Na última sexta (30), o presidente Jair Bolsonaro prometeu aumentar em ao menos 50% o valor do Bolsa Família e disse que estuda prorrogar o auxílio emergencial.

“Agosto começa com incertezas globais em relação à variante Delta do coronavírus, interferências chinesas no mercado e também o resultado das bolsas de primeira linha”, diz ele. A avaliação de Franchini, no entanto, é que o mercado deve ter um mês melhor. “O mês de agosto tende a ser melhor, mas é preciso ter esses pontos de atenção”, completa.


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Bitcoin continua no topo do mercado de criptomoedas. Saiba como investir de forma segura https://canalmynews.com.br/mynews-investe/bitcoin-criptomoedas-como-investir/ Sun, 25 Jul 2021 17:48:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bitcoin-criptomoedas-como-investir/ Analista educacional da Blockchain Academy dá dicas de como investir nesse mercado tão marcado pela volatilidade

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O bitcoin é uma das criptomoedas mais conhecidas e comentadas no mercado de criptoativos atualmente. Nas últimas semanas, ela teve algumas oscilações e seu valor chegou a menos de 30 mil dólares. Diante de seu pico em abril desse ano, em que chegou a quase 65 mil dólares, a moeda já perdeu mais da metade de seu valor.

Mesmo com um desempenho não tão bom ultimamente, muitas pessoas se perguntam qual a forma segura de se investir em criptoativos como o bitcoin. O MyNews Investe conversou com Vinicius Chagas, analista educacional da Blockchain Academy, que falou da moeda e sua volatilidade e em que é bom prestar atenção na hora de investir.

“É muito importante escolher o lugar onde você vai comprar as suas criptomoedas, seus criptoativos. Sugiro que você procure um exchange com procedimento de segurança que possa confiar, que seja uma empresa idônea, que garanta os procedimentos de guardar os seus criptoativos de uma maneira íntegra. Lá, você compra e você guarda. Então é mais ou menos como uma bolsa (de valores), ou como uma corretora do mercado tradicional; você vai entrar, fazer o cadastro e vai achar o seu criptoativo”, esclarece Chagas.

Importante é diversificar investimentos

O analista educacional da Blockchain Academy prossegue, dizendo que não há uma receita para seguir na hora de investir em criptoativos, mas que o bitcoin tem um processo de verificação – o que também facilita bastante na hora de comprar a criptomoeda, principalmente para os investidores iniciantes.

Para Chagas, o bitcoin sofre muito com volatilidade por muitos fatores. Um deles é que os criptoativos ainda são uma classe nova de investimentos, muitas vezes mal compreendida, o que o torna mais variárvel. “Para diminuir esse impacto do portfólio, o risco de perder dinheiro, de ter que vender num momento não adequado, coloca uma parcela do capital que você pode aguentar essa volatilidade; não sai colocando tudo, não vende imóvel para comprar o bitcoin. Coloca como se fosse uma classe de ativo qualquer de renda variável que é volátil”, aconselha o analista.

Sobre o mercado de criptomoedas estar diretamente ligado ao desempenho do bitcoin, Chagas argumenta que como esse foi o primeiro projeto de moeda virtual que deu certo, foi um divisor de águas, por ter sido o sistema de pagamentos descentralizados na internet. “Como ele foi o primeiro e sempre respondeu por uma grande parcela do mercado, ainda é visto por algumas pessoas como o carro-chefe do mercado. Então o movimento do preço do bitcoin, as notícias que afetam o bitcoin, tendem a afetar os outros componentes desse mercado”.

O programa MyNews Investe é transmitido diariamente, a partir do meio-dia, no Canal MyNews – sempre com convidados especiais, abordando temas atuais de economia. Acompanhe a programação diária do canal no Youtube.

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Economista aposta em “casa arrumada” para frear volatilidade do dólar https://canalmynews.com.br/economia/economista-aposta-em-casa-arrumada-para-frear-volatilidade-do-dolar/ Thu, 15 Jul 2021 22:01:31 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/economista-aposta-em-casa-arrumada-para-frear-volatilidade-do-dolar/ Em entrevista ao Café do MyNews, Cristiane Quartaroli afirma que o Brasil precisa de estabilidade política para atrair investidores externos

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O cenário político brasileiro atual aliado a uma economia fragilizada em consequência da pandemia de coronavírus contribuem para uma moeda instável e para o aumento do risco-país. E segundo a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli,  somente após a “casa arrumada” é que haverá a retomada de investimentos externos no País e uma melhora expressiva no mercado financeiro.

Cristiane Quartaroli, economista Banco Ourinvest
Economista Cristiane Quartaroli em entrevista ao programa ‘Café do MyNews‘ desta terça-feira (13).
Foto: Reprodução (MyNews)

“O investidor olha pra cá e não vê o Brasil como um país seguro. Tanto que se a gente comparar a nossa moeda com a dos demais [países] emergentes, o real foi uma das moedas que mais se desvalorizou desde o início da pandemia”, explica Quartaroli. “O quadro pandêmico precisa melhorar com o avanço da vacinação, precisamos da “casa arrumada” para começar a ver uma melhora na economia, até lá a gente acredita que vá ter muita volatilidade no câmbio”, acrescentou.

Cristiane ressalta ainda que o cenário político conturbado e o envolvimento de membros do alto escalão do governo na CPI da Pandemia gera “uma aversão ao risco ao nosso país”. E o dólar, querendo ou não, é uma medida de risco. “Então o investidor olha pra cá e não vê com bons olhos”, enfatiza.

Além disso, segundo ela, a economia americana está se recuperando e a sua moeda está forte. “Então o investidor vai olhar pra uma economia mais robusta que é a americana, com perspectiva de aumento de juros, e onde vai alocar seus investimentos? Em um lugar que tem a perspectiva de melhor rendimento e com uma economia mais segura”, observou.

Para Cristiane, somente após o Brasil se estabilizar politicamente é que o dólar irá cair a um patamar inferior aos R$ 5,00, e como consequência, deve atrair novos investidores.

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Investimento ESG é uma onda? Carlos Takahashi, da BlackRock, explica por que não https://canalmynews.com.br/mynews-investe/investimento-esg-e-uma-onda-carlos-takahashi-da-blackrock-explica-por-que-nao/ Wed, 14 Jul 2021 21:54:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimento-esg-e-uma-onda-carlos-takahashi-da-blackrock-explica-por-que-nao/ Presidente no Brasil da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, fala sobre os elementos que fazem do ESG um tema fundamental para o presente

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Com mais de 9 trilhões de dólares em ativos sob administração, a BlackRock é a maior gestora de fundos do mundo. Desde 2020, a decisão para alocação desses investimentos – dos quais R$102 bilhões estão na América Latina –  considera a sustentabilidade como ponto central. 

A mudança foi sublinhada em 2020 na carta de Larry Fink, CEO da BlackRock, aos presidentes de empresas no mundo. Há oito anos, a carta funciona como uma espécie de termômetro para o grande capital – ela dá o tom sobre os assuntos fundamentais para a economia e o sistema financeiro a curto, médio e longo prazo. Há pelo menos cinco anos, o tema meio ambiente aparece nos comunicados. 

Ao MyNews Investe, Carlos Takahashi, presidente-executivo da BlackRock Brasil, explicou por que os fatores ESG – ambientais, sociais e de governança – são fundamentais para as decisões sobre investimentos e por que essa é uma mudança estruturante para o setor financeiro.

“Cada vez mais é também um risco. Você precisa olhar como um risco na medida que você tem problemas decorrentes das mudanças climáticas, que  você não consegue fazer a redução de emissão de gases [poluente], que você tem impacto nas economias, por exemplo, impacto nos negócios e, portanto, riscos”, afirma Takahashi. 

Em 2020, quando o CEO global da BlackRock anunciou a sustentabilidade como central para decisões da gestora, a questão de risco teve destaque. Fink dizia, no documento, que “as evidências sobre risco climático estão forçando investidores a reavaliar os pressupostos básicos sobre as finanças modernas”.

Takahashi, além do risco, destaca também outro elemento: a mudança geracional. “A nova geração tem outra cabeça. Ela quer ter bons produtos, quer pagar o preço justo pelos bons produtos e quer retorno nos seus investimentos, mas antes de mais nada, ela quer saber como isso está sendo feito”, diz ele. 

“[A nova geração que saber] como a empresa está gerando os bons produtos e como quem faz as gestão dos investimentos está obtendo resultados – ou seja, se está, efetivamente, seguindo boas práticas ambientais, cuidando do social do jeito que tem cuidar e, no caso das empresas, como governança”, completa. 

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Itaú BBA e Guide: os fundos imobiliários recomendados para julho https://canalmynews.com.br/economia/itau-bba-e-guide-os-fundos-imobiliarios-recomendados-para-julho/ Wed, 14 Jul 2021 14:27:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/itau-bba-e-guide-os-fundos-imobiliarios-recomendados-para-julho/ Guide investimentos e Itaú BBA dão indicação de fundos imobiliários interessantes para quem pensa em começar a investir no setor

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O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), apresentou nesta terça-feira (13) o parecer preliminar sobre o projeto que propõe alterações no Imposto de Renda. Entre as mudanças, está a manutenção, no texto, da isenção de Imposto de Renda sobre os dividendos pagos por fundos imobiliários para pessoas físicas. A princípio, as regras continuam como são atualmente, isenção no caso de fundos com mínimo de 50 cotistas e cotas negociadas na Bolsa. Investidores com mais de 10% de cotas de um Fundo de Investimento Imobiliário, seguem sendo tributados.

Deputado Celso Sabino, relator da Reforma Tributária na Câmara.
Deputado Celso Sabino, relator da Reforma Tributária na Câmara. Foto: Cleia Viana (Câmara dos Deputados).

O MyNews conversou com especialistas da Guide Investimentos e do Itaú BBA, que indicaram alguns fundos imobiliários interessantes para o mês de julho.

Guide Investimentos

CPTS – Carteira pulverizada entre ativos indexadores, também possui cotas de outros fundos na então um fundo com uma dinâmica com preço bastante dinâmico, atua em várias frentes, inclusive em ofertas 476. Está tendo bons resultados e crescentes dividendos a partir disso. É um fundo que possui uma boa atividade, um pouco mais baixa do que suas principais partes, ele traz um pouco mais de conforto frente aos desafios que a gente possa sofrer ou passar até o final do ano. Setor de recebíveis imobiliários.

BRCO – É um fundo de galpões logísticos e possui ótimos ativos logísticos da indústria mundial. Teve um desempenho positivo desde o início da pandemia, crescendo muito e sendo um dos setores mais queridinhos desde o início da pandemia. Se caracterizou com um perfil defensivo, também devido a essa relação com o e-commerce e como o setor de e commerce cresceu muito durante a pandemia foi visto realmente com bastante resiliência na performance do setor desde março do ano passado. Setor logístico.

XPML – Possui ativos muito robustos, ativos de shoppings têm apresentado um ritmo de recuperação bastante interessante tanto em vendas quanto em ocupação. Conseguiram manter a ocupação durante a pandemia e hoje seguem um ritmo de retirada dos descontos concedidos aos lojistas, que se encontram numa situação financeira mais favorável do que eles se encontravam no início da pandemia. Setor shoppings.

Itaú BBA

HGRU11 – Esse fundo detém em seu portfólio ativos concentrados no estado de São Paulo (70%) e no segmento de varejo supermercadista (DY2021: 7,0% e P/VP:1,0x). É um fundo interessante ter em sua composição imóveis que estão preponderantemente em São Paulo com 91% de contratos atípicos de longo prazo, a partir de 2029. Setor misto.

RBRP11 – São 17 ativos imobiliários, sendo 9 edifícios comerciais, 2 instituições de ensino e 6 galpões. O Fundo conta com 6% em cotas de FIIs (DY 2021: 7,2% e P/VP 1,0x). É uma carteira híbrida, com possibilidade de desinvestimentos de ativos maduros com ganho de capital. Setor escritórios e logísticos.

VILG11 – Detém participação em 15 imóveis, espalhados por 6 estados – MG (34%), SP (21%), ES (21%), RJ (13%), RS (8%) e PE (6%) – (DY2021: 6,4% e P/VP:1,0x). Possui um portfólio diversificado com exosição ao e-commerce e ativos em regiões líquidas. Setor logístico.

LVBI11 – Fundo com 9 empreendimentos diferentes distribuídos entre os estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia com seu maior percentual (94%) de ativos de classe A (DY2021: 7,0% e P/VP:1,0x). Possui ativos em regiões líquidas e diversificação das fontes de receita. Também conta com dividend yield estimado acima da média dos seus pares. Setor logístico.

KNIP11 – Conta com investimentos com 60 CRIs. 98% da carteira indexada ao IPCA (DY2021: 10% e P/VP:1,0x). Carteira diversificada, com bom ativo, considerando a previsibilidade na geração de caixa e rentabilidade aderente ao benchmark. Gestores poderão destravar valor aos cotistas a partir de aquisições atrativas. Setor financeiro.

HGCR11 – Detém 81% dos investimentos em CRIs, 3% em renda fixa e 16% em cotas de fundos imobiliários (DY2021: 8,8% e P/VP:1,0x). Carteira diversificada com 40 CRIs, com operações  com garantias reais, ativos de boa qualidade e alta previsibilidade na geração de caixa, que são fatores atraentes para o fundo. Ativos financeiros.

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Por que investir em small caps? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/por-que-investir-em-small-caps/ Mon, 12 Jul 2021 22:58:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-investir-em-small-caps/ Muitas vezes ignoradas por investidores, as empresas de menor valor no mercado podem ser compreendidas como verdadeiros capitais valiosos, e são uma excelente alternativa para diversificar a carteira

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Empresas denominadas small caps são aquelas de menor valor de mercado e de certa forma ignoradas ou desprezadas por investidores por vários motivos. Desconhecimento, é um dos principais, crendice que possuem maior risco, ou seja, ignorância, incapacidade de investir pelo fato de gerir carteiras muito grandes, e mesmo carência de equipe de analistas e gestores para analisarem uma quantidade muito maior de empresas do que aquelas relacionadas ao índice Bovespa. Mas vejamos, qual o resultado desta renúncia ao precioso e interessante universo de investimentos das empresas menores, e o que significa small caps? E porque a Trígono decidiu focar seus investimento e fundos em small caps?

Werner Roger, executivo considerado uma referência no mercado financeiro de Small Cap.
Werner Roger, executivo considerado uma referência no mercado financeiro de Small Cap. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal).

Em minha vida profissional, durante 35 anos me dediquei a investidores institucionais, e entre 2007 e 2017 atuando como gestor da estratégia small caps atingindo quase US$1 bilhão sob gestão, talvez o maior gestor desta estratégia no Brasil.

Em 2008, fui selecionado como o primeiro gestor externo para a América Latina do maior fundo soberano do mundo e iniciando um portfólio no Brasil justamente com a estratégia small caps, com duas características notáveis: 85% da carteira deveria ser ativa em relação ao benchmark small caps e sem limite de tamanho das empresas ou liquidez. Dois anos após, fomos selecionados por uma grande endowment americana da maior universidade e justamente para a estratégia small caps, replicando nosso fundo de ações small caps aberto ao público. Mas porque estes prestigiosos e sofisticados investidores escolheram justamente a estratégia small caps para investir ativamente no Brasil ao invés de simplesmente investir em ETFs ou replicar índices?

Em 2017 iniciamos uma nova empresa, a Trígono Capital e entendendo perfeitamente por que estes dois investidores escolheram a estratégia small caps para investir em nosso país e através de uma boutique de investimentos com apenas US$ 30 milhões sob gestão, exatamente dez anos atrás. A resposta é diversificação e retorno superior no longo prazo em relação as empresas mais líquidas e maiores, além de boutique focada em nicho de mercado.  Na Trígono, nossa estratégia foi a mesma, mas dedicada ao varejo, ao invés do segmento institucional, acredito que somos a única gestora com este foco de investimento em small caps e neste público. Em pouco mais de 3 anos, alcançamos mais de 47 mil investidores e cerca de R$ 1,4 bilhões de ativos sob gestão e nossos fundos exibem o melhor desempenho em todas as categorias de investimentos, excluindo fundos exclusivos, monoação, BDRs e alavancados.

Melhores Fundos de Ações.
Melhores Fundos de Ações. Foto: Reprodução (MyNews).

Nossos dois fundos que completaram três anos em abril, Flagship Small Caps e Delphos Income, receberam 5 estrelas na prestigiosa empresa Morningstar que avalia mais de 600 mil fundos no globo, e sendo os únicos no Brasil a receberem a nota máxima nas categorias small caps e dividendos.

Responderemos inicialmente sobre a definição das small caps. É uma expressão em inglês que significa pequena capitalização ou empresas de menor valor de mercado. Pesquisando as maiores variadas fontes internacionais, genericamente são empresas com valor de mercado entre US$ 300 milhões e US$ 2 bilhões. Usando o índice MSCI World Small Caps como referência, encontramos um valor médio de US$ 1,92 bilhões e extremos de US$ 21,4 bilhões e US$ 54 milhões, portanto bastante amplo, com 4.463 empresas inseridas em 23 mercados desenvolvidos.

Na Trígono, adotamos discricionariamente este valor médio multiplicado pela taxa de câmbio de R$ 5,20, ou R$ 10 bilhões, mas não como média, mas teto. E como comentamos anteriormente, buscando o mercado de varejo, ignorado pelos maiores gestores nestas estratégias, que focam sua atenção no mercado institucional ou repicam o IBOV, focando nas empresas mais líquidas e maiores. Nossa vida foi facilitada pelo advento das plataformas digitais e com tíquete mínimo de R$250,00 acessamos um grande público desprezado pelos bancos e demais gestoras. Um desempenho ímpar dos fundos foi chave importante para este sucesso e crescimento quase sem paralelo no número de cotistas em tão pouco tempo.

No Brasil, a B3 utiliza um critério também discricionário para o índice SMLL ou small caps. Para tanto, considera as ações com maior valor e mais as negociadas que representam em ordem decrescente 85% das negociações e do valor de mercado, além de outros critérios e exigibilidades definidas pela B3 como free float (ações detidas por não controladores), presença no mercado etc. Não existe certo ou errado, mas critérios diferentes. A agência classificadora de risco,  S&P, através da subsidiária S&P Dow Jones Indices LLC criou em 1994 o índice S&P Small Caps 600 para empresas norte-americanas, com 601 empresas, valor consolidado de US$ 1,1 trilhões em 30 de junho de 2021. O  valor médio era de US$ 1,91 milhões e extremos de US$ 14,2 bilhões e US$ 147 milhões, e mediana (desconsidera os extremos) de US$ 1,6 bilhões. Portanto, o valor médio é o mesmo do nosso critério.

Outro índice importante é o Russel 2.000 que representa as 2.000 menores empresas por valor de mercado entre um universo das 3.000 maiores empresas listadas nos EUA, com uma média de valor de mercado de US$ 3,4 bilhões e mediana de  US$ 1,25 bilhões. Portanto, os critérios podem variar, nas exceto a B3 que considera também a liquidez, small caps na realidade é um critério de tamanho ou valor de mercado, ou capitalização, que representa o preço de uma ação multiplicado pela quantidade total de ações que representam o capital de uma empresa.

Algumas grandes gestoras, por não conseguirem atuar nesse nicho pelos motivos expostos acima abrigam-se na proteção dos índices. Para evitar riscos de performar abaixo dos índices de referência, investem nas maiores empresas e nas mais líquidas, e explicam a seus investidores que tal escolha se deve ao risco excessivo envolvido nas small caps. Será?

Voltamos há sete anos, até 31 de dezembro de 2013, para conferir. Verificamos o valor de mercado, à época, de empresas então típicas small caps e de outras maiores, fora desse universo e o que aconteceu nos últimos sete anos.

Valorização small caps.
Valorização small caps. Foto: Reprodução (MyNews).

Baseados nestes simples exemplos, é possível dizer que as empresas small caps apresentam maior risco? Estas são algumas amostras, mas não são nem de longe as únicas. Não vamos nem citar Magazine Luisa pela excepcionalidade. Conferindo: a Petrobras teve valorização de 90% nos sete anos considerados – muito abaixo das small caps apresentadas. A Ambev, símbolo de empresa bem gerida, líder absoluta de mercado, controlado por excepcional grupo de empresários, rendeu apenas14,2% em sete anos – e se trata de ação obrigatória em todos os índices e gestores de large caps. Ultrapar, cujo nome já enaltece a empresa, considerada uma das de melhor gestão, com negócios de baixíssimos riscos, rendeu negativamente 0,2%, ou zero.    

Pois bem: um gestor ou fundo avesso a small caps estaria renunciando a estas empresas small caps hoje, e se alguém fizer, daqui a sete anos, o mesmo levantamento que fizemos, a situação se repetirá. Várias small caps de hoje terão uma valorização muito maior do que as large caps ou blue chips atuais. E estaria cheio de Ambev, Ultrapar, Petrobras e BR Foods. Façam a sua escolha. As grandes empresas como Petrobras, Vale, Itaú, Bradesco e AMBEV representam a velha economia e pelo próprio porte, de crescimento muito limitado. Já as small caps trazem um grande número de empresas da nova economia, e a cada dia incrementada pelos IPOs, sendo vários ligados a tecnologia e setores emergentes que sequer existiam há dez anos. Qual o futuro, a velha ou nova economia?

As tabelas abaixo demonstram o que comentamos. Em várias janelas temporais comparamos o IBOV, o mais utilizado pelo mercado e guia para construção das carteiras pela maioria das gestoras, o índice SMLL e o IDIV, índice que representa as “boas” pagadoras de dividendos pelos critérios da B3, além da volatilidade anualizada dos três índices.

Grafico-3

O IBOV é de longe o índice de pior performance, mesmo com as gigantes Vale, Petrobras, Itaú/Itausa, Bradesco, a própria B3 e AMBEV que representam 44% do índice. O SMLL é o líder nas diferentes janelas, exceto em 10 anos quando é superado pelo IDIV. E mesmo em termos de volatilidade, o IBOV é o pior nas janelas mais longas. Portanto, se volatilidade é parâmetro de risco, de longe é o pior índice, tanto em retorno, como volatilidade, e o SMLL o melhor desde sua criação em abril de 2008.

Um fator bastante importante é o tamanho das gestoras e dos fundos. Basta verificar o desempenho das grandes gestoras para observar que seus fundos não estão entre os de melhor desempenho. Quanto maior o tamanho, maior a dificuldade em mudar de posição, com elevado custo de transição, pois a venda ou compra de grandes volumes acabam impactando os preços das ações. Ou seja: quanto menor a liquidez das ações, maior o impacto provocado por grandes operações de compra e venda. Eis porque grandes gestoras e fundos evitam small caps. Mas fica mais “lógico” citar o mito do risco, ao invés da incapacidade ou inviabilidade de investirem nestas empresas.

Podemos também observar fundos que, ao longo de sua história, acumulam excelente desempenho, mas o alfa (retorno adicional sobre o índice de referência) anual gerado vai-se estreitando à medida que o fundo cresce ao longo do tempo. Na avaliação da performance, isso acaba por passar despercebido, e os gestores ou fundos que geraram tal desempenho, especialmente nas fases iniciais (quando os fundos eram bem menores e as estratégias bastante diferentes, e até os gestores e equipes de investimento) acumularam uma reputação tal que, mesmo sem desempenho superior em anos mais recentes, continuam a receber o crédito pelo desempenho positivo na fase inicial. Lembremos: desempenhos diferenciados no passado não beneficiam os novos investidores em tempos atuais nem, por falar nisso, os antigos que mantêm seus investimentos pela satisfação histórica – estes seguem aquele famoso ditado: em time que está ganhando não se mexe.   

Mas será de fato a liquidez um fator impeditivo para se investir em small caps? Analisando a liquidez média das 30 maiores posições do índice SMLL da B3 obtivemos uma média diária de R$ 124 milhões. A soma destas participações representa 59,2% do índice. Se considerarmos as dez posições mais líquidas, a liquidez diária média é de R$ 231 milhões e acumulando R$ 1,85 bilhões diariamente em média, com 21,7% de representatividade no índice. Portanto, será este mercado ilíquido?

Fazendo uma raciocínio análogo na Trígono, nossas dez maiores posições combinadas em todos os fundos, possuem em média uma liquidez de R$ 15,4 milhões diários. Tais posições representam 82% dos ativos sob gestão. O valor médio de mercado destas empresas é de R$ 4,5 bilhões, ou menos da metade do nosso teto ou alvo de R$ 10 bilhões. Já no índice SMLL, o valor médio de mercado das dez maiores em ordem decrescente é de R$ 16,2 bilhões, ou US$ 3,2 bilhões, e para todo o índice R$ 6,2 bilhões. Novamente voltando à Trígono, se fizermos o cálculo da capitalização de mercado multiplicado pela % de cada empresa em relação a todos os fundos, a capitalização média é de R$ 4,2 bilhões e liquidez média diária de R$ 18,4 milhões.

Uma vez que a liquidez de fato não é problema para se investir em small caps, nos parece que de fato é o desconhecimento, ou mito de small caps serem mais arriscadas, fato sem procedência. Para nós o maior risco é o gestor selecionar mal as empresas que compõe o fundo, independentemente do tamanho das empresas.

Mas porque as small caps desempenham melhor no longo prazo? Diversos são os fatores. Maior crescimento e menor necessidade de capital para uma empresa small caps em relação a uma gigante. Seria possível um Itaú, Vale ou Petrobras dobrar de tamanho em 3 anos ? Nas small caps, inúmeros são os casos, especialmente aquelas ligadas a nova economia ou ligadas a tecnologia que mais que dobraram de tamanho e tão pouco tempo.

Outro ponto muito importante é a ineficiência de mercado. Quanto maior, mais liquida e maior peso nos índices, maior será a quantidade e qualidade de analistas de sell-side e buy-side analisando as empresas. Portanto, melhor será a precificação e menor a possiblidade de encontrar alguma ação barata. Já nas small caps e empresas menos líquidas acontece o oposto e é neste universo pouco explorado que a Trígono encontra as “pechinhas” e irá arbitrar as ineficiências de mercado.

As empresas menores estão mais sujeitas e eventos como M&A, como recentemente ocorreu com a Tupy adquirindo a Teksid, onde a maior do mundo em determinado nicho adquire a vice-líder e tem a aquisição aprovada pelas agências regulatórios com pequenas restrições. Imagine se tal fato seria possível em grandes empresas? Outros eventos são a possibilidade de empresas serem adquiridas a receberem tag along, ou fechamento de capital com pagamento de prêmio sobre o valor de mercado. Ou então a evolução no nível de governança, como de nível básico (denominado tradicional) para o Novo Mercado, e finalmente eventos de follow on trazendo mais liquidez e visibilidade. A atuação em nichos com barreiras de entradas é típica de small caps, já que um negócio grande e próspero rapidamente atrairia concorrência deste mundo cada vez mais globalizado. Em nichos relativamente pequenos, grandes empresas não se interessam por serem irrelevantes e apenas uma distração do foco ou negócio principal.

Finalmente, mas sem esgotar as razões que explicam o melhor desempenho das small caps, é o acesso aos executivos, conselheiros e controladores, fato raro nas grandes empresas que normalmente atendem os pequenos investidores e gestores em conferências e ainda muito seletivamente.

Olhando para frente, a maior parte dos IPOs será constituídas por small caps e que representam a nova economia, notadamente ligadas a tecnologia ou novos setores, como ligados ao agronegócio, meio ambiente, energia limpa, e-commerce, enquanto que o IBOV permanece com as suas blue chips da velha economia e que de vez em quando recebe um intruso como BTG, Magazine Luisa, Via ou WEG, que até pouco tempo atrás eram small caps ou patinhos feios desprezados pelo mercado. 

Esperamos ter conseguido explicado por que investir em small caps, que como demonstrado gera um retorno superior no longo prazo, proporciona diversificação e redução de riscos, e porque a Trígono decidiu estrategicamente focar seus fundos neste segmento e atender um público enorme relegado pelos grandes bancos e gestoras.


Quem é Werner Roger?

Executivo considerado uma referência no mercado financeiro de Small Caps, Werner Roger é o CIO (Chief Investment Officer) da Trígono Capital, com 39 anos de experiência no mercado financeiro, sendo os últimos 24 anos em gestão de recursos de terceiros. Iniciou a carreira no Chase Manhattan em 1982 e atuou no segmento de crédito, M&A, proprietary equity e transações estruturadas na divisão Corporate Bank até 1990. Passou por organizações líderes mundiais como o Banco Chase Manhattan, Citibank, Western Asset Management (Legg Mason), além da boutique Victoire Brasil Investimentos, da qual foi um dos sócios-fundadores. Formado em Engenharia Agronômica em 1981 pela Universidade Estadual Paulista – Unesp. Certificações – Gestor CVM, PDC Fundação Dom Cabral, CPA-20 ANBIMA, Certificação de Gestores ANBIMA (CGA).

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Juntos nesta jornada https://canalmynews.com.br/mara-luquet/juntos-nesta-jornada/ Mon, 12 Jul 2021 13:31:47 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/juntos-nesta-jornada/ Para além dos investimentos, a vivência no mercado financeiro ensina como se portar perante os tempos de crise e de euforia. A chave para o sucesso, no entanto, é uma só: informação de qualidade

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Comecei no jornalismo econômico como estagiária em 1989. Naquele ano, a inflação anual, pelo IPCA, atingiu 1.973% e eu ganhava 2.900 Cruzeiros Novos. Em junho de 1993, meu salário atingiu a fantástica cifra de 55 milhões de Cruzeiros, mas nem por isto me sentia uma milionária. Não era para menos, a inflação entre as duas datas foi de 1.271.780%. Sequer conseguia pagar meu aluguel. Era um tempo em que não se podia planejar nada.

MyNews Investe é o novo programa da grade MyNews.
MyNews Investe é o novo programa da grade MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

Em 1998, fui convidada por Otávio Frias, o querido e saudoso Sr. Frias, para criar um caderno semanal para a Folha de São Paulo que ajudasse os leitores a entender mais sobre finanças pessoais. Visionário que era, Sr. Frias sabia que, com a estabilidade monetária conquistada em 1994, os brasileiros passariam a demandar mais informações para, finalmente, planejar seus investimentos.

Criamos então o Folhainvest, o primeiro caderno puramente dedicado à educação financeira e finanças pessoais da grande mídia. Naquele quarto ano após o Plano Real, a inflação anual (IPCA) rondava os 5%, no entanto, a taxa Selic anual era de 25,25%, fazendo do Brasil o reino da renda fixa por muitos anos.

Também fiz parte do time de jornalistas que criou o jornal Valor Econômico em 2000, onde idealizei e me tornei a editora do caderno Eu&Investimentos. 

Durante todo este período cobrindo finanças pessoais, vivenciei várias crises financeiras: a crise do México em 1995; a asiática, em 1997; a russa, em 1999; a da desvalorização do real, em 1999; a da transição do governo FHC para o governo Lula em 2002. Também atravessei tempos de prosperidade como a evolução positiva do índice Ibovespa de 2003 a junho de 2008, quando foi atingido pelos reflexos da crise do subprime.

Enfim, vivi e cobri tempos de crises e de euforias do mercado nestes 30 anos de jornalismo econômico. Aprendi que é preciso ter moderação nos momentos de euforia e cautela, sangue-frio, nos de crise, quando costumam surgir boas oportunidades de negócios.

Mas, você deve estar se perguntando: aonde a Mara quer chegar com toda esta conversa? Meu objetivo é alertá-lo que a redução da taxa de juros, além de despertar a busca por mais rentabilidade em mercados de maior risco, fez surgir uma infinidade de “conselheiros” de investimentos como nunca se viu. 

O escudo para não cair em falsas promessas de enriquecimento fácil é informação de qualidade, independente, confiável. Essas três décadas de cobertura do mercado financeiro me mostraram que muitos desses “gurus” ou “magos” das finanças não sobrevivem ao primeiro chacoalhar do mercado. Agora mesmo, nesta crise produzida pela pandemia de covid-19, vi muitos “gênios” das finanças desaparecerem da mídia simplesmente porque não sabiam o que dizer. 

No MyNews criei agora o MyNews Investe que estreia nesta semana. Aqui você vai encontrar jornalistas profissionais comprometidos em buscar fontes confiáveis para levar a você informações sobre o mercado financeiro a fim de facilitar suas escolhas. Você vai ficar sabendo quem é quem no mercado financeiro: quem pode gerir carteiras; quem fiscaliza; quem pode indicar investimentos, os riscos, as oportunidades e como fazer com que sua carteira de investimento seja bem-sucedida. Ouvindo sempre as fontes mais confiáveis do mercado. 

Neste mundo pós-pandemia, serão muitos os desafios, mas também as oportunidades. Novos mercados, novos comportamentos, novos problemas, novas soluções. Certamente, estaremos juntos nesta jornada.

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Atendimento domiciliar: a aposta do mercado de saúde https://canalmynews.com.br/economia/atendimento-domiciliar-a-aposta-do-mercado-de-saude/ Tue, 18 May 2021 21:17:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/atendimento-domiciliar-a-aposta-do-mercado-de-saude/ Iniciativas de home care recebem recursos de fundos de investimento e podem ser tendência

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Apesar de não ser obrigatório nas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o atendimento médico domiciliar é uma tendência do setor de saúde no Brasil e no mundo. De olho neste filão, a Crescera Capital, gestora com mais de R$5,2 bilhões em carteira, investiu na Domicilie, empresa especializada em home care.

Após a aquisição, acertada por um valor não divulgado, a Domicilie se fundiu com outra companhia do setor, a Homedical.

João Paulo Silveira, CEO da Domicilie, afirma que não pode revelar o faturamento da empresa “por questões de compliance” e por estar em negociações, mas diz que a Domicilie já atende mais de 3.000 pacientes, com atuação em mais de 250 cidades, com a mão de obra direta e indireta de cerca de 3.000 funcionários.

O CEO afirma que o plano de negócio da empresa passa por meio de acordos com planos de saúde, que contratam a Domicilie. A companhia já tem acordos com mais de 30 planos de saúde.

“É uma concessão que o plano faz para alguns pacientes que se enquadram no perfil para o atendimento. É melhor para o plano de saúde, em alguns casos, em algumas doenças ou alguns estágios de algumas doenças, cuidar desses casos em casa, do que deixá-los no hospital. Alguns estudos mostram que é mais econômico, mais otimizável o custo, de 40% a 60%. Alguns casos, eles já poderiam estar fora do equipamento hospitalar”, diz Silveira ao MyNews.

O CEO destaca que o tratamento doméstico pode ser benéfico para o paciente, que fica próximo da família e do conforto de seu lar, e para o plano de saúde, que consegue aumentar a rotatividade de seus leitos.

Os preços para os serviços da Domicilie variam entre R$ 50 e R$ 1.000, com serviços que vão desde a aplicação de uma injeção até a implementação de leitos hospitalares domésticos, com respiração artificial.

Com a pandemia, Silveira estima que a Domicilie cresceu 30% em 2020 e outros 30% em 2021. E o crescimento não deve parar, acredita o CEO, que enxerga o Brasil atrasado em relação a países em que o home care é uma realidade há mais tempo, como os Estados Unidos.

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Previdência privada pode ser opção para garantir renda https://canalmynews.com.br/economia/previdencia-privada-pode-ser-opcao-para-garantir-renda/ Tue, 11 May 2021 21:34:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/previdencia-privada-pode-ser-opcao-para-garantir-renda/ Existem alternativas ao sistema público de previdência, confira no Guia do Cooperativismo Financeiro do Sicoob

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Quanto antes você se preparar para o dia em que não vai trabalhar mais, melhor. E quando essa data chegar, você poderá desfrutar de uma aposentadoria privada para garantir renda e estabilidade financeira para o seu padrão de vida.

Uma sopa de letras é usada para definir diferentes tipos de aposentadoria, confira as diferenças entre os diferentes planos: no PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), você tem um benefício fiscal e pode deduzir 100% das suas contribuições, limitado a 12% da sua renda bruta anual, para quem faz a declaração de imposto de renda completa. Mas, lá na frente, na hora de receber, você vai pagar imposto de renda sobre toda a reserva acumulada.

Já no VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), esse benefício de dedução fiscal não existe, você paga imposto de renda todos os anos, mas na hora de receber, você paga o imposto apenas sobre a rentabilidade. Essa opção normalmente é melhor para quem faz a declaração simplificada, que não vai ter o benefício fiscal do PGBL.

Outra modalidade é o fundo de pensão. Ele tem o mesmo benefício tributário do PGBL, a diferença é que os fundos de pensão são oferecidos por entidades fechadas de previdência complementar, que não tem fins lucrativos e são submetidos a outro tipo de regulação.

“A previdência complementar funciona em um regime que nós chamamos de capitalização. O valor que você vai acumulando mensalmente é o valor que vai gerar a sua receita, a sua renda no futuro, no momento que você precisar e perder sua capacidade laboral, a capacidade de trabalho”, afirma Valeska Oliveira, gerente de Investimentos e Previdência do Sicoob.

Oliveira destaca que para escolher seu plano de previdência privada, é importante analisar diferentes fatores, como as declarações de imposto de renda que costuma fazer e qual é seu perfil de investidor.

“Se você é jovem, se você está começando sua vida laboral agora, esse é o momento de você entrar em um plano de previdência. Quanto maior o tempo que você tiver, menor vai ser o esforço para acumulação, o tempo vai trabalhar a seu favor, porque você vai ter a possibilidade de acumular mais recursos de uma forma mais tranquila, a sua escalada vai ser menos íngreme”, diz a representante do Sicoob.

Você pode conferir mais informações sobre os planos de previdência privada do Sicoob no site da cooperativa.

 

 

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Ativos judiciais e precatórios podem render até 20% ao ano, diz investidor https://canalmynews.com.br/economia/ativos-judicias-e-precatorios/ Fri, 19 Feb 2021 13:09:34 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ativos-judicias-e-precatorios/ Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para obter retorno. Ativos não tão populares são alternativas

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Impactada pelos juros baixos, a renda fixa vem se caracterizando como uma alternativa de investimento invariável, incapaz de oferecer uma rentabilidade atraente para os investidores.

Acrescida pela democratização da educação financeira, a ampliação das carteiras de aplicação se configura como a principal tendência dos mercados, influenciando sobre a maneira de pensar efetivamente os investimentos, exigindo segurança de seus agentes.

Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para aumentar os lucros.
Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para aumentar os lucros. Foto: Pixabay (Reprodução).

Certamente, esse movimento pode ser explicado pela queda nas taxas de crédito, exigindo mudanças do investidor. Acostumado a ganhar dois dígitos aportando em títulos públicos e CDBs, ele precisa se reinventar em um cenário de juros reais negativos. Ou seja, para rentabilizar a carteira acima da inflação se faz necessário buscar alternativas aos produtos tradicionais, como a poupança e o tesouro direto, por exemplo. 

Diante desse cenário, os investimentos em ativos alternativos de alta rentabilidade e não correlacionados à performance da bolsa de valores são uma boa opção. Neles, o prêmio de risco está ligado principalmente à iliquidez, conferido e protegido pela volatilidade e posicionamento estratégico em ativos que possuem uma relação risco-retorno interessante.

De acordo com Caio Fasanella, CEO da fintech de investimentos Balko, aplicações não tão populares como ativos judiciais, direitos creditórios e precatórios são algumas dessas possibilidades.

“São investimentos relativamente novos para o investidor, pessoa física, no Brasil, mas que o investidor institucional já investe há mais de dez anos – bancos e grandes fundos já possuem precatórios de investimento há algum tempo. Plataformas como a Balko têm surgindo para que essas aplicações sejam mais acessíveis, fazendo com que o investidor, a partir de um montante relativamente pequeno, tenha à disposição esse tipo de ativo na carteira dele”.

Fasanella falou também sobre as vantagens dos precatórios, definidos como uma espécie de requisição de pagamento referente à condenação em processo judicial da Fazenda Pública para valores totais acima de 60 salários-mínimos por beneficiário.

“Sobre precatórios, temos um ativo com volatilidade muito menor, em que o potencial de retorno dele é dado pelo deságio no momento da compra. Por outro lado, há menos liquidez, ou seja, o investidor tem que estar preparado para aguardar o prazo de pagamento estipulado pelo governo, que pode oscilar… É muito importante que o investidor se apoie em plataformas e especialistas, porque o ativo judicial requer atenção na diligência dos ativos, para que o risco de comprometimento do crédito seja superado”, elucidou.

Entrevista com Caio Fasanella: 22:50 – 30:15

Nos casos dos títulos públicos, o investidor vai ter exposição através do Tesouro Direto, por exemplo, tendo acesso aos ativos disponíveis em sua corretora. “Já no caso dos precatórios, falamos de um mercado completamente diferente: o acesso a esses ativos está nascendo para o investidor, e, por mais que haja um risco de crédito semelhante, até pela questão da complexidade e falta de liquidez, temos um prêmio de risco interessante”.

Em comparação direta, pode-se dizer que ao acessar o Tesouro Direto, um investidor se depara com títulos de curto prazo prefixados em 5% ou 6% de lucro ao ano. Encontrando uma oportunidade de precatório, o aplicador pode atingir retornos “acima de dois dígitos (falamos de precatórios federais próximos a 15%, 20% ao ano de rentabilidade)”.

O CEO da Balko concluiu a questão afirmando ser de extrema importância “que o investidor tenha uma carteira diversificada, tanto em títulos públicos, renda fixa, quanto em alternativos. Se o investidor puder construir uma carteira que tenha, por exemplo, criptoativos, precatórios estaduais e federais e ativos judiciais, ele está encontrando o segredo para conseguir um retorno sustentado, sem correr grandes riscos”.

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Investimento estrangeiro no Brasil despenca 50% em 2020 https://canalmynews.com.br/economia/investimento-estrangeiro-no-brasil-despenca-50-em-2020/ Wed, 03 Feb 2021 21:25:16 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimento-estrangeiro-no-brasil-despenca-50-em-2020/ O resultado é o pior desde a crise de 2008. Com menos investimento, multinacionais passaram a deixar o país.

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Investimento estrangeiro no Brasil despenca 50% em 2020
Fábrica da Ford, em Camaçari (BA), uma das unidades fechadas com a saída da montadora do Brasil.
(Foto: Divulgação/Ford)

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 34 bilhões em 2020. O valor representa uma queda de 50% em relação a 2019. Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

O resultado é o mais baixo em 11 anos, quando houve a crise de 2008. O investimento direto no país (IDP) engloba investimentos mais duradouros – exemplo: expansão da capacidade produtiva de uma fábrica ou investimento das empresas em novas filiais aqui no Brasil. 

Com menos investimento externo entrando no país, as empresas passaram a enxugar as operações no Brasil.

No início deste ano, a Ford deixou o país e fechou três fábricas. Em dezembro, a Mercedes decidiu deixar a fabricação de carros no Brasil e encerrou a operação da unidade de Iracemápolis (SP). A empresa alemã decidiu continuar apenas com a fabricação de caminhões.

Outra gigante que encerrou as operações no brasil foi a Sony, que tinha uma fábrica operando há 50 anos na zona franca de Manaus. A empresa vendeu a unidade para a fabricante brasileira de eletrodomésticos Mondial

No varejo, anúncios recentes vieram da Zara e da Forever 21. A Zara anunciou na semana passada o fechamento de sete lojas no Brasil. Segundo a empresa, o movimento faz parte de um plano de reorganização global com foco na venda digital. 

Já a varejista Forever 21 anunciou o fechamento de todas as 11 lojas da marca em shoppings da rede Multiplan. A empresa não conseguiu fechar uma negociação com a administradora sobre os contratos de locação. 

Antes delas, Walmart e Fnac também fecharam as operações no brasil. A empresa de patinetes Lime foi embora em janeiro de 2020, seis meses depois do início das operações no Brasil.

Saída dolorosa

O economista e presidente da Inter.B Consultoria, Claudio Frischtak, destaca que há problemas domésticos e que a decisão de deixar o país também gera custos.

“Seja em termos de tamanho da população, extensão de território, diversidade e tamanho do PIB, o Brasil deveria ser um país razoavelmente atraente e não seria um país fácil de sair. É uma economia fechada, com barreiras à competição, uma economia de muitas dificuldades para as empresas operarem, com insegurança jurídica e imprevisibilidade regulatória. Não é um fator único, é a soma desses fatores”, analisa.

A saída recente do Brasil de empresas como Sony e Ford trouxe de volta ao debate econômico a chamada desindustrialização vivida pelo país. Fatores como os citados por Frischtak se encaixam dentro do que muitos especialistas e empresários enxergam como “custo Brasil”, ou seja, a dificuldade de se fazer negócios em território nacional.

Em 2017, o Banco Mundial posicionou o país na 123ª posição entre 190 nações do Doing Business Ranking, lista em que as classifica pela “facilidade em se fazer negócios”.

Um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) realizado pelo Estadão/Broadcast e publicado no jornal O Estado de S. Paulo em janeiro mostra que, entre 2015 e 2020, 36,6 mil unidades fabris foram fechadas no país, o equivalente a cerca de 17 por dia.

A saída das empresas também é dolorosa para a economia nacional. Uma estimativa feita em novembro de 2019 pelo Movimento Brasil Competitivo em parceria com o Ministério da Economia mensura o tamanho do rombo: R$ 1,5 trilhão, drenados das empresas instaladas no território nacional em função de problemas estruturais, burocráticos, trabalhistas e econômicos.

Em reportagem publicada em 19 de janeiro, especialistas ouvidos pelo MyNews frisaram que somente a implementação de reformas que dinamizem o ambiente nacional e deem segurança jurídica ao setor produtivo podem evitar a chamada desindustrialização.

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O valor da nossa hora https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/o-valor-da-nossa-hora/ Mon, 01 Feb 2021 12:08:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-valor-da-nossa-hora/ O seu tempo é o seu maior investimento, e não o salário

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Alguns assuntos costumam estar sempre na pauta: investimento, gestão do dinheiro, dívidas e carreira são alguns deles. Mas sinto que falta um componente importante nessa reflexão: o nosso maior investimento é o que fazemos com a nossa hora, e não o que fazemos com o resultado dela, o salário.

Um jeito fácil de entrar nessa questão é o seguinte: se fôssemos prestar um serviço para alguém, qual seria o valor da nossa hora? O que realmente sabemos fazer para merecer um pagamento? Quais são os resultados que entregaríamos para aquela empresa?

A reflexão vale por vários ângulos:

  • Investir a sua hora naquilo que você é realmente bom e naquilo que mais tem condições de entregar;
  • Prestar atenção em aspectos que influenciam a entrega: ser um líder, recursos que possui, experiência, tipo de empresa etc.;
  • Projetar um sistema de incentivos (remuneração fixa, bônus por entrega, bônus coletivo ou individual etc.).
    No meu dia a dia, vejo inúmeros executivos e empresas derraparem quando chega o momento de tomar uma decisão nesse tipo de momento. Vários profissionais entram em projetos completamente desconectados com eles, em vários aspectos. E por que isso acontece? Porque ainda usamos alguns fatores óbvios para tomar decisões de carreira: aumento de salário, subida de cargo etc.
    Se você começar a expandir essa análise para outros aspectos, a decisão pode ser mais precisa. Experimente fazer algumas perguntas para o contratante:
  • Por que a vaga está aberta?
  • Quem estava nela antes?
  • Quantas pessoas já passaram por essa função?
  • Qual é a rotatividade da empresa?
  • O que dizem os que saíram daqui?
  • Quem vai ser o meu chefe? Quanto tempo ele está na função e na empresa? O que fazia antes?
  • Em uma projeção de final do ano, o que eu terei de entregar para que consiga tirar uma nota 10? Quais são os meus objetivos do ano?
  • Há em curso alguma mudança na estratégia da empresa? Como ela pretende competir no mercado?
    Enfim, todo candidato tem o direito (e o dever) de fazer perguntas e de avaliar qual será o local em que irá “prestar serviço”, pois o seu tempo é o seu maior investimento, e você não quer perder tempo em um lugar que você para o qual fará um investimento e não terá um retorno de longo prazo.

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Coqueluche entre investidores, day trade promete ganhos que quase nunca se concretizam https://canalmynews.com.br/economia/coqueluche-entre-investidores-day-trade-promete-ganhos-que-quase-nunca-se-concretizam/ Mon, 18 Jan 2021 20:28:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/coqueluche-entre-investidores-day-trade-promete-ganhos-que-quase-nunca-se-concretizam/ Percentual de quem tenta a técnica para lucrar, mas perde dinheiro, chega a 97%

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“O excesso de habilidade provoca uma ilusão nos investidores, e é uma cultura arraigada no mundo do mercado financeiro”. Quem joga essa verdade na roda não é um qualquer, mas Daniel Kahneman, referência mundial em economia comportamental. Quanto mais qualificado, mais o investidor que opera day trade — ou seja, compra e venda de ativos no mesmo dia — , acredita que vai conseguir vencer o mercado ao longo do tempo. Mas poucos conseguem.

Mais precisamente 3%, segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada vez mais atenta à atividade que promete ganhos graúdos sem pegar no batente. Promessa que quase sempre passa longe de se concretizar.

Adotar a “profissão day trader” trabalhando da praia ou de qualquer lugar do mundo, no que agora se cunha como ser um “nômade digital”, é uma tendência notável: em comparação com 2019, houve um crescimento de 50% no número de pessoas que realizaram pelo menos uma operação dessa natureza em 2020. Segundo a CVM, somente no Brasil hoje são cerca de 300 mil traders.

Essa prometida liberdade de ir e vir, não bater ponto e ainda ter uma atividade que pague muito melhor do que empregos formais foi o que impulsionou o cientista de dados José Carlos Bezerra Filho, 31, a embarcar no day trading. E ele não é exatamente um aventureiro: ainda adolescente, aos 16 anos, começou a ler e pesquisar sobre o assunto (sem nenhum incentivo em casa, apenas curiosidade pelo mundo de Wall Street, que via nos filmes). Aos 18, abriu conta em uma corretora de valores quando o assunto ainda era muito mais restrito. “Com 19 anos, já na faculdade, fiz a prova da CVM, passei e comecei a trabalhar como assessor de investimentos”. Atuou em grandes corretoras e chegou a ser sócio em uma, no ramo de seguros.

Com 26 anos, começou a idealizar um estilo de vida diferente, de poder viver em vários lugares num mesmo ano e, pela experiência no setor financeiro, veio à cabeça virar trader.

Começou a empreitada em 2016 operando contratos de dólar (feitos por meio dos contratos “cheios” ou minicontratos). Operava três por mês, e tirava cerca de R$ 6 mil — valor bem considerável se levarmos em conta o rendimento do brasileiro, que foi de R$ 2.308 em média no ano de 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao seu lado, José viu pessoas chegarem a cifras de R$ 40 mil mensais. Sentiu-se seguro para “aumentar a mão”. “Você ganha a confiança, vem a ganância” sentencia. Foi aí que ele começou a perder dinheiro e a entrar no que ele define como uma “bola de neve”.

“Você perde R$ 5 mil num dia, no outro se sente um lixo. No desespero de recuperar, perde mais. Eu saí dessa aventura com uma dívida que eu achei que nunca conseguiria quitar na minha vida”. O montante chegou a R$ 250 mil. E o patrimônio que ele tinha conquistado lá atrás, começando a investir cedo, se esvaiu.

Day trade promete ganhos que quase nunca se concretizam: José Bezerra, que perdeu dinheiro como trader
José Bezerra, que perdeu dinheiro como trader.
(Foto: arquivo pessoal)

Fora as perdas econômicas, vieram também as emocionais: em depressão, ele precisou fazer tratamento psiquiátrico e psicológico, e retornou ao mercado formal de trabalho. “Mas aprendi tanto que valeu a pena”, fala o cientista de dados. Tanto que não ficaram traumas: ele pretende, um dia, voltar a ser trader.

“A primeira coisa se, eu pudesse voltar lá atrás, era ter acompanhamento psicológico sempre, para evitar o looping da perda e saber quando parar. Na época, eu fui com 100% do meu patrimônio. Hoje, eu iria com 30%”, pondera.

Atividade arriscada

O objetivo da prática de day trade é que o investidor obtenha lucro pela oscilação intradiária de preço de um ativo financeiro: o lucro é proveniente da venda por um preço maior do que o da compra. As operações ocorrem no mercado à vista (ações) ou derivativos (contratos futuro de dólar e índices da bolsa de valores). O maior desafio é acertar o timing do mercado, ter consistência de lucro no longo prazo e estudar muito as teorias de análise técnica (que se baseia na análise gráfica), e na fundamentalista (que analisa os aspectos econômicos e financeiros da empresa, o valuation).

“De partida, já é uma atividade desfavorável para uma pessoa física operando de casa, da praia. O timing é uma questão de segundos. Há os chamados high traders, que têm a informação mais rápido, e os grandes bancos, que pagam algoritmos de negociação. As pessoas estão disputando em um jogo muito desigual” salienta o economista Fernando Chague, da Fundação Getúlio Vargas. Junto com Bruno Giovanetti, ele é autor do estudo que que analisou os resultados de day trade em ações de 93.378 pessoas no Brasil, que começaram entre 2013 e 2016, e operaram até 2018. Deste montante, apenas 127 indivíduos apresentaram lucro bruto diário médio acima de R$ 100 por mais de 300 pregões.

A pesquisa dos economistas aponta ainda que 99% das pessoas não persistiram na atividade, com menos de 300 pregões em day trading. Logo, a prática, neste caso, não leva à perfeição (ao contrário de outros trabalhos onde, via de regra, se evolui com o tempo). A sorte costuma ser a maior aliada nos casos bem-sucedidos, pela natureza da atividade,

“No primeiro dia você ganha R$ 100 em uma hora, e a euforia te faz achar que vai ganhar dinheiro rápido. Mas o mercado é volátil, sobe e desce muito rápido. O patrimônio pode virar pó em um dia”, diz a especialista em investimentos da Magnetis, Rafaela Silveira.

Expectativa de grandes ganhos sem sair de casa a partir do day trade quase nunca se confirma
Expectativa de grandes ganhos sem sair de casa a partir do day trade quase nunca se confirma.
(Foto: Pixabay)

Vida fácil?

O fenômeno dos traders não é específico do Brasil: a ilusão de que basta esforço e estudo sobre o tema e que irá se ganhar muito dinheiro em pouco tempo é atraente – e vendável. A profusão de youtubers que começaram a falar de educação financeira trouxe também influenciadores focados especificamente em day trade, que começaram a vender cursos e apresentar promessas de lucro muito acima do que se consegue em um perfil de investidor que diversifica a sua carteira entre renda fixa e variável.

Recentemente, ficou famoso o caso do investidor Vinicius Loureiro Ibraim, que negociava títulos ao-vivo em lives transmitidas durante o pregão da Bolsa de Valores Brasileira (B3), e vendia rentabilidade de até 10% ao mês. Tudo isso sem nenhum registro na CVM. Em situações como essa, a Comissão costuma soltar alertas ao mercado, o chamado “stop order”, como uma medida de cautela quando uma pessoa está operando por outros sem certificação ou autorização, ou de empresas não autorizadas a funcionar no mercado.

“Acima de 10% ao mês é muito alto. Se o Warren Buffett, que é o maior investidor do mundo, tem uma carteira que rende 20% ao ano, como vou ter isso em um mês? Isso não existe” adverte a especialista em finanças Carol Dias, fundadora do canal Riqueza em Dias, no YouTube.

“A pergunta que mais escuto é: o que preciso fazer para ter R$ 1 milhão? O que enriquece a gente é trabalhar e potencializar os investimentos para, em um momento da vida, ficar confortável e viver de renda. Não existe enriquecer em poucos dias. São promessas inadmissíveis. Ninguém aprende a mexer na bolsa de valores em três dias”, completa.

Carol crê ainda que a abordagem desses influenciadores vêm em um péssimo momento, em que as pessoas estão mais vulneráveis e apreensivas para ganhar dinheiro. “É uma hora importante de falar de educação financeira, para o brasileiro ter reserva de emergência nesse momento delicado que estamos passando. E tem pessoas ensinando a perder dinheiro, infelizmente”. Investidora há 10 anos, ela não indica nem faz day trade. “Acho difícil acertar o timing. Enriquecer é uma jornada. Sempre alerto, cuidado. Dinheiro não é parque de diversão”.

E quem quer arriscar?

Para quem deseja experimentar este mercado, a CVM orienta, primeiramente, que o investidor estude muito sobre as teorias de análise técnica. Em resumo, o day trade funciona da seguinte forma: escolher uma corretora de valores, abrir uma conta, efetuar depósito de margem operacional, escolher o mercado que quer operar (à vista ou derivativos), abrir o home broker, seguir uma metodologia, efetuar a operação e realizar o lucro ou prejuízo.

Rafaela Silveira, da Magnetis Investimentos, explica que esse último ponto é um dos mais importantes: o stop game e stop loss. “Anote todos os dias em suas operações”.

Ela exemplifica. “Se você compro uma ação a R$ 5, esse é o ponto de entrada. Se acredito que ela vá subir a R$ 7,20, esse é o momento que eu devo parar, executar a ordem e não ficar esperando mais um pouco para ver se vai subir. Nesta hipótese, a perda seria de R$ 4. Se ela bater esse valor, tenho que sair e aceitar a perda”.

Outra medida é limitar um porcentual do patrimônio para a atividade. “Para nossos clientes, indicamos que seja no máximo de 5%”, aponta a especialista.

A dedicação é outro aspecto fundamental. O ex-trader José Bezerra fala que é impossível operar enquanto trabalha em um emprego formal, por exemplo. E, mesmo com todos os conhecimentos, técnicas, análises e tempo, a propensão de perder, alerta Rafaela, é maior do que ganhar.

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Enquanto uns choram, outros vendem lenços. O Ceará está vendendo lenços https://canalmynews.com.br/economia/enquanto-uns-choram-outros-vendem-lencos-o-ceara-esta-vendendo-lencos/ Mon, 18 Jan 2021 20:16:28 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/enquanto-uns-choram-outros-vendem-lencos-o-ceara-esta-vendendo-lencos/ MyNews inicia série de reportagens sobre ações do setor público e privado que estão dando certo de norte a sul do Brasil

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Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará
Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Estado investe em infraestrutura e logística de olho em ambições econômicas.
(Foto: Ascom Complexo do Pecém)

Neste momento que o Brasil atravessa, em que a pandemia volta a recrudescer e em que indústrias importantes anunciam o fechamento de unidades, mais que nunca, é preciso um olhar otimista focando o que está dando certo e o que de bom está sendo feito e planejado no país.

Por isso, o MyNews inicia nesta sexta-feira (15) uma série de reportagens para divulgar obras, projetos e planos que estão sendo desenvolvidos de norte a sul do país tanto pelo setor privado quanto pelas unidades da federação, independentemente de linhas ideológicas ou políticas a que seus representantes sejam identificados.

Esta primeira reportagem trata do que está acontecendo no Ceará em termos de obras, projetos e planos.

Ambições do Ceará

Neste começo de ano, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), tem uma agenda carregada. Precisa ir a Seattle, nos EUA, finalizar um acordo que trará, para seu Estado, investimentos da Amazon. Brevemente, deve: anunciar um investimento da australiana Energix, para a construção de uma usina de produção de hidrogênio verde; assinar um protocolo entre a Universidade do Ceará e a Federação das Indústrias do Ceará para criar um hub de produção de energia renovável e anunciar o aumento da capacidade do cabeamento de fibra óptica, já existente, que liga Marseille, na França, à Fortaleza, passando por Espanha e Portugal — um investimento do Google em parceria com o Estado.

A ambição do Estado é se tornar um grande polo de implantação de data centers e de produção de energia renovável. O Estado também tem dado grande ênfase ao investimento em infraestrutura e logística. Um de seus maiores orgulhos, nesta área, é o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, composto por área industrial, porto e Zona de Processamento de Exportação (ZPE). O Complexo, criado como empresa de economia mista, hoje, conta com 30% de participação do Porto de Roterdã, da Holanda.

O Ceará tem feito esforços no sentido de ajustar seus custos às suas receitas. Neste sentido, foi um dos primeiros a fazer a reforma da previdência dos servidores e a rever a política de subsídios fiscais. Ultimamente, efetuou reformas para diminuir o número de secretarias; modernizou a máquina pública por meio da informatização dos serviços e implementou melhorias no ambiente regulatório para facilitar a abertura de novos negócios.

A preocupação com a política fiscal nasceu no governo de Tasso Jereissati (PSDB), nos anos 1990, e não foi interrompida pelos governos que o sucederam, inclusive o atual, de Camilo Santana (PT). A responsabilidade fiscal passou a ser uma questão de política de Estado, não de governo. “O mercado percebe o Ceará como um ambiente estável para fazer negócios porque os empresários valorizam essa continuidade nas políticas públicas”, diz o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Francisco de Queiroz de Maia Junior.

Em 2019, o governo cearense apresentou uma taxa de investimento sobre a receita corrente líquida de 10,59%: boa se comparada à média nacional, mas não tão boa quando comparada ao próprio histórico do Ceará (veja tabela). Daí a decisão de se efetuar mais reformas.

Questão fiscal

A participação do Estado no fomento de investimentos não o exime da responsabilidade de manter as contas públicas em ordem. Por isso, os investimentos são decididos pelo Comitê de Desenvolvimento Econômico. Ele nasceu informalmente no governo de Tasso Jereissati como comitê fiscal, foi formalizado alguns anos depois e agora foi transformado em Conselho de Desenvolvimento Econômico, ampliando suas atribuições na decisão de gastos e subsídios para que o Estado cumpra o papel de indutor de investimento — mas sem perder de vista a responsabilidade fiscal.

“A questão fiscal é básica para atração de investimentos. É assim que o mercado percebe a eficiência da gestão”, salienta Maia Junior. Segundo ele, a responsabilidade fiscal não pode ser uma barreira aos investimentos; é necessário equilibrar essa equação, controlar os gastos de perto para que sejam catalizadores de desenvolvimento econômico e não fontes de privilégios.

Dessa forma, o Comitê de Desenvolvimento Econômico dá os limites financeiros da execução orçamentária e promove os esforços necessários, tanto do lado da receita como da despesa, para atrair investimentos. “Reduzir a interferência do governo e agir na atividade apenas para incentivar, simplificar e facilitar relações e processos”, é assim que Maia Junior resume o papel do Estado para incentivar o desenvolvimento econômico do Ceará.

Francisco de Queiroz Maia Júnior, atual Secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará.
Francisco de Queiroz Maia Júnior, atual Secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará.
(Foto: Ascom Seplag)

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Saldo da poupança bate recorde em 2020 e tem maior entrada de recursos em 25 anos https://canalmynews.com.br/economia/saldo-da-poupanca-bate-recorde-em-2020-e-tem-maior-entrada-de-recursos-25-anos/ Sat, 09 Jan 2021 14:12:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/saldo-da-poupanca-bate-recorde-em-2020-e-tem-maior-entrada-de-recursos-25-anos/ Depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$166,3 bilhões no último ano

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Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 166,3 bilhões em 2020, segundo dados divulgados na quinta-feira (7) pelo Banco Central (BC). Esse é o maior valor líquido já registrado na série histórica, que teve início em 1995.

Segundo o BC, o auxílio emergencial, o temor com as incertezas da pandemia e a redução de consumo com o isolamento explicam o movimento. 

Com a incerteza sobre desemprego e a renda, as famílias reduziram gastos e passaram a aplicar. O isolamento social e as restrições para conter a pandemia, também tiveram efeito na redução do consumo. 

O resultado fez com que o estoque da poupança terminasse o ano, pela primeira vez, acima de R$ 1 trilhão. O valor é resultado dos depósitos de R$ 3,1 trilhões em 2020, menos os saques, que somaram R$ 2,9 trilhões, com a rentabilidade da caderneta que, no período, foi de R$ 23 bilhões.

Ajuste fiscal, contas públicas, orçamento
Saldo da poupança bate recorde em 2020 com pandemia, auxílio emergencial e incerteza sobre futuro. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Além do comportamento diferente na crise, as famílias brasileiras tiveram ainda o programa de manutenção de renda na crise com o auxílio emergencial, de R$600 no início da pandemia. Outro programa do governo que ajudou a impulsionar o saldo da poupança foi o dos saques emergenciais do FTGS.

Do ponto de vista financeiro, a queda na Selic, a taxa básica de juros, e a rentabilidade menor de investimentos de renda fixa podem ter desestimulado a diversificação para as pessoas que não costumam investir. 

A opção, apesar de popular, traz desvantagens para quem busca rendimento. A remuneração dos depósitos da poupança é calculada pela Taxa Referencial, a TR, que hoje está zerada, e 70% da meta da Selic, a taxa básica de juros — o que resulta em 1,40% de rendimento ao ano. Com a projeção da inflação medida pelo IPCA bem acima disso, por volta de 4%, quem optou pelo investimento acabou perdendo dinheiro em 2020. 

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