Celebrado nesta terça-feira (8), o Dia Internacional da Mulher é uma data para difundir discussões sobre universo de lutas e conquistas femininas. Conheça mulheres que compartilham de forma acessível e descomplicada conteúdos sobre ciência.
por Julia Melo em 08/03/22 11:45
Em uma publicação feita no dia 3 de março, a pesquisadora e psicóloga Valeska Zanello afirmou que foi vítima de plágio do estudante de psicologia João Luiz Marques. Ele ganhou popularidade no Instagram por abordar temas relacionados à masculinidade. É bem possível que você já tenha visto alguma publicação dele por aí, compartilhada por alguém que você segue.
Antes da postagem de Zanello, João Luiz bloqueou comentários dela e de outras pessoas que apontaram plágio nos conteúdos. Após a revelação da psicóloga, o estudante – que até então se descrevia como “academicista” – reconheceu o plágio e se comprometeu a revisar todas as publicações feitas em seu perfil para dar os devidos créditos às pesquisadoras e pesquisadores em que baseou as postagens.
O caso levantou o debate sobre a invisibilidade das mulheres nas pesquisas acadêmicas e nas ciências. Por isso, no Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), que tal conhecer mulheres brasileiras que trabalham em áreas científicas e começar a acompanhá-las? Separamos alguns nomes que divulgam a ciência e a tornam mais acessível para a população. Vamos nessa?
Abrimos nossa lista com a cientista da computação Nina da Hora. A principal área de pesquisa dela são os algoritmos e o racismo algorítmico – Nina se define como uma Hacker Antirracista. Ela é pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), membro do Conselho Consultivo de Segurança do TikTok no Brasil e colunista da revista MIT Technology Review. Também está na lista Under 30 2021 da Forbes Brasil, que reúne jovens que são destaque em suas áreas antes dos 30 anos.
No dia 3 de março, Nina relatou em seu Twitter o racismo que sofreu na Livraria da Travessa no Leblon, no Rio de Janeiro. Ela e a irmã foram seguidas e impedidas de olhar alguns livros. Para ficar no local, Nina precisou comprovar que já tinha feito compras – de alto valor – no estabelecimento antes. Depois do ocorrido ela começou uma vaquinha online com o objetivo de criar uma livraria em que pessoas negras possam ler e estudar sem constrangimentos.
No site da vaquinha virtual é possível colaborar para a criação da “Livraria verdadeiramente antirracista”. No site da Nina estão disponíveis seus artigos, podcast, palestras e aulas. Também é possível acompanhar a cientista na redes sociais no Twitter e no Instagram.
Nina já esteve aqui no MyNews, no Quinta Chamada Ciência, quando explicou o racismo nos sistemas de reconhecimento facial. Assista:
Indicação dobrada porque vamos falar das duas mulheres que fazem o canal “Nunca Vi 1 Cientista” – que acumula 155 mil inscritos. Os conteúdos feitos por Laura Marise e Ana Bonassa são muito importantes para a divulgação científica e combate à desinformação.
Laura Marise é farmacêutica e pesquisadora, mas como ela mesmo descreve no Linkedin, não são somente os diplomas e especialidades que a definem. Mas, principalmente, o amor pela ciência e em traduzi-la. Gastronomia e fotografia são outros interesses da cientista.
Ana Bonassa é pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e se autodenomina mestre em Pokémon! E se você curte referências do mundo geek na ciência da vida real, tem que conhecer o livro “Super Heróis da Ciência”, assinado por Bonassa, Laura Marise e Renan Vinícius de Araújo – parceiro do canal “Nunca Vi 1 Cientista”. Na obra, eles apresentam as histórias e pesquisas de cientistas brasileiros.
A produção de conteúdo delas é no canal Nunca vi 1 cientista, no Youtube. Mas elas também estão no Twitter @cienciana e @lauramarise e no Instagram no @cienciana e no @lauramarise
Laura e Ana já estiveram em debate do Quinta Chamada Ciência, programa do MyNews. Laura participou deste episódio em novembro de 2021 e Ana foi a convidada neste episódio de janeiro deste ano.
PhD na área de microbiologia, Natalia Pasternak é pesquisadora na Universidade de São Paulo (USP), professora na Columbia University e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a primeira pessoa brasileira a integrar o Comitê para Investigação Cética, que desde 1976 apura e investiga alegações que são contra a ciência. No Brasil, fundou o Instituto Questão de Ciência para “promover o pensamento crítico e racional, e políticas públicas baseadas em evidências científicas”.
Além de tudo isso, Pasternak trabalha com divulgação científica, o que já rendeu até um prêmio Jabuti de literatura, na categoria “Ciências”. O livro “Ciência no cotidiano: viva a razão. Abaixo a ignorância!”, que lançou com o jornalista e companheiro Carlos Orsi, venceu a edição 2021 da premiação.
A cientista costuma publicar no site do Instituto Questão de Ciência. Além disso, ela compartilha suas ideias pelas redes sociais no Twitter e também já participou de uma edição do Quinta Chamada Ciência sobre a Covid-19. Confira:
Doutoranda em Física com foco em armazenamento de energia limpa, Carleane Patrícia luta por mais pessoas negras na ciência, especialmente na área de exatas. O trabalho dela é atravessado pelo resgate de sua ancestralidade e Carleane mostra isso no projeto Física Preta, com divulgação científica no YouTube e Instagram.
Nos canais ela traz diversos conteúdos sobre ciência, desde sua rotina na pesquisa até a história de outros cientistas negros, com uma linguagem acessível e divertida.
A cientista difunde conteúdos em seu canal do Youtube, o Física Preta, e também no seu perfil do Instagram, o @fisica.preta. Carleane também participou do Quinta Chamada Ciência do MyNews. Vem dar uma olhada:
Mestra em Comunicação e editora do Jornal da Universidade de São Paulo (USP), Luiza Caires é especialista na comunicação científica. Desde o início da pandemia do novo coronavírus entendemos de vez a importância de uma forma descomplicada, honesta e confiável para falar sobre assuntos que, até então, não eram de grande interesse da população geral.
Luiza tem uma newsletter semanal, gratuita, em que compartilha os debates mais importantes das redes sociais sobre ciência. Bem legal, né?
A newsletter da cientista pode ser assinada por meio deste link aqui. Nas redes sociais ela também compartilha informações bacanas sobre feitos científicos no Twitter @luizacaires3 e no Instagram @luizacaires3 E sabe o quê mais? Também tivemos Luiza Caires no MyNews. Assista abaixo:
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