Há alguns meses o MyNews promoveu um debate sobre o futuro do trabalho. Logo no início, falamos sobre quais serão as profissões do futuro e isso me remeteu ao começo carreira. No futuro vão existir profissões que ainda nem sabemos
por Juliana Macedo em 06/10/21 18:55
Em 2002 eu era aluna do curso de Desenho Industrial no Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo, e durante uma aula de História do Design a professora apresentou para a classe um vídeo da ABC, onde uma empresa chamada Ideo tinha o desafio de aprimorar o conceito do carrinho de supermercado em uma semana.
Na equipe de projeto havia pessoas com diferentes formações trabalhando juntas para desenvolver uma solução inovadora. Logo pensei “Está é a profissão mais legal do mundo, é isso que eu quero fazer”, e fui buscar informações sobre o que era necessário para trabalhar nessa área. Porém, não existia muito material sobre o tema e eu não sabia sequer qual o nome dessa profissão no Brasil.
Não era um trabalho que fizesse parte do departamento de marketing, nem de uma agência de publicidade. Eu simplesmente não tinha ideia de por onde começar. Dez anos se passaram até eu encontrar esse trabalho e o nome do cargo era Consultora de Inovação Estratégica.
Há alguns meses o MyNews promoveu um debate sobre o futuro do trabalho – exclusivo para membros. Foi uma conversa muito interessante que participei com Mara Luquet, Thiago Coelho e Luiz Gustavo Mariano. Logo no início da conversa, falamos sobre quais serão as profissões do futuro e essa questão me remeteu à busca do começo da minha carreira profissional. Afinal, no futuro vão existir profissões que ainda nem sabemos o nome ou não temos ideia de que será algo necessário.
Muitas das profissões que conhecemos hoje serão substituídas por inteligência artificial e já possível ver essa mudança em áreas como medicina e direito, onde os processos mais básicos e padronizados já não precisam ser executados por pessoas.
O profissional do futuro será um generalista, ou um especialista? Os generalistas são aqueles que contam com um vasto conhecimento, em diferentes áreas, e que pode ser aplicado em diversos tipos de trabalho, não importa qual seja o mercado. São profissionais de marketing, gestão de pessoas, ou psicólogos, por exemplo.
Já o especialista possui uma grande qualificação a respeito de um tema muito relevante, como um engenheiro especialista em nanorrobôs. Normalmente esse profissional é responsável por uma parte mais técnica, em comparação a um generalista, resolvendo problemas específicos relacionados à sua área de conhecimento.
Porém, existe uma desvantagem nesse perfil, muitas vezes não é viável manter um funcionário com atuação específica dentro de uma empresa, além da possibilidade de sua especialidade se tornar obsoleta.
Independente de ser um profissional generalista ou especialista, os soft skills também fazem parte das exigências do mercado de trabalho no futuro: criatividade, proatividade, raciocínio lógico e facilidade para resolver problemas de forma ágil, comunicação clara, bom relacionamento interpessoal e empatia – não só para se colocar no lugar do outro, como também para lidar com ideias e visões que sejam diferentes das suas. Não importa o mercado ou a área de atuação, esses requisitos já estão presentes nos anúncios de contratação.
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