Com a ratificação, o democrata tomará posse como presidente no próximo dia 20 de janeiro
por Rodrigo Borges Delfim em 07/01/21 08:01
O Congresso dos EUA ratificou na madrugada desta quinta-feira (7) o nome de Joe Biden como próximo presidente do país. A sessão teve início na tarde anterior, mas foi paralisada por horas em razão da invasão do Capitólio, edifício onde funciona o Congresso, em Washington, por apoiadores do ainda presidente Donald Trump.
A confirmação dos votos do Colégio Eleitoral pelo Congresso era a última etapa processual antes da posse de Biden. Com a ratificação, o democrata tomará posse como presidente no próximo dia 20 de janeiro, enquanto Kamala Harris assumirá como vice.
A invasão ocorreu na tarde de quarta, enquanto ocorria a sessão de ratificação do nome de Biden, após discurso do próprio Trump, que continua a fazer acusações sem fundamento de que a eleição na qual saiu derrotado foi fraudada. Ele conclamou apoiadores a irem até à frente do Capitólio. Foi esse grupo que pouco depois invadiu o edifício, depredou gabinetes de parlamentares e enfrentou forças de segurança.
Quatro pessoas morreram durante a invasão, enquanto 14 policiais ficaram feridos e 52 pessoas foram detidas em razão de desrespeito ao toque de recolher imposto pela Prefeitura de Washington em resposta à invasão ao Capitólio.
Em discurso poucas horas após a invasão, Biden se disse “chocado e triste” com o ocorrido no Capitólio e cobrou posição de Trump.
“Todos vocês estão assistindo o que eu estou assistindo. Nesse momento nossa democracia está sofrendo um ataque inédito. Um ataque como poucas vezes vimos, um ataque ao Estado de Direito. As cenas que vimos no Capitólio não representam o verdadeiro norte-americano. O que vimos foi um pequeno número de extremistas. Isso não é protesto, é desordem, é caos. Peço ao Presidente Trump q vá a TV e peça um fim pra esse circo”.
O posicionamento de Trump veio pouco depois, por meio de rede social. Ele pediu que os apoiadores “voltassem para casa e em paz”, mas voltou a afirmar — sem provas — que a eleição presidencial foi fraudada.
A sessão no Congresso foi retomada já durante a noite
Já nesta quinta-feira, o republicano deu a entender que desistiu de tentar reverter a derrota na eleição de novembro e disse que “haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro”, o dia em que ele deverá deixar a Casa Branca.
O comportamento do presidente antes, durante e depois da invasão ao Congresso levou alguns membros do gabinete federal e integrantes do Partido Republicano a discutirem a possibilidade de removê-lo da Casa Branca antes mesmo do final do mandato, em 20 de janeiro, com base na 25ª Emenda à Constituição.
Trump chegou a pressionar seu vice-presidente, Mike Pence, que presidiu a sessão, a não aceitar os votos dos delegados, impedindo assim a ratificação de Biden. Pence, no entanto, disse que cumpriria com a Constituição e ignorou Trump. O ainda presidente, por sua vez, retrucou e disse que “faltou coragem a Pence”.
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