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Economia

Presidente eleito

Biden apresenta plano de estímulos no valor de US$ 1,9 tri para a economia dos EUA

Democrata propõe dobrar o salário mínimo, além de fornecer suporte às empresas afetadas pela pandemia

por Vitor Hugo Gonçalves em 15/01/21 12:19

Na noite desta quinta-feira (14), o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou detalhes do “Plano de Resgate Americano”, um pacote de estímulos econômicos no valor de US$ 1,9 trilhão (R$ 9,87 trilhões) para combater, simultaneamente, as crises na economia e na saúde durante a pandemia.

Sustentado pela concepção de que a recuperação econômica deve ocorrer em sincronia com a reabilitação do setor da saúde, o democrata colocou as empresas e as famílias como foco do programa.

Joe Bide, eleito presidente dos Estados Unidos
Joe Biden, eleito presidente dos Estados Unidos.
(Foto: Flickr Casa Branca)

Em Delaware, Biden discursou acerca da reestruturação necessária do plano de auxílios vigente, afirmando que “um coro crescente de importantes economistas concorda que, neste momento de crise, com as taxas de juros em baixas históricas, não podemos nos permitir a inação”.

Completou o pronunciamento seguindo as diretrizes de união e progresso, principais pautas de sua campanha eleitoral: “Se investirmos agora, ousadamente, com inteligência e com foco inabalável nos trabalhadores e famílias americanos, fortaleceremos nossa economia, reduziremos a desigualdade e colocaremos as finanças de longo prazo de nossa nação em um curso mais sustentável.”

Ao contrário do que era previsto no acordo do último pacote ratificado pelo Congresso, os cheques para as famílias serão de US$ 2 mil (R$ 10.400) – amplia-se, assim, em US$ 1,4 mil os US$ 600 aprovados anteriormente. O auxílio desemprego semanal também foi alterado, saltando de US$ 300 (R$ 1.560) para US$ 400 (R$ 2.080), bem como o salário mínimo nacional, que aumentou de US$ 7,25 (R$37,76) por hora para US$ 15 (R$ 78).

Estabeleceu-se a distribuição igualitária entre as famílias e empresas, definida mediante os valores: US$ 415 bilhões para o combate direto à pandemia; US$ 1 trilhão em auxílio às famílias; US$ 440 bilhões para pequenas empresas e comunidades impactadas pela crise sanitária.

Mercado mais confiante

A economista chefe da LATAM / Coface, Patrícia Krause, explica que a medida será responsável por estabelecer certo “segurança para o mercado” estadunidense.

“Como a situação ainda está muito complicada em relação à Covid, mesmo que lá já tenha se iniciado a vacinação, não podemos garantir que [o pacote] seja suficiente, mas, por hora, traz um ânimo”, disse em participação no Morning Call desta sexta-feira (15).

Os valores anunciados surpreenderam até mesmo as expectativas democratas, que previam um estímulo de US$ 1,3 trilhão – em dezembro, uma proposta de US$ 900 bilhões havia sido rejeitada no Congresso.

“São mais de US$ 400 bilhões de dólares para a área da saúde, mais de US$ 400 bilhões também para as empresas (um estímulo importante para a manutenção delas) e US$ 1 trilhão para as famílias; certamente, o pacote dará um suporte para o consumo”, completou o presidente eleito.

De acordo com fontes próximas de Biden, o plano anunciado é a primeira parte de duas grandes iniciativas econômicas que o democrata visa implementar nos primeiros meses de sua administração. Ele toma posse oficialmente no próximo dia 20 de janeiro.

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