Economia

Retomada econômica

China apresenta crescimento recorde de 18,3% no PIB trimestral

Além de impactar o mercado brasileiro, que tem o país asiático como principal parceiro econômico, o índice demonstra uma retomada do fluxo comercial mundial

por Vitor Hugo Gonçalves em 16/04/21 15:35

A China anunciou nesta sexta-feira (16) o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021, apontando um crescimento econômico recorde de 18,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, época em que a disseminação mundial do coronavírus paralisou praticamente todas as atividades e serviços no país asiático.

Embora a alta tenha ficado abaixo das projeções de mercado (economistas avaliavam um salto de 19%), os índices oficiais mostraram que esse foi o crescimento mais forte desde o início das compilações trimestrais, instauradas em 1992.

China apresenta alta recorde no PIB trimestral.
China apresenta alta recorde no PIB trimestral. Foto: Reprodução com alterações (Flickr).

Nos três primeiros meses do ano passado, o PIB chinês havia caído 6,8%, registrando o pior resultado econômico em 44 anos. Ao longo de 2020, no entanto, o país foi um dos poucos a apresentar progressos econômicos, com alta de 2,3% na soma de todos os bens e serviços finais produzidos.

Guilherme Cadanhotto, analista da companhia Spiti, pontua que é necessário lembrarmos “que a China enfrentou o pior momento da crise sanitária e econômica, em 2020, no primeiro trimestre, diferentemente do que ocorreu aqui. De qualquer maneira, o indicativo hoje é muito positivo para o mercado, uma vez que um dos motores da economia global, e o principal parceiro comercial do Brasil, está dando fortes indicações de que está retomando um ritmo de crescimento pré-pandêmico”.

Recuperada, então, do impacto da pandemia, a China projeta um crescimento de pelo menos 6% este ano. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um aumento de 8,4% para a segunda maior economia mundial.

Cadanhotto avalia também os impactos desse crescimento para o Brasil, que tem o país asiático como principal parceiro econômico: “O Brasil importa soja, minério de ferro, commodities, e, com a China crescendo bem, o número de importações deve crescer, impactando positivamente a nossa economia; pegamos essa esteira do crescimento chines”.

Em escala mundial, o índice demonstra um movimento de retomada gradativa dos fluxos comerciais, tendo em vista a força industrial chinesa. “Como a China é considerada a indústria do mundo, esse crescimento indica que a demanda mundial por produtos industriais está voltando”, pondera o analista.

Além do PIB, foram apresentados os números de desemprego (5,3% – os quase 300 milhões de trabalhadores de origem rural, no entanto, não entraram no levantamento), produção industrial (14,1%) e investimentos em capital fixo (25,6%).

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