Confiança do empresário brasileiro do comércio inicia 2021 em queda, aponta CNC Incertezas
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  • 20 de janeiro de 2021
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Confiança do empresário brasileiro do comércio inicia 2021 em queda, aponta CNC


Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília
Comércio fechado em Ceilândia (DF) em razão de medidas de contenção da Covid-19.
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), feito pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), começou o ano de 2021 em queda. O recuo foi de 2,2% em janeiro e o índice passou para os 105,8 pontos. Na comparação anual, a variação negativa foi de 16,4%. 

Essa foi a segunda queda mensal consecutiva. Apesar do início de ano em queda, a CNC ressalta que o índice continua acima dos 100 pontos, portanto permanece no patamar de otimismo. Mas porque o início de ano com mais desconfiança do empresariado do comércio? 

O economista da CNC Antonio Everton afirmou, em nota, que o contexto desfavorável na economia levou ao desempenho de queda no indicador de dezembro para janeiro. Entre os fatores de incerteza, ele destacou o aumento do dólar, o endividamento de empresas, o reajuste dos preços de aluguel e a cautela do consumidor. 

“A predominância das percepções adversas também pode ter relação com a necessidade de se fazer investimentos em tecnologia e logística para avançar no e-commerce”, afirma

Em entrevista ao Dinheiro Na Conta da última terça-feira (19), Arnaldo Curvello, sócio-diretor da Galapagos WM, falou sobre o ambiente de cautela também no mercado financeiro. Para ele, a principal política para retomada econômica deveria ser o controle da pandemia e os atrasos do Brasil nesse tema acendem o alerta de preocupação. 

“A melhor melhor maneira de retomar a economia é ter uma política de combate à Covid-19. E o único plano existente é a partir da vacinação. Mas infelizmente o Brasil não se preparou para isso”, explica. 

Segundo ele, essa falta de preparo para controlar a pandemia se refletiu na desvalorização do real frente ao dólar durante o ano de 2020. O real foi uma das moedas que mais se desvalorizou em relação aos pares emergentes. 

Para Curvello, a notícia sobre início da vacinação traz certo otimismo, mas as preocupações sobre o processo de imunização no país ainda causa desconfianças. “Do ponto de vista econômico, a notícia faz com que a gente desvie a rota do precipício que a gente estava indo”.

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