Empresas familiares são mais resilientes à crise? NEGÓCIOS
  • du
  • 4 de fevereiro de 2021
  • 0 comentários
  • Economia

Empresas familiares são mais resilientes à crise?


Foto: Pixbay

O estudo Family 1000, do Credit Suisse, mostra que empresas familiares apresentaram melhores resultados durante a pandemia em relação ao desempenho financeiro e ao lucro. 

Segundo o banco, negócios que mantêm o comando da família fundadora na gestão costumam ter estratégia de investimento mais de longo prazo que as demais. O resultado, segundo o estudo divulgado em setembro, é que essas companhias acabam por proporcionar mais estabilidade e lucratividade.  

Outra característica foi a maior manutenção de empregos na crise. “Curiosamente, notamos que empresas familiares têm recorrido menos a demissões de seus funcionários de que as outras”, afirma o banco em relatório. 

Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, Aline Porto, sócia da BanyanGlobal, lembra que um estudo similar do banco, feito durante a crise financeira global de 2008, mostrou que empresas de controle familiar tiveram resultados mais positivos que empresas de controle pulverizado. 

“As empresas de controle familiar têm o que a gente chama de ‘capital paciente’. Ele está lá para o longo prazo e toma decisões pensando para além da crise”, explica a Aline. “Até porque a família já viveu, até por mais de uma geração, outras crises na sua história”. 

Com a Harvard Business Review, a BanyanGlobal, que oferece consultoria a donos de empresas familiares no mundo, lançou em janeiro um livro que traz orientações sobre esse modelo de negócio. No mundo, os negócios familiares representam 85% das empresas. 

Os autores do  “The Harvard Business Review – Family Business Handbook”  defendem que o século XXI pertence às empresas familiares. Segundo Porto, preocupações que têm sido mais caras ao meio econômico – como a de negócios mais responsáveis de ambiental e socialmente –  fazem parte, em geral, dos valores das empresas familiares. 

“Essa série de fatores nos fazem crer, e esse estudo do Credit no fundo é uma comprovação disso, de que o século XXI é super talhado para ampliar uma empresa familiar”, defende. 

Relacionados