José Carlos Grubisich presidiu a petroquímica Braskem entre 2002 e 2008 e é acusado de participar de um esquema milionário de propina. Ele também terá que pagar US$ 2,2 milhões de indenização
por Redação em 12/10/21 20:03
José Carlos Grubisich, ex-presidente da petroquímica Braskem, foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos a 20 meses de prisão e a pagar US$ 2,2 milhões (R$ 12 milhões) de indenização. Ele é acusado de participar de um esquema milionário de propina a funcionários públicos e partidos políticos do Brasil. A sentença foi dada pelo juiz distrital Raymond Dearie, de Nova York. Grubisich tem 64 anos e presidiu a Braskem entre 2002 e 2008.
O caso está relacionado com as investigações sobre a Odebrecht e a Petrobras dentro da Operação Lava Jato. Rebatizada como Novonor, a antiga Odebrecht controla a Braskem, com 38,3% do capital total. A estatal brasileira também é sócia na petroquímica, com 36,1% do capital total. O esquema teria ocorrido entre 2002 e 2014, violando a Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
“Como parte do esquema, Grubisich e seus parceiros desviaram aproximadamente US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que Grubisich e os demais formaram por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada offshore, controladas secretamente pela Braskem”, diz o comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Os documentos da Justiça norte-americana apontam que o dinheiro destinado à propina foi depositado em contas bancárias da petroquímica no Brasil, em Nova York e na Flórida.
José Carlos Grubisich chegou a ser preso, em novembro de 2019, ao desembarcar no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. Ele foi acusado pelo tribunal federal do Brooklyn de conspiração para lavagem de dinheiro com risco de fuga. Só foi solto em abril de 2020, após pagar uma fiança de US$ 30 milhões (R$ 168 milhões).
Em abril deste ano, durante audiência em Nova York, Grubisich se declarou culpado das acusações de integrar o esquema de corrupção. O executivo também admitiu ter falsificado livros e registros da Braskem, maior empresa petroquímica do Brasil e maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos.
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