Economia

PETROBRAS

Conselho da Petrobras se reúne nesta terça após troca no comando da estatal

Reunião é a primeira após indicação de Silva e Luna para cargo de Castello Branco

por Fernanda Oening em 22/02/21 22:48

O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta terça-feira (23). A pauta da reunião extraordinária não foi divulgada. A expectativa é de que os conselheiros debatam a indicação do general da reserva do Exército, Joaquim da Silva e Luna, para a presidência da estatal. A indicação dele foi feita na sexta-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ao todo, o conselho tem 11 integrantes, sendo dois militares da reserva. Entre os conselheiros, sete são indicados pela União, que é acionista controlador, três são indicados por outros acionistas e um nome é escolhido pelos empregados da Petrobras.

O presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento sobre preço dos combustíveis e a política de reajustes adotada pela Petrobras.
O presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento sobre preço dos combustíveis e a política de reajustes adotada pela Petrobras. Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

A eleição do conselho aconteceu em julho do ano passado em um Assembleia Geral Ordinária e o mandato é de até dois anos, podendo ter três reeleições consecutivas.

O professor em Estratégia e Gestão Pública do Insper Sandro Cabral criticou a forma como o presidente agiu na indicação. Cabral ressaltou que Bolsonaro não tem poder de destituir o presidente da Petrobras.

“A gente está assistindo uma sucessão de absurdos. O presidente da República está agindo como se a empresa fosse dele, como se ele pudesse trocar o presidente, mas quem tem esse poder, seguindo as normas de governança é o Conselho de Administração. Existem ritos”, declarou.

Reação do mercado

Desde o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras já perdeu mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado. Nesta segunda, as ações da estatal chegaram a cair 20% e o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou em forte queda de quase 5%.

O dólar comercial bateu R$ 5,53, o maior valor desde novembro do ano passado. O Banco Central teve que realizar um leilão para colocar a moeda americana no mercado e tentar segurar a alta. Ao menos seis bancos de investimentos cortaram a recomendação para compra de ações da empresa.

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