Principal índice da bolsa brasileira chegou a atingiu a máxima histórica durante o último pregão
por Juliana Causin em 31/12/20 14:09
Mesmo com a economia brasileira ainda sentindo os impactos da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o ano de 2020 com alta de 2,92%.
No último pregão do ano, chegou a renovar a máxima histórica intradiária ao tocar os 120.150 pontos. Ao fim do dia, encerrou com leve baixa, de 0,33%, aos 119.017 mil pontos, mas ainda próximo ao pico recorde.
Em dezembro, a alta da bolsa ficou em 9,30%. O desempenho do mercado brasileiro no último mês de 2020 ajudou a recuperar as perdas do ano – mesmo com a perspectiva de fim do auxílio emergencial, que não será prorrogado em 2021, com o avanço da pandemia e a incerteza em relação à vacinação no Brasil.
“É resultado da expectativa”, avalia Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora. Segundo ele, apesar das interrogações no horizonte – incluindo a situação fiscal do país – o mercado enxerga um futuro mais promissor, impulsionado também pela liquidez dos pacotes de estímulo monetário mundo afora.
“Com juros próximos de zero, praticamente no mundo todo, esse dinheiro precisa ir para algum lugar e esse dinheiro está indo para ativos de risco”, explica Indech. O movimento, que se intensificou nos últimos dois meses, veio também com a definição de Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro e o aumento do apetite para risco.
Naquele mês, a Bolsa brasileira teve o maior ganho mensal desde 2016 e disparou quase 17%. Os investidores estrangeiros respiravam mais aliviados com a definição de rumo na política americana e as perspectivas em relação às vacinas contra a Covid-19.
O apetite para risco maior favoreceu os aportes aos mercados emergentes, como é o caso do Brasil, e os estrangeiros ingressaram com R$ 33,3 bilhões no Ibovespa em novembro. Entre os atrativos para essa volta estavam o real depreciado e a Bolsa abaixo das máximas, portanto mais barata para o investidor.
Para os próximos meses, segundo Roberto Indech, o mercado de ações deve continuar nessa tendência positiva, apesar das incertezas. “Com os juros baixos e a entrada de fluxo de investidores estrangeiros em função do dólar alto, as ações brasileiras, se comparadas a outros mercados, segue atrativa”, avalia.
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