Presidente norte-americano Joe Biden, em pronunciamento coletivo feito nesta quinta-feira (24), declarou que Rússia sofrerá 'a maior sanção econômica da história'.
por Suzana Souza em 24/02/22 17:45
Democrata Joe Biden, presidente dos EUA, anunciou sanções contra Rússia na quinta-feira (24). Foto: Gage Skidmore (Domínio Público).
O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou, em pronunciamento coletivo realizado nesta quinta-feira (24), o que classificou como “a maior sanção econômica da história” contra a Rússia. Os EUA e os outros países do G7 devem aplicar restrições ao país em resposta à invasão feita à Ucrânia. O anúncio aconteceu após reunião virtual com representantes do grupo de territórios mais industrializados do mundo, composto pelos EUA, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido.
“Temos um trilhão de bens congelados, um terço dos bancos russos serão cortados do sistema financeiro. […] Sempre expusemos os planos e falsos pretextos da Rússia. Putin é o agressor, Putin escolheu essa guerra e agora ele e seu país sofrerão as consequências”, declarou o norte-americano durante o pronunciamento feito na Casa Branca, em Washington.
As principais sanções anunciadas por Biden foram:
De acordo com Biden, soldados americanos devem ser enviados para Alemanha e Polônia. No entanto, ele afirmou que a intenção não é que os militares participem do conflito, mas sim protejam os aliados da Organização do tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual os dois países fazem parte e os Estados Unidos são líder. A Ucrânia não faz parte da aliança, que estabelece que caso um dos países integrantes seja invadido, todos os outros devem contra-atacar.
“Nossas forças não estão, e não estarão, engajadas no conflito com a Rússia na Ucrânia. — Nossas forças não estão indo à Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender nossos aliados da Otan e reassegurar nossos aliados no Leste. Vamos defender cada milímetro dos territórios da Otan. Vamos aumentar a capacidade da Otan para defesa coletiva”, declarou.
Ainda no fim de 2021, tropas russas começaram a ocupar territórios próximos à fronteira ucraniana. Na época, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que não havia intenção de invadir o país vizinho. No entanto, na segunda-feira (21) Putin reconheceu as regiões de Donetsk e Luhansk como repúblicas independentes da Ucrânia e também autorizou o envio de militares russos para áreas separatistas do país ucraniano.
As causas do conflito são múltiplas, mas o interesse da Ucrânia em fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional liderada pelos Estados Unidos e composta por 30 países, é apontada por especialistas como uma das principais. Além disso, desde 2014 a Ucrânia sofre com embates separatistas entre as áreas de Donetsk e Luhansk e o resto do país.
Confira mais sobre a crise mundial no Almoço do MyNews desta quinta-feira (24):
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