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Internacional

Guerra na Ucrânia

Russos tomam Chernobyl e passam a controlar central nuclear

A informação foi confirmada pelo governo ucraniano, que disse não poder garantir a segurança do material radioativo que está na região.

por Gabriela Lisbôa, Vinícius Lucena em 24/02/22 17:10

Poucas horas após o início da invasão ao território ucraniano, as tropas russas tomaram a região da usina nuclear de Chernobyl, localizada a cerca de 120 quilômetros ao norte de Kiev, capital ucraniana. A informação foi confirmada por um assessor da presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak e pelo primeiro-ministro, Denys Shmygal. Os russos já controlam a zona de exclusão, que fica em torno da central nuclear, perto da Bielorrúsia.

De acordo com o assessor, as tropas russas e ucranianas travaram uma batalha nos arredores da usina e “não há como afirmar” se a planta de Chernobyl está segura após as ações militares. A usina nuclear de Chernobyl está desativada desde 1986, quando um dos reatores explodiu.

Em seu perfil no Twitter, o presidente ucraniano Volodimir Zelenskii disse que a ocupação de Chernobyl é uma “declaração de guerra contra toda a Europa” e que as defesas ucranianas estão “sacrificando suas vidas” para que não aconteça um novo acidente nuclear.

A força de defesa ucrania, segundo o governo, teria resistido por duas horas em uma “batalha brutal” e existe a possibilidade dos militares derrotados estarem reféns do exército russo.

Também no Twitter, cidadãos ucranianos publicaram vídeos que mostram as forças russas se posicionando na região da usina.

Na madrugada do sábado, 26 de abril de 1986, Chernobyl foi palco do maior desastre nuclear da história. Um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl explodiu. Apesar dos esforços de 500 mil trabalhadores, a contaminação radioativa atingiu grande parte da Europa Ocidental. Pelo menos 16 mil pessoas morreram por causa da contaminação.

Hoje, nos arredores da Usina, há uma zona não habitável – devido aos altos índices de radiação ainda registrados no local – chamada de Zona de Exclusão. Nessa região, há instalações que abrigam lixo radioativo. De acordo com o assessor do gabinete da presidência ucraniana, não há garantias sobre a seguranças destas reservas: “É impossível dizer que Chernobyl está segura”, disse Podolyak.

Em abril de 2019, Nelson Garrone foi até a Ucrânia, visitou Chernobyl e fez um vídeo especial para o canal MyNews:

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