Internacional

TECNOLOGIA

Rússia bloqueia Facebook e Instagram por ‘extremismo’

Após determinação do governo, Facebook e Instagram ficaram indisponíveis. A decisão se baseia na possibilidade de realizar publicações nas plataformas contra a Rússia e suas Forças Armadas.

por Vitor Hugo Gonçalves em 21/03/22 19:24

Sob o pretexto de “extremismo” acerca de uma repressão reforçada desde o início do conflito no Leste Europeu, as redes sociais estadunidenses Facebook e Instagram foram proibidas na Rússia nesta segunda-feira (21) – a determinação, caracterizada como exigência “imediata”, partiu da do Tribunal Distrital de Tverskoy, em Moscou, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral, órgão que teve auxílio dos Serviços de Segurança russos (FSB).

Após a imposição, as plataformas da companhia Meta ficaram indisponíveis em todo território russo. Há alguns dias, os habitantes já necessitavam de redes privadas (Virtual Private Network ou VPN) para conseguirem acessar as aplicações, tendo em vista que o Facebook havia sido bloqueado no dia 4 de março e o Instagram no dia 14.

A decisão é compreendida como uma resposta do governo de Vladimir Putin à moderação de discursos de ódio, uma vez que, até que a Meta realizasse uma checagem mais incisiva, usuários das redes podiam fazer publicações defendendo atos de violência contra a Rússia e suas Forças Armadas.

Facebook e Instagram são bloqueados na Rússia.

Facebook e Instagram são bloqueados na Rússia. Foto: Solen Feyissa (Flickr)

Igor Kovalevski, porta-voz do FSB, declarou em uma audiência pública que “as atividades da Meta, empresa matriz do Facebook e do Instagram, se dirigem contra a Rússia e suas Forças Armadas. Exigimos sua proibição e a obrigação de aplicar esta medida imediatamente”.

A Procuradoria-Geral considera que a Meta justifica “ações terroristas” e deseja incitar o “ódio e a animosidade” contra os russos.

Com esse banimento, o país administrado por Putin não possui acesso a três das principais redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook) e a diversos sites de mídias internacionais ou russas críticas ao governo.

O Kremlin reforçou amplamente o controle sobre informações veiculadas na internet desde o dia 24 de fevereiro, quando a invasão teve início. Na sexta-feira (18), a agência reguladora russa Roskomnadzor acusou o Google e o YouTube de praticarem atividades “terroristas” e de ameaçarem “a vida e a saúde dos cidadãos russos”, firmando, assim, o primeiro passo para um possível bloqueio.

Como primeira reação, as ações da Meta recuaram nos mercados internacionais. Na Bolsa brasileira (B3), os papéis finalizaram o pregão com uma queda de 3,19%, sendo negociados a R$37,36 (recuo de R$ 1,23).

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No MyNews Investe desta segunda-feira, o bloqueio das redes sociais foi pauta:

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