Acossado pelo recorde de mortes por coronavírus e a consequente piora da sua avaliação na opinião pública, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a mudar de postura. Quem o acompanha diariamente relata o esforço em manter a máscara (sim, é um esforço) e a tentativa de amenizar o tom nas entrevistas e conversas com apoiadores. Mas não foi só o presidente que precisou de um puxão de orelha.
Os ministros palacianos tiveram uma conversa com Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e pediram para os dois segurarem um pouco a agenda de entregas. As viagens com cerimônias abertas estavam favorecendo aglomerações e, segundo mostram pesquisas internas, pegando mal com o eleitorado.
Com isso, o governo vai intensificar ações de comunicação para não deixar a impressão de que está parado. Essa semana, pela primeira vez, a Secretaria de Comunicação da Presidência fez uma reunião de coordenação com as assessorias de outros ministérios para fazer uma divulgação conjunta e mais ampla de ações.