O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou nesta segunda-feira (03), durante um evento com empresários paulistas, que o governo federal está prestes a fechar um novo acordo com a Pfizer, farmacêutica norte-americana. Segundo Queiroga, o contrato está “na iminência” de fechar e prevê a compra de mais 100 milhões de doses de vacinas contra covid-19 – com a liberação de 35 milhões só em outubro.
Este seria o segundo acordo com o laboratório: o primeiro prevê a aquisição de 100 milhões de doses do imunizante até setembro, sendo que o primeiro lote de um milhão chegou ao Brasil na última quinta-feira (29). Nesta segunda-feira, algumas doses desta remessa da Pfizer começaram a chegar nas capitais brasileiras e, por orientação do Ministério da Saúde, elas devem ficar restritas às 27 capitais. Isso porque o imunizante precisa ser armazenado em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. E ao chegarem às salas de vacinação, as doses devem ser mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
Outra recomendação da pasta é que a vacinação seja feita em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa. O intervalo entre a aplicação da primeira e da segunda doses do imunizante, considerado seguro pelo Ministério da Saúde, é de 12 semanas (três meses). Já a bula do fabricante diz que ele deve ser aplicado em um “intervalo maior ou igual a 21 dias entre a primeira e a segunda dose”.
Deste primeiro lote de um milhão que está em solo brasileiro, 499.590 doses foram distribuídos aos estados para aplicação da primeira dose. São prioridade gestantes, mulheres que acabaram de ter filho, pessoas com deficiência permanente ou com alguma doença preexistente.
O restante das vacinas deve ser entregue na próxima semana.
O imunizante da Pfizer foi o primeiro a receber registro definitivo no país, em fevereiro. O ministro Queiroga afirmou que espera vacinar metade da população com o imunizante da Pfizer em 2021.