O ex-policial Derek Chauvin foi condenado a 22 anos e meio de prisão pela morte de George Floyd, asfixiado durante uma abordagem policial em maio de 2020 na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos. Ao anunciar a sentença nesta sexta-feira (25), o juiz do caso, Peter Cahill, disse que a pena não tem como base a emoção ou a opinião pública, mas a lei e os fatos.
Pouco antes de ouvir a condenação, o ex-policial Chauvin falou pela primeira vez e deu pêsames à família de Floyd. Durante o julgamento, o ex-policial se recusou a depor perante o tribunal. A mãe do réu, Carolyn Pawlenty, se dirigiu ao tribunal em nome do filho e da família. “Meu filho não é uma pessoa agressiva, insensível ou racista. É um homem bom. Ao sentenciar o meu filho, o senhor estará sentenciando a mim também”, declarou.
O irmão de Jorge Floyd, Terrence Floyd, estava no tribunal e perguntou diretamente ao ex-policial: “Por quê? O que passava pela sua cabeça enquanto você sufocava o meu irmão com o joelho?”. Outro irmão da vítima, Philonise Floyd, disse durante o julgamento: “Eu e minha família recebemos uma sentença perpétua: passar o resto da vida sem a companhia de George””
A pena de Chauvin supera a legislação estadual, mas fica aquém da sentença desejada pela promotoria, que era de 30 anos. Ao proferir sua decisão, o juiz se solidarizou com a dor da família de Floyd. De acordo com a National Public Radio, dos EUA, o ex-policial ouviu a sentença sem reagir e, ao final da sessão, levantou-se e foi escoltado para fora do tribunal. Ele é o primeiro policial branco do estado de Minessota a cumprir pena pelo assassinato de um homem negro.