População foi para as ruas protestar contra golpe militar e pela soltura de presos políticos
por Gabriela Lisbôa em 22/02/21 11:29
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o uso da violência por parte das forças armadas de Mianmar contra manifestantes que tomam as ruas desde a semana passada no país.
Pelas redes sociais, Guterres disse que condena o uso de violência em Mianmar e que “o uso de força letal, intimidação e assédio contra manifestantes pacíficos é inaceitável. Toda pessoa tem direito à reunião pacífica. Apelo a todas as partes para que respeitem os resultados das eleições e voltem ao governo civil”.
A violência militar teve uma escalada durante o fim de semana, principalmente no sábado (20) quando duas pessoas morreram.
O golpe militar em Mianmar aconteceu no dia 1º de fevereiro, quando o exército tomou o Parlamento sob o argumento de que houve fraude nas eleições do ano passado. Além de tomar o poder, os militares prenderam opositores políticos, entre eles, a Nobel da Paz San Suu Kyi.
Neste fim de semana, os protestos se intensificaram. O estopim foi a morte de uma manifestante de 20 anos, que foi atingida por um tiro de metralhadora na cabeça. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas morreu na sexta-feira. A estudante foi a primeira manifestante morta e acabou se tornando uma espécie de mártir do movimento. A irmã dela pediu que as pessoas não deixassem de protestar e a população atendeu.
Os protestos continuaram na sexta-feira e provocaram reação ainda mais violenta no sábado. As pessoas foram para as ruas com cartazes que pediam a desobediência civil, uma forma de desmoralizar o governo militar que tomou o poder, e a liberação de presos políticos. O exército revidou, segundo a imprensa local, com tiros com munição de verdade, muitos manifestantes foram presos.
Como aconteceu nos dias que seguiram o golpe, o país ficou sem internet, sem acesso às redes sociais, mas isso não atrapalhou a articulação dos protestos, as pessoas foram para as ruas mesmo assim.
Até o momento, 520 pessoas foram presas em Mianmar entre manifestantes e líderes políticos, segundo a associação que ajuda a presos políticos do país.
Os protestos devem continuar nesta segunda-feira. O relator especial da ONU para Mianmar, Tom Andrews, também se manifestou pelas redes sociais. Ele disse que ficou horrorizado com a morte dos dois manifestantes.
“De canhões de água a balas de borracha e gás lacrimogêneo e agora tropas reforçadas a disparar à queima-roupa contra manifestantes pacíficos. Essa loucura tem que acabar
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